Há um tempo trabalho num laboratório de análises em que uma das atividades inclui a luta contra as endemias. A minha atividade profissional estende uma ponte entre o paciente e o médico através da precisão dos resultados dos exames.

O ambiente oferece uma base de experiências e conhecimentos. Estratégias, coleta de dados e planejamentos são essenciais para a equipe.

Certo dia, quando foram registrados vários casos de dengue na cidade onde moro, observei muitos pensamentos de temor entre as pessoas que procuraram o laboratório, o que é natural e compreensível. Foram inúmeros exames! Não foi fácil lidar com tal adversidade, já que ainda não dispúnhamos de vacinas.

Eu me perguntei: como eu poderia colaborar naquele momento do pico da doença? Qual seria o melhor plano? E o que poderia extrair daquela experiência para a vida, num ambiente de trabalho?

Recordei-me de um artigo que dizia que a população de um país asiático se propôs a dedicar 15 minutos por dia para identificar e eliminar os focos do Aedes aegypt – o mosquito transmissor da dengue. E o resultado foi maravilhoso, diminuindo os casos da doença por lá. Atitudes simples, resultados das experiências e observações do meio onde vivem.

No nosso caso, procuramos informar a comunidade sobre os cuidados necessários, fizemos mutirão de limpeza em lotes vazios e quintais, além de intensificar a liberação dos laudos. A comunidade entendeu o propósito, colaborou e conseguimos controlar a doença.

Fiquei feliz com o resultado do trabalho realizado. Percebi a força do conjunto em uma ação planejada e bem executada.

Há alguns anos, tenho um laboratório individual onde pesquiso e me preparo para atuar melhor em todos os campos da minha vida. A base é a ciência logosófica. Os ensinamentos contidos na bibliografia de estudo são como antídotos que me deixam mais forte frente às dificuldades e me levam a encontrar as melhores soluções, através de um processo de evolução consciente. O exercício e a prática nesse laboratório individual conduzem ao conhecimento de mim mesmo, a partir, entre outras coisas, da análise precisa dos pensamentos.

O esforço, o empenho e a constância na aplicação do método de ensino são como vacinas que me protegem, criando, por exemplo, defesas contra pensamentos negativos. Combater a inércia e a falta de vontade, para mim, são metas para a vida toda. E um dos princípios que tenho seguido é: estudar o que experimento e experimentar o que estudo.

Aprendo, também, nesse laboratório individual, que “há um estímulo grandioso que move a vida humana. Esse estímulo é seu fim, é sua meta, é o todo; esse estímulo é o que a incita continuamente à busca do saber, do conhecimento.” (do livro Bases para sua Conduta).

Sendo assim, nos laboratórios da vida, compreendo que as melhores vacinas – ou o melhor antídoto – eu conquisto por meio do saber e do conhecimento, com atitudes simples e estratégicas, na busca dos melhores resultados rumo à saúde física e espiritual.

Na minha experiência, o processo de evolução consciente, que a Logosofia ensina a realizar, pode imunizar contra muitos males que acometem a humanidade. Seu método científico — que inclui conhecer a si mesmo e aplicar o que se aprende — é uma lição eficaz para o aperfeiçoamento da própria vida.