Quando lemos um livro e gostamos muito do seu conteúdo, geralmente procuramos outros livros do mesmo autor. E, em algum momento, surge o interesse em conhecer quem escreveu coisas tão interessantes. Isso aconteceu comigo. Após tomar contato com vários livros logosóficos, fui em busca de saber quem era aquele autor que escrevia coisas que me encantavam e me ajudavam a compreender os aspectos mais profundos, invisíveis e intrigantes da minha vida.  

Carlos Bernardo González Pecotche foi um educador, humanista e alguém com um grande conhecimento e sabedoria. Ele trouxe, em sua própria herança, conhecimentos profundos, transcendentes e originais, que falam de forma clara, simples e sensível sobre o ser humano em sua tríplice configuração biopsicoespiritual. 

Sua vida foi aparentemente comum, como a de qualquer outro ser humano. Ele casou-se jovem e teve um filho. Tanto ele quanto seu filho tinham problemas respiratórios acentuados, mas nem por isso González Pecotche arrefeceu em seu incessante trabalho de levar à humanidade palavras de alento, de profunda sabedoria e o convite para realizar um processo de evolução consciente. 

O que mais me cativou em seus livros foi seu grande respeito a quem se aproxima desse conhecimento. Ele não impõe e nem obriga que se aceite a nada que ele esteja colocando  ao alcance do leitor, e sim convida-o a rever conceitos que são básicos para compreender, com um pouco mais de propriedade, uma nova concepção do pensamento universal e humano. 

Em um de seus livros ele escreve o seguinte: 

 

“Não se exige do aspirante a este novo saber que elimine, sem reflexão, suas antigas e enraizadas crenças sobre fatos, conceitos, coisas ou ideias. Muito pelo contrário: logosoficamente, não se muda um conceito por outro sem antes observar os benefícios que, com isso, possam ser obtidos para a própria evolução. Apenas se convida a que cada um realize um sereno e meditado exame de confrontação entre as velhas crenças e as novas concepções oferecidas, a fim de que possa escolher, à luz dos novos conhecimentos, as que se mostrem melhores ante a reflexão. Isso é algo muito conhecido pelo logósofo, que já passou por essa notável e ao mesmo tempo saudável experiência.”  

Outro aspecto que me tocou em relação ao autor da Logosofia é que ele insiste para que se experimente o que ele está ensinando. Isso eu nunca havia visto em lugar algum, o que demonstra que González Pecotche tem uma visão nítida e objetiva do que ele quer que cada ser humano alcance, porque ele mesmo experimentou esses ensinamentos em sua vida.

Há trechos de seus livros nos quais fica explícito que ele está falando de si próprio e, sem ter experimentado em sua vida o que ensina, não teria sido possível apresentar conceitos tão grandiosos. Daí que ele sempre afirme que não se deve acreditar, mas experimentar, para comprovar na própria vida os seus ensinamentos.

A vida de González Pecotche foi marcada por lutas, tanto em sua vida física quanto em relação à obra que ele se empenhou em realizar. Especialmente porque, quando se quer fazer o bem, logo surgem forças que se contrapõem a esse objetivo.

Quanto mais eu conheço este autor, mais me agrada sua capacidade de criar, sua imensa bondade, sua generosidade e a transcendência do bem que eu consigo extrair, para a minha vida, de tudo o que ele ensina.