Já parou para pensar se o conceito que você tem de si mesmo é o real?
Esse questionamento surgiu de forma intensa em minha mente após um jantar com minha família, no qual realizamos um “amigo secreto”. Como de costume, na hora da entrega dos presentes, deveríamos descrever a pessoa sorteada, apontando suas características mais marcantes, para que assim os demais pudessem adivinhar quem iria receber o presente.
Tudo estava muito divertido, até que um de meus familiares começou a descrever a pessoa que iria presentear. Algumas características foram ditas e eu não conseguia associá-las a ninguém. De repente, falaram meu nome:
— É a Luiza! — gritaram alguns tios e primos, felizes ao verem que haviam acertado.
Recebi o presente bastante surpresa. Não achava que era eu a sorteada, pois não conseguia identificar aqueles atributos em mim.
Após o ocorrido, perguntei a mim mesma: será que eu realmente possuía aquelas características? Questionei-me, já que o conceito que tinham da minha pessoa não correspondia à imagem que fazia de mim mesma. Quem será que estava certo?
Refletindo sobre o fato, não estaria eu sendo movida por crenças que criei sobre mim mesma? Crenças tão fortes que não me deixavam enxergar quem eu realmente sou, quais são meus reais valores e quais minhas deficiências psicológicas.
Senti que não queria mais ser enganada pelas minhas próprias crenças. Decidi ir em busca do meu verdadeiro “eu”.
Indo em busca da verdadeira Luíza…
Com o estudo logosófico, aprendi a ter mais consciência das minhas atitudes, identificando vários pensamentos que se manifestavam em minhas ações no dia a dia. Por meio desse movimento mental, consegui reconhecer algumas deficiências que se manifestavam em mim, como a impaciência, a indiscrição, a suscetibilidade etc.
Além disso, consegui identificar, também por meio da observação de minhas atitudes, a presença de inúmeros valores, como a docilidade, a suavidade e a força de vontade para alcançar meus objetivos.
Compreender o que constitui meu mundo interno, ter o conhecimento de mim mesma, estimula-me a ser cada vez melhor. Quero cultivar mais valores e tentar eliminar os pensamentos negativos ou inúteis que me prejudicam.
É essa uma tarefa crucial para que eu consiga estar cada vez mais próxima da pessoa que quero ser futuramente: uma mulher consciente, segura de si, livre de crenças e preconceitos, feliz, e que busca sempre o verdadeiro conhecimento.