Você já teve alguma atitude equivocada e depois se perguntou por quê não pode evitá-la? Já sentiu ecoarem na própria mente vozes que te sugeriram seguir um caminho ou outro? Já conseguiu formular um objetivo e alimentá-lo gradualmente até se concretizar?

Todas essas são manifestações de pensamentos, forças psicológicas que dão origem diretamente às ações e palavras do indivíduo, às vezes sem que ele mesmo perceba!

Eles não podem ser capturados com as mãos, nem flagrados com um microscópio, mas são tão reais como os elementos do mundo físico, porque participam de toda atividade realizada pelo ser humano.

Um belo edifício, por exemplo, teve origem na mente de quem o arquitetou, como fruto de um pensamento que ganhou posteriormente uma forma material.

Mas para quê serve saber como funcionam os pensamentos, afinal? Que retorno alguém pode obter ao se dedicar a esse processo de aprendizado?

O conhecimento sobre os pensamentos permite que o indivíduo os domine, em vez de ser dominado por eles.

À medida que descobre quais existem e suas características, aprende a enfraquecer os que sabotam sua própria felicidade e desenvolver aqueles que o auxiliam a conquistar seus objetivos.

A Logosofia, ciência que capacita o ser humano a evoluir conscientemente no campo moral e espiritual, apresenta um conceito autêntico sobre a influência ativa dos pensamentos na vida humana.

A partir de um método altamente prático, ensina cada pessoa a:

  • identificar os pensamentos que habitam a própria mente;
  • selecionar aqueles que quer manter no seu ambiente mental;
  • criar pensamentos compatíveis com a evolução que busca;
  • alimentar outros pensamentos construtivos que já estão presentes dentro de si.

Os pontos que você verá neste conteúdo são apenas a ponta do grande iceberg que é a linha de conhecimentos oferecidos pela Logosofia sobre os pensamentos e a sua relação com a existência humana.

Eu, assim como todos os demais estudantes desta Ciência, venho aprendendo um pouquinho mais a cada dia sobre como utilizar os pensamentos com acerto na vida.

Por isso te convido a se juntar a mim nessa jornada de descobertas!

O que são os pensamentos, afinal?

A primeira definição do dicionário Michaelis apresenta um pensamento como o “ato ou efeito de pensar, de refletir”. Em segundo lugar, o termo aparece como “o que se pensa; ideia”. Também é comum vermos títulos como “pensamentos do filósofo ou autor X”.

O autor da Logosofia define os pensamentos da seguinte forma, no livro “Logosofia: Ciência e Método”:

“A Logosofia, ao expor seus conhecimentos, apresenta o que se refere aos pensamentos como um dos mais transcendentes e de vital importância para o homem. Afirma serem entidades psicológicas que se geram na mente humana, na qual se desenvolvem e ainda alcançam vida própria.”

Os pensamentos têm vida própria? De quê se alimentam? Alguns deles vivem dentro de mim ou só estão de passagem?

Essas foram algumas das perguntas que me fiz quando tomei contato com esse conceito pela primeira vez. Tive dificuldades iniciais para entender o princípio por trás dele, mas foi com as situações do dia-a-dia que comecei a compreender como a Logosofia define os pensamentos.

Recordo do meu primeiro estágio profissional, um trabalho de remuneração financeira baixa, já que o foco era o aprendizado trazido pela atividade.

Aquela experiência me ajudou a detectar em mim o pensamento da rigidez, que me inibia de gastar o mínimo centavo daquela quantia quase simbólica.

Eu cheguei ao ponto de recusar qualquer saída com amigos por um tempo, sempre com a justificativa de que não tinha dinheiro e precisava economizar.

Aquele pensamento me dominava totalmente.

Treinando a atenção e notando os efeitos negativos que ele me causava, comecei a dominá-lo, bloqueando as suas manobras e tirando a sua força dentro de mim.

No entanto, não existem somente pensamentos nocivos como a rigidez. Inclusive, um dos recursos que pratiquei para enfraquecê-lo em mim foi um pensamento oposto, de natureza construtiva, a flexibilidade. Mais adiante vamos detalhar cada um desses tipos.

Outra característica marcante dos pensamentos é a velocidade com que podem passar de uma mente a outra. Na convivência com as pessoas, por exemplo, emitimos e recebemos pensamentos a todo instante, por meio das palavras, dos gestos e até mesmo da fisionomia.

Dependendo da qualidade desses pensamentos e da capacidade de cada um para administrá-los, essa interação com o outro pode ser marcada pela harmonia ou o conflito.

Neste conteúdo, Pamela Belló conta a sua perspectiva sobre a influência dos pensamentos na convivência e como a utilizou a seu favor.

A Influência dos Pensamentos na Convivência Humana

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Pensar e ter pensamentos significam a mesma coisa?

Segundo a concepção logosófica, todo ser humano tem um sistema mental, composto pelas seguintes partes:

  • A mente e suas faculdades, como a de refletir, imaginar, recordar, observar, pensar, etc.
  • Os pensamentos.

Nesse sentido, a mente pode produzir uma série de elementos psicológicos com funções diferentes para o indivíduo, por meio dessas faculdades específicas.

A de refletir gera uma reflexão, a de recordar cria uma recordação e a de pensar, por exemplo, dá origem a um pensamento.

A grande questão é: todos os pensamentos que habitam a minha mente foram gerados pelo meu próprio ato de pensar? Ou foram produzidos por outras mentes? 

Partindo da compreensão de que o ato de pensar é diferente de ter pensamentos na mente, se abrem muitas possibilidades de mudança de comportamento para o indivíduo.

Um efeito será a busca por gerar os próprios pensamentos de forma consciente, fortalecendo a faculdade de pensar.

O segundo resultado será o esforço de detectar quais pensamentos estão na própria mente mas foram gerados pelas mentes de outras pessoas.

Neste momento você pode se perguntar: como vou criar um pensamento totalmente original, que ninguém mais no mundo teve?

Aqui vem outro aspecto interessante. Um dos resultados do ato de pensar é justamente a criação de pensamentos capazes de solucionar problemas ou realizar iniciativas.

Um desses pensamentos pode ter sido praticado por outras pessoas no passado ou no presente, mas ao adicioná-lo à minha vida após um processo movido pelo meu esforço de pensar, estou criando esse pensamento em mim mesmo, tornando-o próprio.

Para ilustrar, volto ao exemplo do adolescente “mão-fechada” que fui.

Eu escutei de muitas pessoas que deveria mudar aquele comportamento, buscando um equilíbrio maior no manejo das finanças, mas a transformação não aconteceu simplesmente por receber pensamentos de outros — até mesmo porque eu recusava os conselhos.

Ela surgiu na minha mente, quando coloquei em ação a faculdade de pensar com foco nos equívocos que eu cometia pela rigidez na relação com o dinheiro, um movimento que deu origem ao pensamento de ter uma postura mais flexível.

Quais tipos de pensamentos existem?

A Logosofia ensina a classificar os pensamentos de acordo com os critérios de:

  • origem: os próprios e os alheios;
  • valor: os positivos, negativos ou inúteis;
  • natureza: os autônomos e os dependentes da inteligência e da vontade;
  • área mental de influência sobre a vida: os intermitentes, os dominantes e os obsessivos.

Há também pensamentos com funções e traços determinados:

  • Pensamentos-deficiência: são negativos e adquirem diferentes níveis de influência sobre o comportamento. Ex: rigidez, impaciência, intolerância, egoísmo, etc. O autor da Logosofia escreveu um livro inteiro sobre os pensamentos-deficiência.
  • Pensamentos-propósito: consistem em projetos e iniciativas que o ser queira realizar. Ex: cultivar uma vocação, formar uma família, etc.
  • Pensamentos-conhecimentos: aqueles que representam o saber adquirido em um campo e aos quais o ser recorre em suas atividades. Ex: escrever um artigo, realizar um atendimento médico, analisar um relatório, etc.
  • Defesas mentais: pensamentos que podem ser criados para lidar com circunstâncias adversas de forma serena. Ex: o pensamento de adaptabilidade pode ser acionado como uma defesa para quando me irritar por uma mudança necessária, como quando ocorre um imprevisto em um plano de viagem que fiz para as férias.

Outro pensamento que merece uma menção honrosa por sua importância é o que a Logosofia denomina “pensamento-autoridade”.

Ao ser instituído pelo indivíduo na mente, exerce a função de recordá-lo constantemente de que está realizando um processo de evolução, que deve ser feito de forma consciente.

Assim, ajuda a evitar qualquer possibilidade de especulação ou desvio no uso dos conhecimentos que vai adquirindo. O mantém atento ao que se passa dentro e fora de si mesmo, permitindo extrair de cada circunstância um elemento útil ao objetivo do próprio aperfeiçoamento.

Como resultado, o pensamento-autoridade coloca ordem na mente, guiando seus movimentos na direção do aperfeiçoamento buscado pelo ser.

Mas qual é a finalidade de conhecer cada tipo de pensamento?

Ao mapear as características dos pensamentos que identifica dentro de si, o indivíduo pode ter clareza sobre quais merecem ser fortalecidos e quais deveriam ser debilitados até deixarem de frequentar a própria casa mental.

A classificação dos pensamentos permite, portanto, que cada um faça um estudo constante de sua psicologia, para ser melhor que si mesmo a cada dia, corrigindo as tendências negativas encontradas.

Nesse processo, também se coloca em condições de fazer o bem ao semelhante, porque passa a reconhecer as forças psicológicas construtivas com as quais já conta.

O grande desafio é criar uma predisposição real a evoluir, pois do contrário o risco de se enganar na hora de detectar os pensamentos que atuam na mente é grande.

Digo isso por experiência própria. 

Eu atribuía as primeiras imperfeições que identifiquei às pessoas que conviviam comigo, afirmando que elas me irritavam, por exemplo, sem reconhecer que na verdade eu deixava que o pensamento de irritabilidade me desequilibrasse!

Afirmo também que esses movimentos mentais não são cansativos, apesar de exigirem atenção e esforço. Pelo contrário, geram muitas energias que antes eram perdidas com a infrutífera tentativa de mudar o outro e buscar as causas dos problemas fora de mim!

A estudante de Logosofia Sônia Almeida viveu uma experiência parecida com a minha ao conhecer este novo conceito de pensamentos, como ela conta no seguinte vídeo:

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Qual a relação entre pensamentos e sentimentos?

Acima mencionamos que a Logosofia apresenta os pensamentos como partes do sistema mental do ser humano. Essa Ciência também apresenta o sistema sensível, com uma configuração parecida, composta pela sensibilidade de um lado e pelos sentimentos de outro.

Em analogia, os sentimentos surgem da capacidade de sentir, uma das funções exercidas pela sensibilidade. Portanto, diferem dos pensamentos, apesar de sofrerem a influência dessas forças psicológicas.

No contato entre irmãos, por exemplo, a presença de pensamentos-deficiência, como a intolerância, pode danificar os sentimentos de amizade e afeto que sustentam o vínculo entre eles.

Ao mesmo tempo, se ambos se propõem a cultivar dentro de cada um o pensamento da colaboração, como resultado esses mesmos sentimentos se expandem e fazem florescer a convivência na família.

Existem ainda as emoções negativas, que muitas vezes são vistas como sentimentos, mas que em realidade são manifestações de pensamentos que exercem forte influência sobre o ânimo. A raiva, o temor e a frustração, por exemplo, se encaixam nessa categoria.

Os sentimentos se distinguem justamente por serem sempre construtivos e elevados.

Se esse ponto te chama a atenção, faço o convite para assistir este vídeo em que eu e outros dois jovens estudantes de Logosofia conversamos sobre a sensibilidade.

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Um pensamento pode se transformar em um sentimento?

Há poucas linhas disse que ambos elementos são diferentes dentro da concepção logosófica.

Porém, certos pensamentos podem ganhar um valor especial para o indivíduo, a ponto de assumirem a condição de sentimentos.

Para que esse processo aconteça, o cultivo do pensamento em questão precisa ser estimulado por uma aspiração sincera e não deve ser interrompido.

Um pensamento que venho me esforçando para que se transforme em um sentimento no futuro é o de estudar, que quis criar e nutrir a partir do contato com a Logosofia.

Eu não fui um aluno exemplar na época da escola e da faculdade, porque me distraía muito com as atividades de lazer e evitava ao máximo o esforço de pensar sobre temas complexos.

Ao identificar, porém, as possibilidades de evolução que o estudo abre, especialmente o que leva ao conhecimento de si mesmo, foi surgindo em mim o interesse de me empenhar no desenvolvimento dessa capacidade.

Hoje, sei que a repetição inteligente do ato de estudar vai me levar a realizá-lo com verdadeiro gosto e de forma espontânea em certo ponto do futuro. Ele terá alcançado em mim, portanto, a categoria de sentimento.

Veja o que González Pecotche traz sobre esse aspecto no livro “Introdução ao Conhecimento Logosófico”:

“É necessário ter presente que, quando os pensamentos se hierarquizam e se identificam com a vida, condensam-se no coração, transformados em sentimentos. Isto significa que, apesar da importância primordial que a mente assume na vida humana, nada se liga a ela de forma permanente se não for incorporado a essa região do sentir, isto é, ao sentimento, centro de todos os afetos.”

O conhecimento sobre os pensamentos muda algo na minha vida?

Chegou a hora de vermos uma descrição ainda mais prática sobre as repercussões que o conhecimento dos pensamentos traz para a vida de quem o busca.

Há quatro atividades principais que cada um deve realizar ao tomar contato com esse conceito.

  1. Detectar pensamentos agindo dentro e fora de si mesmo.
  2. Mudar os pensamentos que atrapalham a própria evolução.
  3. Criar pensamentos que favoreçam a melhoria do indivíduo em todos os campos da vida.
  4. Ampliar ainda mais os pensamentos edificantes que já existem dentro do ser, para se transformar num exemplo deles diante das demais pessoas.

A conquista desses quatro resultados só é possível quando se é capaz de conhecer e utilizar bem as duas maiores fontes de energia que alimentam os pensamentos: espaço e tempo.

Suponhamos que o pensamento de acompanhar os eventos esportivos, por exemplo, se apropria de praticamente todo o meu ambiente mental (o que de fato aconteceu na minha vida por longos anos, diga-se de passagem).

Qual espaço vai sobrar para outros pensamentos, como o de planejar o meu futuro profissional, realizar estudos que eu valorizo, conviver com a família e amigos?

Preciso equilibrar esses fatores para que cada pensamento participe da minha vida na medida correta, sem que um deles absorva todos os outros.

A realocação do espaço leva a uma melhor administração da segunda fonte, o tempo.

Tendo clareza sobre os pensamentos que quero cultivar em maior ou menor grau em cada momento da vida, deixo de desperdiçar tempo com distrações que me desviam dos objetivos propostos.

De forma simultânea, passo a dedicar mais momentos de atividade mental ao meu próprio aperfeiçoamento, acelerando a conquista dos valores e conhecimentos que busco. Como consequência, posso me tornar útil ao outro mais rapidamente, afinal, ninguém pode oferecer o que ainda não tem, certo?

A prática desses movimentos de cultivo e combate de pensamentos pode acontecer em qualquer momento do dia, na mais simples e recorrente das situações que vivemos.

Não é uma oportunidade para poucos ou que dependa de uma enorme ilustração intelectual para ser aproveitada. É uma atividade mental que deve fazer parte do cotidiano de todo indivíduo. 

Para comprovar o quão real é a chance de conhecer os pensamentos e perceber suas manifestações a qualquer momento, te convido a acompanhar o relato da Édina, uma jovem estudante de Logosofia de Joinville.

Ela compartilha neste vídeo algumas lutas internas causadas por essas forças psicológicas e o que fez para buscar a melhor forma de agir em uma delas:

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Conclusão: os pensamentos são preponderantes para a evolução humana

Com todos esses aspectos levantados, fica claro que ignorar o funcionamento dos pensamentos como forças psicológicas vivas leva o ser humano a muitos erros e momentos de infelicidade, por ter a ilusão de que é dono de si mesmo.

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