Parece Que Sempre Acontece a Mesma Coisa na Minha Vida
Já perceberam que as vezes tem situações que vivemos que dá aquela sensação de “Eu já vivi isso antes”? Comigo já aconteceu várias vezes.
Como muitas pessoas que conheço, eu tinha uma característica muito comum quando era jovem: a pressa! Ela se apresentava na necessidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, mas, tudo correndo.
No trânsito, não conseguia dar a vez a outro motorista e, se percebesse que o sinal ia fechar, acelerava o carro para passar antes.
Ficava muito incomodada se chegasse atrasada a algum compromisso e irritada se os demais não chegassem no horário combinado. Não entendia por que eu conseguia ser pontual, e os demais, não. Achava que se atrasavam de propósito.
Até minha forma de falar transmitia a pressa que sentia internamente. Recordo-me dos adultos pedirem que eu falasse mais devagar, porque não entendiam o que eu expressava.
Após conhecer o livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, do autor da Logosofia, e entrar em contato com o conceito de pensamentos, me dei conta de que esse meu jeito de ser era consequência de uma deficiência, a impaciência, muito forte em minha psicologia.
Ao fazer estudos sobre essa deficiência, percebi que ela prejudicava meus relacionamentos. Sempre que algo me deixava impaciente, eu ficava ansiosa e tratava os demais com irritação e intolerância.
Este trecho do citado livro caiu em mim como uma luva:
“Na verdade, custa muito ao impaciente entender que cada coisa requer seu tempo, assim como lhe é difícil entender que aqueles que lhe prestam seu concurso, ou o secundam em seus esforços, nem sempre podem ou estão dispostos a seguir o ritmo que sua deficiência lhes pretende impor.”
Decidi, então, fazer um trabalho metódico para enfrentar esse pensamento que tanto mal causava a mim e aos que me eram queridos. Comecei a observar como o tempo funcionava e qual o seu papel em minha vida. Percebi que muitas coisas que eu fazia não tinham muito valor e que eu não precisava correr para fazer tantas coisas ao mesmo tempo.
Fui selecionando por prioridade o que realmente eu queria e podia fazer, escolhendo o que era importante, analisando o tempo que levaria cada coisa que eu queria fazer e também deixando de fazer coisas sem relevância.
Hoje, continuo sendo uma pessoa muito ativa, mas aprendi a planejar melhor o meu tempo e fazer uma coisa de cada vez. Sobre a pontualidade, vejo que ela é essencial, porém não deve tirar minha paz interna e me deixar intolerante se os que estão a minha volta não conseguem realizá-la.
As pessoas se atrasam, na maioria das vezes, porque não sabem administrar o próprio tempo. Esse conhecimento foi um divisor de águas em meus relacionamentos. Passei a ser mais compreensiva com aquelas pessoas que têm dificuldade em ter controle sobre sua agenda por ainda não terem aprendido a administrar o próprio tempo.