A vida é esse algo maravilhoso, cheio de amor, usado para movimentar a inteligência em busca dos conhecimentos transcendentes que enriquecem a consciência, ali, onde se forma o verdadeiro ser.
Nas fases da infância e adolescência queria saber como e quem organizava a minha vida. A primeira conclusão a que cheguei é de que meus pais me deram os conceitos éticos e morais básicos e toda a liberdade para que eu usasse minha inteligência. Fui crescendo e percebi que cada vez mais aumentava minha responsabilidade de conduzi-la.
Percebi, de imediato que, para cumprir com todas as demandas exigidas e para não me perder no labirinto formado por tantos pensamentos, eu teria que ser consciente do que estava vivendo e que precisava traçar um plano para o meu futuro.
No livro Curso de Iniciação Logosófica, parágrafo 49, González Pecotche ensina que “É necessário manter viva a conexão voluntária e firme com a consciência” e diz mais, que as experiências são a base de estudo e parte do plano de evolução, já que cada comportamento deve exceder ou, pelo menos, igualar em qualidade o anterior.
Penso que talvez esse tenha sido o meu primeiro plano ou uma primeira tentativa de formular um plano de evolução de minha consciência, um plano com objetivos claros baseado nas experiências de fatos vividos nesta vida física, fonte importante de elementos.
Mas, essa vida exigia de mim, uma atenção imensa e necessitava de uma enorme quantidade de tempo para cumprir inúmeras tarefas que, em sua maioria, eram esquecidas ou mal aproveitadas. Essas reflexões me levaram a entender que eu deveria traçar um plano para cumprir com esses compromissos, aproveitando melhor o tempo e valorizando cada gota de suor empregado para chegar ao meu objetivo.
O tempo foi passando e quando jovem iniciei meus estudos de Logosofia e qual foi minha surpresa ao me deparar com os profundos conhecimentos transcendentes apresentados por esta ciência que me fez voltar a visão para o meu interno fazendo com que movimentando a minha vontade, eu pudesse acionar a minha inteligência para reunir os elementos necessários para poder traçar um plano de superação individual.
González Pecotche, criador da ciência logosófica, nos ensina que o plano de superação é algo individual e simples e que facilita a visão de todos os aspectos da missão que estabelecemos para a nossa vida.
É importante saber que já temos os recursos e as ferramentas para realizar nosso plano e isso facilita nosso trabalho já que não temos que correr em busca dos mesmos.
O plano se inicia com um trabalho intenso para conhecer todos os aspectos de sua abrangência. Concentrei os meus esforços em penetrar em meu mundo interno fazendo com que minha vontade movimentasse minha mente com sua inteligência, seus pensamentos e minha sensibilidade com seus sentimentos, enfim, acionando todos os recursos para alcançar a minha superação e a formação de um novo indivíduo.
O fato desse plano englobar todos os aspectos da minha formação individual, aumenta minha confiança e me deixa mais tranquilo para cumprir com minhas tarefas. E isso, é claro, me transforma em uma pessoa mais serena, mais paciente, mais reflexiva e muito mais confiante em minhas possibilidades de superar tudo aquilo que impede a minha evolução.