“O que posso alcançar com a Logosofia?”

Caro leitor, caso este seja um dos seus primeiros contatos com a Logosofia, você talvez possa estar se perguntando “O que posso alcançar com a Logosofia?” ou “Quais resultados posso esperar com este estudo e prática?”.

Eu mesmo já me fiz essas perguntas quando conheci esta ciência. Por isso, sei que é uma dúvida muito natural diante de algo tão novo e diferente.

Particularmente, já pude colher frutos que mudaram a minha vida de uma forma muito profunda. É como se eu fosse uma pessoa antes e outra depois de iniciar os estudos!

E, assim como eu, sei que milhares de outros estudantes, em todo o mundo, também têm colhido esses benefícios incríveis, desde a criação da Logosofia, em 1930.

Mas que benefícios são esses? Como essa ciência pode mudar a vida? Ela pode nos ajudar a ser melhor? Em que difere de outros estudos?

Eu sou o Vinícius Chacon, estudante e docente da Fundação Logosófica, e quero convidá-lo a conhecer as respostas para essas perguntas ao longo deste artigo.

Resultados da Logosofia nos Diversos Campos da Vida

Este artigo abre um ciclo de conteúdos no Logosofia.org.br chamado “Resultados da Logosofia nos Diversos Campos da Vida”.

O meu objetivo é tão-somente lhe oferecer um pouco do bem que tenho colhido com estes estudos.

Por exemplo: você já fez ou falou algo que não queria? Sentiu-se inseguro em alguma situação? Teve dúvidas sobre como educar uma criança? Como ser uma pessoa melhor? Como fazer o bem? Ou mesmo, sempre quis saber o que há além da vida física?

Essas e outras perguntas serão tratadas aqui, através de reflexões e resultados colhidos pelos demais estudantes, para que você vá respondendo “o que é possível alcançar com a Logosofia?”.

Os resultados estão divididos da seguinte forma:

1. No individual
2. No psicológico
3. Na moral
4. No espiritual
5. Na família
6. No social
7. No econômico

Nesta abertura de ciclo, começaremos com o item “Resultados da Logosofia no Individual”. Já os seguintes, serão lançados semanalmente na continuação deste artigo, bem como por e-mail e no Instagram @logosofiabr.

Durante a leitura, vou convidá-lo a fazer uma viagem para dentro de si mesmo, olhando para a sua própria vida e para os desafios que tem vivido em cada um destes sete temas.

Espero que as perguntas e reflexões deste Ciclo toquem lá no fundo da sua mente e do seu coração, promovendo as mais nobres e gratas emoções, assim como tem sido para mim.

Antes de começarmos, é importante destacar que esta divisão de temas tem origem no livro Curso de Iniciação Logosófica, escrito pelo criador da Logosofia, Carlos Bernardo González Pecotche, para apresentar pontos fundamentais desta ciência. Você pode baixá-lo gratuitamente no site.

  

1. Resultados da Logosofia no Individual

Para começar a responder “o que é possível alcançar com a Logosofia?”, começaremos com a seguinte pergunta:

Qual foi o último aprendizado que mudou a sua vida?

Agora, vamos um pouco além: quais foram os últimos 10 aprendizados que mudaram a sua vida?

Para responder isso, podemos nos perguntar: que aprendizados são capazes de mudar a vida? E de qual vida estamos falando? A vida profissional, familiar, das amizades? Ou algo mais profundo?

Reflexões mais profundas

Trarei mais duas perguntas:

Tenho clareza do meu objetivo de vida e procuro que todas as minhas atividades favoreçam o seu cumprimento?

Sou dono dos meus pensamentos? Sei criá-los, alimentá-los e controlá-los de forma consciente?

Caro leitor, convido a tirar um ou dois minutos para fazer uma pausa na sua leitura e pensar serenamente nessas perguntas.

Elas não são tão simples de responder, mas dizem muito sobre os resultados que a Logosofia oferece.

Qual o meu objetivo de Vida?

No meu caso, uma pergunta me inquietava profundamente: “qual o meu objetivo de vida?”.

Por muito tempo busquei a resposta em diferentes lugares. Inclusive, foi essa pergunta que me fez iniciar os estudos de Logosofia e hoje consigo respondê-la com total segurança.

Mas, sei que apenas conhecer o propósito não é suficiente para conseguir alcançá-lo. Então, o que é necessário?

Estou no controle da minha vida?

Venho compreendendo, com os estudos, que para chegar aonde quero ir, preciso me conhecer e me preparar para superar cada obstáculo. E um dos maiores obstáculos está justamente na nossa mente.

Você já fez algo diferente do que queria? Neste caso, o que te levou a atuar em sentido oposto a sua vontade?

Para ter um controle real da própria vida, é necessário ser capaz de enxergar, controlar, criar e ser dono dos próprios pensamentos.

De fato, não é algo simples, mas a Logosofia oferece todo o caminho para alcançar essa conquista capaz de mudar profundamente a vida!

E, para contar um pouco sobre os pensamentos, trouxe uma experiência da estudante e docente de Logosofia Paula Vallegas, que apresenta este conceito revolucionário e como conhecê-lo tem mudado a própria vida.

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Os pensamentos possuem uma força tal que muitas vezes são capazes de impedir que consigamos realizar nossos melhores propósitos.

Sabe a sensação de empolgação que surge quando estamos planejando algo? Mas, na hora de realizar, sentimos que não temos forças suficiente e a vida parece que vai passando e estes propósitos vão morrendo?

Esta é uma das tantas situações que tem origem na falta de controle dos pensamentos. Por isso, também quero recomendar a leitura do artigo do estudante de Logosofia Raphael Alves, com o título: O controle da minha vida.

Aqui no logosofia.org.br, você vai encontrar dezenas de experiências sobre esse tema. Caso queira se aprofundar, recomendo acessar este artigo, que apresenta em detalhes o que são os pensamentos.

Outros resultados da Logosofia no Individual

Eu poderia dizer, tranquilamente, que ser dono dos próprios pensamentos e conhecer o objetivo da vida são apenas uma parte dos resultados no individual promovidos por esta ciência.

Eles se estendem promovendo profundas mudanças em toda a nossa vida, inclusive na nossa forma de pensar, agir e sentir.

Além disso, também “Satisfaz plenamente suas inquietudes de ordem espiritual, tranquiliza as psicológicas e encaminha com favorável auspício as econômicas.”, como apresentado por Pecotche no Curso de Iniciação Logosófica.

Algumas dessas inquietudes espirituais são tão profundas que nos movem continuamente em busca do saber.

Para tratar de algumas dessas perguntas — dessas que todos nós nos fazemos em certos momentos da vida —, te convido a assistir o vídeo Perguntas que Movem o Meu Mundo, do estudante Paulo Honório Jr.

Recomendo que aproveite para refletir sobre as perguntas que ele traz e, se alguma delas te tocar, não deixe de guardá-la e cuide para não se esquecer dela.

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2. Resultados da Logosofia no Psicológico

González Pecotche, em seu livro Curso de Iniciação Logosófica, ensina:

“Na parte psicológica, que é a intermediária entre a física e a espiritual, é onde se fazem mais evidentes os resultados obtidos pela ação do conhecimento logosófico.”

Então, para começar este segundo tópico, surgem algumas perguntas: quais resultados são esses? O que é possível alcançar na parte psicológica? O que é exatamente essa parte que fica entre a física e a espiritual?

Algo que sempre me fascinou é a mente. Gostava muito de assistir palestras, ler notícias e ver vídeos sobre o funcionamento dela.

Eu me perguntava: como a mente pode ser tão perfeita e complexa? Como ficam guardadas as memórias? Como fazer para usar todo o seu potencial? Por que sonhamos, e qual significado isso tem?

Enxergando o que acontece na Mente

Um dos primeiros resultados que pude colher estudando Logosofia foi adquirir a capacidade de enxergar cada pensamento que passa na minha mente, tantos os positivos quanto os negativos.

Por exemplo: quando surge um pensamento de pessimismo, de distração, de ajudar alguém, de ser melhor ou de alguma preocupação qualquer.

A sensação de “enxergar” essa atuação em nossa mente pode ser comparada com aquela felicidade que sentimos na infância quando aprendemos a ler — e queremos ler tudo que passa pela nossa frente, desfrutando ao máximo essa nova aptidão.

Da mesma forma, ao passar a “enxergar” os pensamentos, a sensação é de viver em um mundo totalmente novo com possibilidades muito especiais.

As Maravilhas do Mundo Psicológico

O Mundo Psicológico é como estar em um carro super tecnológico, cheio de botões especiais, mas só fazendo uso do básico: volante, pedal, marcha e, de vez em quando, a buzina.

Imagine se pudéssemos conhecer para que servem todos aqueles botões especiais. Aprender como funcionam, experimentar cada um, dominar o seu uso, ensiná-los às demais pessoas… E, inclusive, conhecer o porquê de terem sido criados dessa forma.

O Mundo Psicológico é como este carro. Temos a opção de viver a vida usando o básico ou de aprender como manejar conscientemente cada parte desse mundo.

Talvez tenha sido por isso que tanto me incomodava quando ouvia dizerem que usamos apenas uma pequena parte da mente. Como poderia usá-la em sua plenitude? Eu não tinha essa resposta.

Estudando Logosofia, fui descobrindo que o Sistema Psicológico é composto principalmente de um Sistema Mental e um Sensível.

No Mental, temos as faculdades da mente — como a de pensar, entender, observar, sonhar, entre outras. Ali também vivem os pensamentos, que podemos ou controlar ou sermos por eles controlados.

Já no Sensível, temos as faculdades da sensibilidade, como a de amar, querer, sofrer, agradecer etc. Nele também vivem os sentimentos, que são sempre nobres e que podem ser criados e cultivados.

O uso de cada parte destes dois sistemas é ensinado com riqueza de detalhes por González Pecotche, o que representa para mim um enorme tesouro.

O Sistema Mental do Ser Humano

Agora, que você já pôde conhecer um pouco sobre as possibilidades que este conhecimento nos oferece, eu lhe convido para assistir um vídeo que apresenta como funciona o Sistema Mental, incluindo a inteligência com suas faculdades e os pensamentos. O relato é do estudante e docente Marco Cohen.

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Caso queira se aprofundar mais no tema, sugiro assistir uma atividade que dirigi com o docente e estudante Raphael Alves. Nela, conduzimos os participantes a observar a atuação de diferentes faculdades da mente, tais como a de observar, entender, julgar, imaginar e recordar.

O nome da atividade é: O que acontece na mente quando criamos um propósito de bem.

As Deficiências Psicológicas do Ser Humano

Ainda sobre a Mente, algo que faz parte do nosso dia a dia são as nossas deficiências psicológicas.

Elas são as causas dos nossos erros e atuações equivocadas e, também, são as nossas maiores inimigas.

No entanto, conhecer como atuam, identificar quais delas possuo e combatê-las, uma a uma, são capacidades que temos e que fazem parte do processo de evolução consciente proposto pela Logosofia.

Para conhecer mais sobre como funciona o exercício da identificação e combate das deficiências psicológicas, convido-lhe a assistir o vídeo O que é mais humano? Errar ou acertar? com o estudante e docente de Logosofia Érico Mafra.

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Você também pode explorar mais sobre o tema acessando o livro Deficiências e Propensões do Ser Humano que ensina profundamente o que são elas, como as classificar e como as combater, além de detalhar 44 deficiências, com suas respectivas antideficiências, e 22 propensões.

O Sistema Sensível e os Sentimentos

O outro Sistema da nossa psicologia é o Sensível.

Localizado no coração, ele possui uma importância fundamental para a vida. É por meio dele que surgem e se sustentam sentimentos tão nobres para o ser humano como o afeto, o amor e a amizade.

Acontece que, muitas vezes, a sensibilidade tem sua atuação limitada por diversos fatores. Os pensamentos-deficiência, por exemplo, como a intolerância, a impaciência e a impulsividade impedem a atuação da sensibilidade e a manifestação de seus sentimentos.

Para conhecer mais sobre como podemos atuar conscientemente com os sentimentos para ajudar os demais, convido-lhe a assistir o vídeo Querer Com o Coração com a estudante e docente de Logosofia Lara Abdo.

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Caso queira se aprofundar mais no tema, recomendo a leitura da Lição V, do livro Logosofia Ciência e Método. Lá o autor ensina sobre a configuração do Sistema Sensível, a sensibilidade, os sentimentos e as faculdades sensíveis. O livro pode ser baixado gratuitamente.

  

3. Resultados da Logosofia na Moral

Você foi uma criança rebelde?

Eu possuía alguns traços dessa rebeldia, mas meus pais se dedicaram muito para a minha educação, tanto acadêmica quanto moral.

Então, boa parte das minhas memórias de infância é o reflexo da boa educação que recebi.

No entanto, quando me tornei adolescente, por diversas influências, algumas vezes de amigos não tão bons, outras vezes por ideologias e pensamentos negativos, eu me vi agindo contrário à essa educação que recebi quando mais novo.

O que me faltou para conseguir preservar os ensinamentos morais recebidos naqueles primeiros anos?

Mas por que devo ser melhor?

Observando mais detalhadamente, apesar da boa intenção dos meus pais em me ensinar, nunca ficou claro para mim o “porquê de ser melhor”.

Recordo, por exemplo, de um esporte que pratiquei quando tinha uns sete anos, no qual a graduação se dava através de faixas. Para que eu passasse à faixa seguinte, meu comportamento precisava ser bem avaliado pelo professor desse esporte, pelo professor da escola e pelos meus pais.

Naquele ano, como em um passe de mágica, passei de uma criança que aprontava muito para uma exemplar em todos os ambientes, pois queria muito avançar para a próxima faixa.

Mas, veja que interessante: o que me motivou a ser melhor? A consciência do porquê e de como criar e cultivar aqueles valores? Não.

Foi um misto de vontade de conquistar a próxima faixa e medo de ver os meus amigos avançando e eu ficando para trás.

Apesar de ter um efeito positivo naquele momento, foi um progresso apenas temporário que pouca influência teve nos meus anos de adolescente.

Muito diferente teria sido se tivessem me ensinado quais virtudes eu deveria conquistar, como eu poderia cultivá-las e por que são importantes para a vida.

Sem saber qual era o objetivo da minha vida, eu não tinha um estímulo forte e duradouro para buscar ser melhor. E foi por isso, inclusive, que eu deixei diversos desses valores perderem força, conforme fui crescendo.

E para você, caro leitor, sua infância, adolescência ou juventude teriam sido diferentes se tivesse sido ensinado sobre como e por que cultivar certas virtudes? Você teria tomado decisões melhores na sua vida?

Indo além, sem ter consciência do “para que vivemos”, é possível educar uma criança ou adolescente sabendo explicar “por que devemos ser melhores”? Quais consequências possuem a educação pelo medo e a educação através de estímulos materiais e temporários?

Educando para a Vida Consciente

As reflexões feitas até aqui me permitem enxergar a razão de diversos problemas morais que podemos ver no mundo, e de haver tanto mal na Terra. Mas, ao mesmo tempo, posso ver as mudanças necessárias para reverter essa realidade.

Um dos elementos mais importantes para mudar esse quadro é oferecer para as crianças a liberdade de pensar.

E essa liberdade não significa “falar o que quer”, “não ter limites”, ou algo similar. Ela é mais profunda.

Ela dá a oportunidade para que a criança seja consciente do que faz, pensa e sente.  Proporciona que ela crie, desde cedo, suas defesas mentais para ser dona de si mesma, construindo suas próprias virtudes e não se deixando levar por pensamentos negativos.

Um exemplo disso são os ensinamentos propostos na Pedagogia Logosófica sobre a Casa Mental, que fazem com que a criança, mesmo com poucos anos de idade, já seja capaz de conscientemente observar o que acontece na própria mente e bloquear pensamentos negativos.

Para entender como funciona, convido-lhe a assistir o vídeo da Daniele Barreto, estudante e docente de Logosofia de Brasília, que conta como ensinou o seu filho de menos de 3 anos a ser consciente dessa realidade.

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Um outro tipo de pensamento que tanto vemos influenciar a vida da criança e, posteriormente, do adulto, é o do consumismo.

Mas até mesmo este pensamento pode ser combatido em sua raiz nos primeiros anos de vida, como na experiência “Consumismo na Infância: a Educação como Antídoto” narrada pelo estudante e docente de Belo Horizonte, Vinícius Villaça, ao ensinar seus dois filhos de quatro e seis anos a se defenderem desse pensamento.

Conduta Exemplar de Superação e as Gerações Futuras

Um dos ensinamentos de González Pecotche que mais me inspira é:

“Conseguir que as gerações futuras sejam mais felizes que a nossa será o maior prêmio a que se possa aspirar. Não haverá valor comparável ao cumprimento dessa grande missão, que consiste em preparar para a humanidade futura um mundo melhor.” – Introdução ao Conhecimento Logosófico.

Para que isso se realize, é necessário que eu me aperfeiçoe e me torne uma pessoa cada vez melhor. Somente assim poderei ser exemplo de conduta moral e transmitir esses conhecimentos para as gerações futuras.

Ser esse exemplo é um dos maiores desafios, pois exige que sempre estejamos à frente e em constante superação. Porém, ao mesmo tempo, é fundamental, pois somente por meio do nosso exemplo podemos educar de forma eficaz.

Do contrário, cairíamos no caso dos pais ou professores que dão um ensinamento moral à criança, mas que não o seguem na prática. A criança, percebendo isso, acaba fazendo justamente o contrário do que lhe foi ensinado.

Para comprovar isso, basta recordar de algo que ensinaram a você, sem que fosse seguido o exemplo.

Pedagogia Logosófica

Educar através do exemplo e ensinar sobre as defesas mentais são apenas dois dos diversos recursos que a Pedagogia Logosófica oferece para a formação da criança e do adolescente.

Ela tem origem na própria Logosofia e é aplicada principalmente de duas formas: pelos pais e familiares, que se aprofundam em como educar uma criança para que ela cresça com consciência, e pelos docentes dos Colégios Logosóficos de Educação, presente em diversos colégios.

Para conhecer um pouco mais sobre os recursos que a Logosofia e a Pedagogia Logosófica oferecem para a educação infantil, sugiro muito que você conheça a sequência de episódios do podcast “Vamos falar de educação”.

Ele foi criado por Paula Lannes e Rafaela Gregório, ambas estudantes e docentes de Logosofia no Rio. Seu objetivo é apresentar diversas experiências e reflexões da aplicação desta ciência na educação infantil pelos próprios pais e professores na escola.

Escute aqui os demais episódios do podcast Vamos Falar de Educação

  

4. Resultados da Logosofia no Espiritual

Chegamos ao capítulo Resultados da Logosofia no Espiritual. Este é um dos meus assuntos preferidos e que mais me estimulou a iniciar os estudos.

Na busca pela resposta da pergunta “qual o meu propósito de vida?”, que relatei um pouco acima neste artigo, eu tinha a intuição de que a resposta contemplava algo além do que podemos enxergar fisicamente. Tinha que existir algo além deste mundo material.

Com tantas pessoas buscando viver uma vida mais espiritual, com tantos mistérios no universo e com um sistema biológico e psicológico tão perfeito, para mim não era possível que não existisse esse lado além, esse lado espiritual.

Quando iniciei os estudos de Logosofia, descobri que eu estava sendo movido nessa busca por profundas inquietudes espirituais.

Eram esses estímulos internos que se intensificavam de tempos em tempos, por diferentes motivos, e que me faziam buscar respostas para essa e outras perguntas.

Inclusive, no lançamento deste portal de conteúdos da Logosofia, em 2020, foi criado um vídeo que apresenta diversas inquietudes responsáveis pelo início dos estudos de vários docentes da Fundação Logosófica.

E você, por quais perguntas se sente movido? Quais perguntas feitas até aqui tocaram você? Você conseguiu perceber esses movimentos internos?

Trocar o Crer pelo Saber, como fator fundamental

E se tudo o que eu e os demais docentes estivermos falando não for verdade? E se as afirmações de González Pecotche não forem reais?

Nesta altura do artigo, esses saudáveis questionamentos devem ter passado pela sua mente. E são saudáveis, pois uma mente com maior liberdade pode e deve questionar as afirmações.

No livro Curso de Iniciação Logosófica, González Pectoche ensina que “A Logosofia não aconselha crer naquilo que se estuda, nem aceitá-lo de olhos fechados, por mais que suas afirmações pareçam certas e inobjetáveis; daí que imponha a experimentação como base segura do processo rumo ao saber.”

Em outra parte do mesmo livro, acrescenta “A Logosofia instituiu, como princípio, que a palavra “crer” deve ser substituída pela palavra “saber”, porque é sabendo, e não crendo, que o homem consegue ser verdadeiramente consciente do governo de sua vida, quer dizer, daquilo que pensa e faz.

Estes trechos são base para o estudo de Logosofia, pois dão a liberdade para que cada um questione e busque comprovar em sua própria vida o que a Logosofia apresenta, desde as partes mais simples da vida psicológica, até as mais profundas da realidade espiritual.

Para mim, esse convite para não crer no que era apresentado e buscar comprovar foi um enorme estímulo para me aprofundar nos estudos — afinal, isso me traz muito mais segurança nas respostas que vou encontrando.

E essa troca do crer pelo saber tem tudo a ver com a parte espiritual, pois percebi que as minhas inquietudes espirituais nunca foram satisfeitas com as crenças, mas puderam ser plenamente respondidas diante da possibilidade de comprovar as respostas que fui encontrando, o que permitiu que me aproximasse dessa realidade espiritual pelo conhecimento.

A Realidade Espiritual e Como Comprová-la

Talvez o leitor esteja se perguntando: o que é o espírito para a Logosofia? É o mesmo que a alma? Seria o mesmo espírito, abordado em uma ou outra religião? Como é possível comprovar sua realidade, se não é possível vê-lo?

O meu objetivo neste artigo não é me aprofundar nos conceitos, explicando-os um a um. Mas cabe destacar que o conceito de espírito e de alma, para a Logosofia, possuem significados próprios e originais bem diferentes dos apresentados pelas religiões. Caso queira, você pode se aprofundar acessando gratuitamente o livro O Espírito, do autor.

Neste ponto, também cabe mencionar que o espírito, para a Logosofia, não possui nenhuma manifestação fenomênica ou sobrenatural. Por outro lado, a natureza espiritual é tão real quanto a natureza física. Sendo assim, como comprovar sua realidade?

Uma das formas de comprovar a existência do espírito é recordando as nossas vivências na infância, fase da vida na qual é possível perceber diversos aspectos de sua atuação, pois é quando ele está mais presente na nossa vida.

Recordo de uma vez que, com uns nove anos de idade, tinha ido sozinho buscar pão em uma padaria próxima de casa. Estava prestes a atravessar a rua e escutei a voz da minha mãe me chamando atrás de mim. Parei e olhei para trás. No mesmo momento, passou um carro logo na minha frente, exatamente onde eu estaria se não tivesse olhado para trás.

No entanto, a minha mãe não estava ali e ninguém tinha me chamado pelo nome. Corri de volta para casa para contar para a minha mãe a situação, mas, na época, não consegui explicar de onde tinha vindo aquela voz. Hoje, compreendo que foi uma atuação do meu próprio espírito para me proteger.

Se olharmos com cuidado, há inúmeros casos semelhantes da participação do espírito para proteger a criança, sejam vividos diretamente pelo leitor, sejam em episódios que presenciou. No livro O Espírito, González Pecotche se aprofunda muito mais neste tema.

E você, já viveu ou presenciou algo semelhante?

De que outras formas podemos comprovar essa realidade espiritual? Com esta pergunta, convido o leitor a assistir o vídeo Espírito: Ficção ou Realidade, do estudante e docente Carlos Aude.

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O Espírito, a Herança de Si Mesmo e os Conhecimentos

Outra forma de comprovar essa realidade espiritual é observar os irmãos de uma mesma família. Com uma educação, influências, amizades e oportunidades muito parecidas, como é possível que ainda assim tenham características psicológicas tão diferentes?

Às vezes, apesar das semelhanças entre irmãos, um é muito afetuoso e apegado à família, outro tem uma vocação para a música e outro é pouco preocupado com o trabalho e os estudos.

Alguns desses traços psicológicos podem ser vistos já nos primeiros anos da infância.

Na minha realidade, desde cedo tinha muita curiosidade sobre as mitologias, especialmente a egípcia. Ao mesmo tempo, também questionava muitas crenças que me eram apresentadas, sendo aquela criança chata que fazia as perguntas sobre aquelas coisas que os adultos preferiam acreditar. Apesar da liberdade de pensar que meus pais me proporcionaram, hoje percebo que tinha algo além presente nas inclinações de minha infância.

Comprovo que estas inclinações e características são fruto da minha Herança Espiritual, ou seja, daquilo que eu já pude construir de positivo e negativo em outras etapas de vida e meu espírito pôde trazer para a etapa atual.

Outro exemplo dessa realidade, você encontra na experiência narrada pelo estudante e docente Gregory Lisboa: A criança, a fantasia e o discernimento. Ele conta uma vivência da infância que permitiu comprovar uma parte da própria herança.

 

A criança, a fantasia e o discernimento

Temos um grande poder dentro de nós, que utilizamos todos os dias, mesmo que não seja da melhor forma. É como se tivéssemos uma excelente ferramenta, mas, por não sabermos manejá-la com acerto, fazemos um uso parcial e incompleto de seus recursos... Clique para continuar lendo.

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Abrindo os Olhos: Uma Experiência Metafísica

Levei muito tempo para me encorajar e relatar aqui uma experiência que vivi com um de meus netos. Foi quando nasceu, no ano 2000. E o faço agora, mais de vinte anos depois... Clique para continuar lendo.

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Para que conhecer e comprovar a nossa Herança Espiritual?

Esse caminho de descobrir a minha própria herança me permite ampliar o conhecimento que já pude construir ao longo da minha existência. Assim, eu me empenho para cada vez mais superar o negativo e substituí-lo pelo positivo, pois sei que esse esforço é para a minha existência espiritual, não só para uma etapa de vida.

E é justamente essa compreensão que me permite superar a famosa frase: “se tudo acaba ao morrer, para que ser melhor?”. Ao comprovar a realidade espiritual, posso projetar os meus esforços com os olhos voltados para a eternidade.

Inclusive, voltando no aspecto da docência moral para as crianças, se elas consideram que vão viver apenas algumas décadas na Terra e depois tudo acaba, para que ser melhor? Na minha realidade, poder comprovar com toda a certeza sobre a realidade dessa existência, mudou por completo a minha forma de encarar e conduzir a vida.

Caso queira se aprofundar no tema, recomendo fortemente a leitura do livro A Herança de Si Mesmo. Foi o primeiro livro da Logosofia que eu li e ele tem apenas 26 páginas, mas cada uma delas possui ensinamentos muito profundos.

Finalizo este capítulo, Resultados da Logosofia no Espiritual, com dois trechos deste livro:

“O desconhecimento de suas possibilidades internas e dos segredos que se aninham nas profundezas de sua alma tornou o homem cético a respeito de seu próprio destino. Saiba ele encontrar a chave de sua evolução na lei que o proclama herdeiro de si mesmo e conhecerá o porquê das angústias que padece, questão sobre a qual não encontrou ainda explicação alguma que lhe satisfaça.”

“O homem será o que quer ser, se une a seu saber e a suas forças o conhecimento da própria herança.”

  

5. Resultados da Logosofia na Família

Arriscaria dizer que o tema mais falado em toda a história da humanidade, seja nas conversas informais entre os amigos, seja por meio da arte nos filmes e nas músicas, é o amor.

Talvez por ser um tema que una todos os seres humanos. Não é à toa que é fácil identificar-se com as emoções, alegrias e inseguranças experimentadas pelos apaixonados nas inúmeras histórias.

Algumas vezes vivemos mais na ilusão, em outras colocamos mais os pés no chão; há vezes em que escutamos mais o coração, e outras em que damos mais ouvidos à razão.

Fato é que o relacionamento e a família são temas inesgotáveis.

Agora, sendo tão presente na vida de todos, por que iniciamos a nossa adolescência e juventude com tantas dúvidas e incertezas sobre o amor?

Não sei a sua, mas essa era a minha realidade.

Estudando sobre o amor, o namoro e a família

Há alguns anos, por influência de certos acontecimentos, senti a necessidade de estudar sobre o amor, o namoro e a família.

Como estes assuntos são amplamente ensinados por González Pecotche em sua bibliografia, aproveitei o momento que estava vivendo para tentar reduzir as dúvidas que tinha carregado até então.

Dos estudos, surgiram muitas reflexões: como é a família que quero ter? O que quero oferecer para os meus filhos? Quais virtudes devo buscar na pessoa que será minha futura esposa? Quais virtudes preciso construir em mim para oferecer a ela e à nossa família?

Fui respondendo algumas dessas perguntas, enquanto outras surgiam: por que quero formar uma família, casar, ter filhos? O que é o amor? De onde ele surge, e como posso criá-lo? E, depois, como cultivá-lo? Devo simplesmente deixar acontecer ou devo me dedicar para que o sentimento cresça e se perpetue?

O mais interessante dos estudos logosóficos é o convite para comprovar cada tema estudado. Você deve imaginar que chegar nas respostas das perguntas acima e comprová-las não é nada fácil. De fato, ainda estou buscando comprovar algumas delas, mas garanto que essa busca está sendo transformadora para a minha vida.

Afinal, com certeza não somos colocados neste mundo para viver essa “montanha-russa” de emoções que o amor e a paixão proporcionam, sem haver a possibilidade de se entender o porquê de tudo isso.

Prioridade: Trabalho, Família ou Lazer?

Olhando para o início da minha adolescência e juventude, é curioso notar que não existia em mim uma busca por iniciar um relacionamento para criar uma família. E, mesmo entre os amigos, pouco se falava em casamento e em ter filhos.

Parece que os pensamentos vinculados à faculdade, ao trabalho e às diversões tomavam quase todo o meu espaço mental.

Curiosamente, anos depois, em uma conversa com uma amiga, ela me perguntou como estava a minha vida. Eu disse que queria casar e ter filhos, por isso estava buscando uma namorada para construir essa família.

O que mudou entre esses anos? Foi só o tempo que passou? Foram as prioridades que mudaram?

Para explicar, vou recorrer a uma analogia: se eu tenho três pedras preciosas na minha frente e não conheço sobre elas, posso especular o quanto vale cada uma, mas essa avaliação não determinará o valor real delas. Só o conhecimento mais profundo daqueles minerais me permitiria determinar o justo valor de cada uma.

Da mesma forma é com a vida: eu não tinha a consciência do valor da família e, por isso, não era algo que ocupava uma parte relevante da minha mente. Conforme fui entendendo o sentido desse campo da vida, fui podendo atribuir um valor mais justo do que anteriormente.

Vou dar um exemplo prático:

Hoje reconheço o ato de generosidade dos meus pais ao me criarem e se dedicarem tanto para me oferecer o melhor que podiam. Como posso retribuir e expandir essa generosidade? Tendo filhos também e lhes oferecendo o melhor que eu possa.

E não é porque eu não fosse grato pela oportunidade e educação que me deram, mas em nenhum momento havia percebido que eu poderia retribuir essa generosidade de tal forma.

Só esse entendimento já põe abaixo vários pensamentos tão comuns, como: “eu quero é aproveitar a vida” e “ter filhos é muito caro, não vale a pena”.

Nessa mesma linha, na palestra “Como construir um futuro melhor”, o estudante e docente da Fundação Logosófica, Gabriel Salomão, conta que tinha tomado a decisão de não se casar, até que se perguntou: “e se os meus pais pensassem como eu? Onde é que eu estaria?”. Foi aí que sentiu essa gratidão profunda por eles e percebeu que poderia oferecer para seus filhos o mesmo paraíso que os pais proporcionaram para ele.

Convido você para conhecer a experiência de Ana Carolina Gundin, docente e estudante da Fundação, que conta como enxergava, desde muito nova, que queria construir uma família. O nome do artigo é “Família, base de um mundo melhor”, e foi publicado originalmente no livro “Ensaios 2 – A transformação do mundo a partir de si mesmo”.

 

Família, base de um mundo melhor

Constituir uma família não está nos planos de muitas pessoas da minha geração. A chamada geração Y caracteriza-se por ter frequentado as melhores escolas e universidades; lançando-se em seguida na pós-graduação, mestrado, MBA, intercâmbio.... Clique para continuar lendo.

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Em busca do amor perfeito

Conforme fui compreendendo esses mistérios por trás do casamento e da família, eu me deparei com a pergunta: quem eu buscaria para viver essa longa e tão especial jornada comigo?

Dita de maneiras diferentes, essa pergunta já passou pela mente de incontáveis seres humanos. E qual a sua importância nessa busca?

González Pecotche possui um ensinamento no livro Bases para sua conduta que contém uma resposta muito precisa:

“Comumente, homem e mulher só buscam a coincidência no afeto pelo sentimento, rara vez pela mente; porém se se encaminham pela mesma senda e se nutrem dos mesmos conhecimentos transcendentes, entre ambos se promoverá uma aproximação de outra natureza, a espiritual, que é por si só toda uma garantia moral. […]”

 

Então é possível buscar alguém não só pelo sentimento? E como comprovar essa aproximação de natureza espiritual?

A imagem que foi se formando para mim da família ideal não era ter ao meu lado o que chamam de “amor perfeito”, em que ambos não erram — isso seria buscar uma ilusão —, mas sim alguém que me acompanhasse nesse longo caminho do aperfeiçoamento humano e da construção de uma família de forma consciente.

Camilla Soares, docente e estudante  da Fundação Logosófica, relata uma experiência muito ligada a essa busca que citei. Convido você para conhecer mais no artigo Matrimônio: Uma Grande Empresa da Vida.

 

Matrimônio: Uma Grande Empresa da Vida

Imagine que você pretende abrir uma empresa, com a qual pensa satisfazer suas perspectivas econômicas, pessoais e profissionais, mas se vincula a um sócio que pensa em encaminhar as demandas e estratégias de forma completamente diferente de você... Clique para continuar lendo.

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Convivência a dois: do que o amor precisa?

Não basta encontrar a pessoa ideal e tudo está magicamente resolvido. É justamente aí que começa uma das etapas mais especiais dessa trajetória.

Ao longo de todo este artigo, tenho destacado diversos resultados que a Logosofia promove em nossa vida.

Quando olhamos para o ambiente familiar, também é possível observar a presença de diversas virtudes no dia a dia que vão ganhando força, conforme o casal se dedica a esse aperfeiçoamento.

Convido você a conhecer algumas das experiências que os docentes e estudantes da Fundação Logosófica José Malcher e Karla Drummond têm experimentado, em suas respectivas realidades, sobre a Arte da Convivência a Dois.

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Para encerrar este capítulo, quero trazer um trecho do conto Os dois amores, do livro Intermédio Logosófico, no qual dois amigos conversam sobre o amor. Em determinada parte, um deles fala:

“[…] Amar uma mulher como meu coração me exige – prosseguiu – constitui para meu espírito a consumação de seus mais ansiados ideais. Uma mulher que compreenda a silenciosa linguagem do meu coração; que seja como eu sou; que me acompanhe no longo caminho da evolução e que se irmane com minha alma, para que um dia cheguemos os dois aos sublimes degraus da perfeição. Uma mulher em cujos olhos possa ler, em meus momentos de íntima meditação, todo um poema de amor, iniciado já em épocas passadas; uma mulher que reúna em si todos os encantos da Natureza; uma mulher, enfim, que seja o oásis de todas as minhas inquietudes.”

  

6. Resultados da Logosofia no Social

Por que há tanto mal no mundo? Não bastaria que todos fizessem o bem e tudo estaria assim resolvido? O que impede os seres humanos de fazer o bem? O que é necessário para que os problemas sociais sejam resolvidos? E o que eu posso fazer para mudar essa realidade?

Você já se fez algumas dessas perguntas? É com elas que abro o capítulo: Resultados da Logosofia no Social.

Desde criança, muito me incomodava ver todos esses problemas do mundo. Certa vez, com uns seis ou sete anos, imaginei-me como um super-herói criando dinheiro e tornando todas as pessoas do mundo ricas. Ainda que algo assim fosse possível, os problemas sociais seguiriam existindo.

Já na juventude, tinha a intuição de que o sentido da minha vida poderia ser o de impactar o maior número de pessoas da forma mais transformadora possível. Isso, sim, parecia-me mais razoável para solucionar os problemas. Mas como realizar?

Como seria possível ter certeza de qual bem oferecer à humanidade? Deveria pensar a curto prazo, aliviando a situação atual, ou a longo, pensando no futuro? Como criar uma verdadeira corrente de bem?

Ao longo dos próximos parágrafos, irei tratar dessas perguntas com reflexões, experiências e comprovações minhas e de outros docentes, todas baseadas no que estamos aprendendo com a Logosofia.

A mudança do mundo começa no indivíduo

Logo que iniciei os meus estudos, percebi que sempre que eu pensava em mudar o mundo, o meu pensamento consistia em mudar a forma de atuar do outro, e raramente a minha.

Aprendi, então, que eu devo antes buscar resolver os meus defeitos, as minhas dificuldades. Superando-os, eu, como indivíduo na sociedade, venho me tornando uma pessoa melhor, mais correta e ainda capaz de ajudar os demais a realizar também essa superação.

E olha que interessante: ao realizar esse processo, eu me torno consciente do quanto essa mudança é boa para a minha vida! Por consequência, tenho confiança de que essa mudança também é boa para os demais.

Não só isso, mas trilhando esse caminho me torno também conhecedor dele, ou seja, sou capaz de ensinar também e de ajudar outras pessoas a percorrê-lo.

Caro leitor, eu já consegui realizar algumas vezes esse processo de encontrar um defeito na minha psicologia, superá-lo, ser consciente do quanto isso me trouxe benefícios e oferecer esse aprendizado para os demais.

E você pode imaginar a alegria que sinto cada vez que consigo realizar cada um desses passos!

Sei que não estou apenas me superando, mas também estou colaborando para um mundo melhor.

Esta é uma das oportunidades que a Logosofia coloca ao nosso alcance para buscarmos realizar essa mudança no mundo, a partir de uma transformação individual.

O que é fazer o bem – diferença entre o bem e o mal

Outro fator fundamental para mudar a sociedade é o de ser capaz de diferenciar o que é o bem e o que é o mal.

Afinal, algo que pareça correto pode não ser mais do que o mal disfarçado de bem.

Por exemplo, um pai que mima em excesso uma criança, dando tudo o que ela quer na hora em que ela pede. Para muitos pais, especialmente aqueles que passaram por uma infância mais difícil, esse é o bem.

Mas, na realidade, isso prejudica a formação psicológica da criança, criando dificuldades futuras para ela e, por consequência, para a sociedade que ela irá futuramente integrar.

Então, o que a princípio parecia bom, na realidade foi um mal, pois prejudicou aquela criança e a sociedade.

Por mais simples que esse exemplo pareça, é possível projetá-lo para os diferentes níveis de convivência. No individual: “será que, se eu mimar a mim mesmo, oferecendo um descanso sempre que der vontade, vai ser bom para mim?”; No coletivo: “será que no trabalho, o chefe que ‘mima’ em excesso o funcionário não estará criando um problema futuro?”.

Partindo deste simples exemplo que uns dirão que é “o bem” e outros “o mal”, fica fácil perceber a importância de ter claro a diferença entre um e o outro para cada ação que realizamos.

Entre os diversos recursos que a Logosofia me ofereceu até aqui, percebo que conquistei uma segurança muito maior para julgar se algo é o bem ou o mal.

Assim, bem diferente de antes, eu consigo me ver cada vez mais livre para julgar o que é certo ou errado, sem ser influenciado por uma ideologia ou porque fulano disse aquilo, inclusive em temas mais delicados como a igualdade, a liberdade ou a caridade.

Neste ponto, convido você a se aprofundar mais nesse tema tão relevante nos dias de hoje, com a palestra O Bem e o Mal: Forças que atuam no mundo, da estudante e docente Gisela Abramo.

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Como fazer o bem? – Liberdade de pensar

Será que somos verdadeiramente livres? Não o digo com relação a liberdade de ir e vir, mas a liberdade de pensar, de ser capaz de tomar decisões por convicção própria, e não por pensamentos alheios, correntes ideológicas etc. Neste sentido, seríamos realmente livres?

Hoje eu comprovo claramente que não somos livres, mas que temos a possibilidade de o ser.

Observo que essa liberdade de pensar é limitada por dois principais fatores: as deficiências psicológicas e as correntes de pensamentos.

Deficiências psicológicas é o nome dado pela Logosofia para pensamentos negativos que estão enraizados nas nossas mentes e que nos impedem de agirmos corretamente, tais como a indisciplina, timidez, impaciência, inconstância, impulsividade etc.

É fácil comprovar a realidade desses pensamentos, ao observar situações simples do dia a dia. Por exemplo, nas vezes em que agimos com impaciência com um amigo querido ou nas vezes em que nos distraímos quando precisamos realizar uma tarefa.

O segundo fator limitante são as correntes de pensamento, como as ideias extremistas e as ideologias.

Já comprovei mais de uma vez a capacidade que elas têm de se apossarem da mente e levá-la a defender inúmeras ideias, muitas vezes absurdas, sem ter a menor noção da sua origem e dos mesquinhos objetivos que há por trás delas.

Então, aqui está outra chave para mudarmos o mundo: a capacitação para que tenhamos cada vez maior liberdade de pensar, maior possibilidade de usar o nosso maravilhoso sistema psicológico, sem as travas impostas pelas deficiências e pelas diversas correntes de pensamento negativas.

Com certeza, não é uma tarefa fácil, muito menos realizável em poucos anos.

Mas conforme cada ser humano, no seu devido tempo, for se tornando mais livre, mais consciente, mais capaz, as ideias extremistas — do mesmo modo que as deficiências psicológicas — vão perdendo força, e veremos uma verdadeira mudança no mundo, partindo do indivíduo.

  

7. Resultados da Logosofia no Econômico

“Não tenho tempo para me dedicar a esses lados psicológico, familiar e espiritual. Tenho de me dedicar à minha carreira, para poder ganhar dinheiro e aproveitar a vida.”

Talvez esse seja um dos pensamentos mais comuns nos dias de hoje. Dito de diferentes formas, já escutei essas palavras em conversas com diversos amigos. Inclusive, eu mesmo já cheguei a falar algo parecido.

Porém, é interessante observar que — ao contrário do que possa parecer à primeira vista — a dedicação a esse lado imaterial da vida, se feita de forma consciente, oferece também significativos avanços econômicos.

E é justamente sobre os Resultados da Logosofia no Econômico que falaremos nesta semana, fechando assim os sete tópicos do ciclo de conteúdos Resultados da Logosofia nos Diversos Campos da Vida.

Você vai ler sobre a obsessão pela carreira, a impulsividade x contenção, os recursos psicológicos para tornar-se verdadeiramente produtivo, o cultivo de virtudes no trabalho e a importância do crédito moral.

Escrevi este capítulo pensando no que eu gostaria de ter lido quando disse, há alguns anos, que não tinha tempo para isso. Espero que os elementos sejam valiosos para você.

Afinal, será que somos senhores do tempo ou é ele quem nos domina?

Obsessão pela carreira e o pensamento central da vida

Atualmente é comum tornar-se obcecado pelo crescimento profissional. Ainda havendo essa rápida escalada em cargos e salários, isso não costuma equilibrar-se com o lado familiar e, principalmente, o espiritual.

Guiado pela ânsia em crescer profissionalmente —  dito comportamento workaholic —,  saltei diversos degraus e me adiantei com relação a vários amigos, sendo financeiramente positivo — mas a que custo?

Enquanto avançava neste campo da minha vida, os demais pareciam estagnados.

Uma triste ilustração disso é a evolução da humanidade. Do Egito até os dias de hoje, avançou-se muito tecnológica e materialmente, das carroças aos foguetes, mas sem os correspondentes avanços moral e espiritual — a decadência atual da humanidade é prova disso. Eu estava vivendo algo parecido.

Consegui felizmente reverter tal realidade através da Logosofia. Conto essa experiência na palestra O Governo da Própria Vida, entre os minutos 44:40 e 55:30.

Convido-o também a assistir a palestra completa, com ricas experiências de docentes de Logosofia do Rio de Janeiro.

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Recursos psicológicos para tornar-se verdadeiramente produtivo

Com o isolamento social a partir de 2020, pensei: “agora ficarei superprodutivo, pois vou trabalhar de casa, sem as distrações do escritório, nem o tempo gasto com o deslocamento!”

Passados alguns meses, parecia que, ao contrário, o tempo tinha diminuído.

Não nego que a demanda profissional tenha aumentado um pouco, contudo, meu problema com o tempo não estava no aumento da demanda, no escritório ou no ir e vir do deslocamento, mas sim em minha mente.

Trabalhando em casa, as distrações eram frequentes: “deixa eu acompanhar o movimento da bolsa de valores”, “deixa eu verificar meu e-mail”, “ver se as campanhas de marketing estão funcionando”, “ver se tem algum comentário novo no Instagram”.

A preocupação variava conforme o momento, mas sempre incitava a interromper minha atividade por outra demanda — que podia até ser importante, mas não naquele momento.

Quando percebi que o problema era recorrente, busquei no livro Deficiências e Propensões do Ser Humano a causa dessa improdutividade.

Você já viveu algo assim? Saberia dizer qual era a causa?

Trio da Inconstância, Curiosidade e Impulsividade

Descobri que era um trio de pensamentos atuando: a inconstância, a curiosidade e a impulsividade.

Assim que começava uma atividade um pouco mais difícil, que me exigia pensar mais para resolver, a inconstância aparecia, tentando impedir de me concentrar naquilo. Com ela, vinha a curiosidade me “cutucando” para verificar alguma outra coisa importante, como um e-mail, mas que era inútil naquele momento. Para fechar o trio, a impulsividade aparecia, levando-me a mudar de atividade, sem ter tempo sequer para refletir sobre aquilo.

Rapidamente, usando os atalhos do teclado e movido por esse impulso, abria outra janela no computador e, quando percebia, já estava fazendo algo totalmente diferente do objetivo inicial.

Com esse triste cenário, via meus dias passando, sendo levado por esses pensamentos. A velocidade e a força que impunham à minha vontade eram tão grandes que não me sentia livre, pois raras vezes conseguia impedir que eles me conduzissem.

Então, enquanto seguia normalmente trabalhando, comecei uma luta interna diária e silenciosa contra esses três pensamentos. Aos poucos, seguindo o método ensinado por González Pecotche, fui reduzindo minha improdutividade.

Ainda que sem ter vencido 100% essa luta, é notável o quanto me sinto mais livre agora, realizando mais em menos tempo — o que me permite realizar mais não só no trabalho, mas também nos estudos e em minha vida como um todo.

Não descarto o valor dos inúmeros métodos para ganharmos produtividade em uma ou outra atividade, mas sei que, atuando na causa, posso transferir aquela produtividade alcançada com meu esforço aos demais campos da vida, reduzindo a dependência de recursos externos e podendo, inclusive, ensinar outras pessoas.

Trabalho: campo experimental para desenvolvimento de virtudes

Neste ponto ressalto que são diversos os pensamentos que afetam nossa capacidade profissional. Além dos apresentados, há outros: a falta de vontade, negligência, indiferença, brusquidão, suscetibilidade, indisciplina, desordem etc.

Então, é possível que essa descoberta feita em minha psicologia não seja necessariamente vivida por você.

E aí está a riqueza deste estudo: enquanto realizamos nossas atividades profissionais, podemos identificar oportunidades de evolução e seguir esse trabalho silencioso de aperfeiçoamento, sem atrapalhar o rendimento profissional.

Hoje, por exemplo, tenho buscado cultivar um pensamento para avaliar como se deu o meu dia de trabalho.

Quais deficiências observei em mim ao longo do dia? Quais efeitos tiveram e o quanto as consegui bloquear? Quais virtudes cultivei? Meu dia foi útil para minha evolução ou simplesmente finalizei com algo como: “o dia foi bom, tive uma reunião interessante, mas não consegui observar nada do meu interno?”

Este exercício me tem permitido melhor desfrutar minhas horas de trabalho, pois estas deixaram de representar simplesmente um ato de serviço à sociedade ou uma fonte de renda, passando a ser também um valioso campo experimental em minha vida.

Impulsividade e seus efeitos no econômico

Outra forma de crescer financeiramente, que vai além de aumentar os ganhos salariais, é o corte de certos gastos impulsivos.

Um amigo contou que certa vez foi ao shopping simplesmente para passear, mas, movido pela impulsividade, acabou comprando uma televisão gigante, sem que necessitasse ou planejasse.

Eis um claro exemplo da impulsividade atentando contra o nosso lado econômico. Por vezes aparece em uma compra por impulso, outras criando compromissos sociais desnecessários.

Refletindo se esta impulsividade também me influenciava, concluí que quase nunca. Por quê? Por causa de uma vivência quando criança.

Toda vez que ganhava algum dinheiro, corria para aquelas lojas de brinquedos de um real para gastar tudo. Certa vez, minha avó me disse: “Se você guardar seu dinheiro, você pode juntar e comprar aqueles outros brinquedos mais caros e mais legais”.

Como num passe de mágica, nasceu um pensamento de contenção em mim que carrego até hoje, às vezes usando-o em excesso, outras afrouxando-o e gastando mais do que gostaria. Mas, nessa busca pelo equilíbrio, percebo o valor da contenção e constato que ela pode — e deve — ser ensinada desde a infância.

Voltando à história do meu amigo, ele me contou que estudou sobre a contenção e começou a cultivá-la, muito o ajudando a evitar gastos financeiros desnecessários.

A importância do crédito moral

Existe um resultado mais sutil — mas não menos importante —, que é o crédito moral que vamos recebendo conforme inspiramos confiança através de uma conduta acertada.

No meio profissional, tenho percebido que a confiança é tão importante quanto a capacidade de realização de trabalho. E, nos últimos anos, mudanças de conduta me têm favorecido o crescimento na carreira.

Um exemplo disso foi a oportunidade que recebi de liderar uma área da empresa. Mais do que os resultados que eu apresentava, meu chefe me confiou aquele cargo por constatar minha capacidade de gerir a equipe conforme a cultura e os valores da empresa.

E sei que venho conquistando esses valores aos poucos com meus estudos. Ao mesmo tempo, comparo o “meu eu” de antes, estando certo de que, sem esses conhecimentos, não teria conseguido essas mudanças que me permitiram conquistar a confiança do meu chefe. Cada vez mais vão ficando para trás os preconceitos e erros que prejudicavam o meu relacionamento no ambiente profissional.

Conclusão – Resultados da Logosofia na própria vida

Caro leitor, escrevi este artigo para compartilhar um pouco do bem que eu e os milhares de estudantes e docentes de Logosofia temos desfrutado com esta ciência.

Espero que algum dos relatos tenha inspirado em você nobres propósitos de conhecer esse maravilhoso mundo que temos dentro de nós e de oferecer essa oportunidade à humanidade.

Se alguma das perguntas feitas tocou mais fundo, não deixe ela morrer. Se temos a capacidade mental de formular perguntas, também temos a de descobrir as respostas, e venho entendendo que isso faz parte do porquê fomos criados.

Caso queira experimentar um pouco do bem relatado até aqui, convido-o a solicitar um curso gratuito de Logosofia. Para isso, é só mandar uma mensagem no Instagram @logosofiabr ou entrar em contato com uma das sedes culturais da Fundação Logosófica. Será uma alegria atendê-lo.

Escrever este artigo foi uma enorme oportunidade para mim. Pude reviver diversas experiências, conhecer os relatos de outros docentes de Logosofia e fazer até algumas descobertas sobre mim mesmo! O próprio processo de escrever um artigo como este também é uma oportunidade de aprendizado.

Espero sinceramente que, assim como foi para mim, também tenha sido uma oportunidade para você.

Afetuosamente
Vinícius Chacon