• Você acredita em um mundo melhor?
  • É possível mudá-lo sozinho?
  • O que eu posso fazer para isso?
  • Por onde começar?
  • Por que parece ser uma tarefa tão difícil?

Essas perguntas lhe parecem familiares? Eu sempre tive muita vontade de fazer algo efetivo para a humanidade, mas nunca soube como. Além disso, pensava que, ainda que realizasse alguma coisa, só a minha parte não faria diferença alguma.

O mundo interno como primeiro passo para mudar o mundo

Recentemente, me dei conta de que tenho um mundo interno cheio de recursos: sou constituída de uma mente e, por isso, sou capaz de pensar, refletir, observar, raciocinar; de gerar e expressar sentimentos, como gratidão, amor, afeto; de cultivar virtudes como a paciência, simpatia, bondade, disciplina, sinceridade. E com todos esses recursos, posso ser uma pessoa melhor.

Certa vez, numa empresa para a qual presto serviços, o gerente de vendas elaborou uma campanha para a equipe, desafiando-nos a superar as metas de vendas propostas pela companhia, em troca de cupons para participar do sorteio de prêmios atraentes, como TVs, notebooks e bicicletas.

Esforcei-me ao máximo para superar a meta, mas não consegui atingir os resultados que a campanha exigia. Um colega de trabalho que havia superado sua meta me perguntou: “Você quer uma parte das minhas vendas para passar no seu nome e, assim, ganhar os cupons e participar do sorteio dos prêmios?”

Depois de refletir sobre aquela proposta, perguntei a ele: “Mas você acha correto?” “Correto não é – respondeu -, mas todo mundo faz …” Pela sua expressão, me pareceu que ele ainda não tinha se dado conta de que aquela inocente e bem intencionada oferta se apoiava em algo muito negativo. Agradeci sua intenção de me ajudar. Contudo, lhe disse que não estava de acordo com os meus princípios. Se eu não havia atingido a meta, não merecia participar do sorteio dos prêmios.

Situações corriqueiras que colocam nossos princípios em prova

Diariamente, escutamos falar sobre a corrupção no meio político, mas nos esquecemos de que a corrupção começa com essas pequenas atitudes do dia a dia, como burlar as regras de uma campanha, furar a fila de um banco, estacionar na vaga para deficiente físico, passar no sinal vermelho, pagar um “café” para ser aprovado no exame da autoescola, colar nas provas, etc.

Num tom de voz animado, meu colega comentou: “Hoje em dia é muito difícil encontrar pessoas como você!”.

Em seguida voltamos a trabalhar e eu me senti feliz por ter conseguido seguir os meus princípios.