Quando olho para o mundo à minha volta e vejo todas as coisas feitas muito antes de eu vir para cá, sinto gratidão pelos seres que aqui já estavam construindo tudo com muito amor para que os que viessem depois, como eu, desfrutássemos de tudo com muita alegria.

Nada poderia ser feito se, em verdade, a vontade não estivesse impregnada desse amor puro e grande que permite ao ser as mais honrosas manifestações de seu sentir. Nada que não seja feito com amor perdura. O amor exige paciência, esforço e perseverança e exige, também, convicções profundas. González Pecotche

Estou realizando um processo de evolução consciente que, a meu ver, é uma das maiores expressões de amor e bem que faço a mim mesmo para me transformar em um ser melhor. É um amor que surge do meu interno, que enobrece, encaminha a minha vida e que faz surgir a gratidão a Deus e a todos os que fazem o bem pelo bem.

Sinto uma grande admiração pela minha faculdade sensível de consentir e procuro desenvolvê-la ao máximo, pois esta faculdade me faz perceber — por afinidade sensível — a força do amor daqueles que estão à minha volta, ou seja, familiares e amigos.

Tenho amigos de velha data que reforçam esse consentir afetuoso que mantém nossas amizades por toda essa vida e por muito mais.

Busco incessantemente praticar esse amor verdadeiro, que sem sair de seu mundo, procura fazer com que eu me conduza sempre para o bem. González Pecotche ensina que o “verdadeiro amor é aquele que não ofusca a mente. É aquele que, sem nos defraudar nunca, oferece a possibilidade de alcançarmos a felicidade.”

Esse amor verdadeiro difere muito do amor comum que tenho visto entre os seres que vivem neste mundo — um amor impulsivo, cheio de violência e movido pelo instinto. É um amor voltado para fora do ser, demonstrado por expressões como: “eu te amo”, que são usadas como um simples cumprimento. E a tudo isso tenho que acrescentar os ciúmes, exigências e ansiedades que tiram o nosso sono.

González Pecotche ensina que:

O amor humano não é outra coisa que a expressão de sentimentos externos ao coração; amor que num instante pode se transformar em ódio, ao mero desencanto das presunções egoístas desse mesmo sentimento exterior.

Os ensinamentos logosóficos que venho praticando estão cheios de afeto — parte do amor consciente — que sentimos, pelo exemplo de nossos entes queridos: cônjuges, pais, mães, irmãos, avós e amigos. Afeto que estimula simpatia, confiança e é, também, o que faz com que surja o pensamento de se formar uma família — que é o ambiente especial e perfeito para que a força do amor se manifeste com todo seu esplendor.

Eu tive a felicidade de ter vivido e de estar vivendo em um lar cheio de afeto, onde tudo se desenvolve impulsionado por essa força, por esse amor a Deus, fonte de toda a sabedoria. Um amor baseado no conhecimento das verdades que vou assimilando à medida que vou me afastando da falsidade, do engano e da imaginação, que faz o ser humano viver cheio de ilusão e fora de toda a realidade.