É difícil admitir, mas muitas vezes falamos e agimos de forma contrária a nossa própria vontade, ao nosso próprio bem e ao dos demais. Por que isso acontece?
A Logosofia apresenta que a causa está na mente, e define os pensamentos como entidades que habitam o espaço mental e que possuem vida própria, sendo capazes de nos levar para onde eles querem – que pode ser um caminho que não coincide com o nosso verdadeiro querer.
O Autor da Logosofia nos apresenta os seguintes panoramas:
Quando o homem compreende que seus pensamentos e idéias não são os veículos por meio dos quais se manifestam o pensar e sentir humanos, como efetivamente deveria acontecer, e sim que os homens mesmos se converteram – salvo exceções – em veículos dos pensamentos e idéias que povoam os ambientes, sua atitude mais lógica, prudente e razoável deve ser a de pôr-se em guarda contra os perigos dessa subversão dos valores essenciais do indivíduo. (O Mecanismo da Vida Consciente, pág. 35)
Tal subversão de valores, isto é, os pensamentos conduzirem o homem ao invés de o homem conduzi-los de acordo com seus próprios propósitos, é algo infelizmente ainda vivido pela maioria da humanidade. Isso pode ser facilmente observado na influência que certos pensamentos exercem sobre os seres, algumas vezes induzindo-os a consumir algum produto ou seguir uma moda, por exemplo.
Mas, e então? Como podemos deixar de ser veículos de pensamentos e cada um passar a ser o condutor da própria vida? Este é um trabalho que exige muita paciência e um esforço constante e consciente em se superar. Mas uma importante ferramenta que pode ajudar são os próprios pensamentos! Como assim??
Da mesma forma que existem pensamentos negativos, que me levam a fazer coisas contrárias ao meu próprio bem, também existem pensamentos bons, os quais, subordinados a minha própria vontade, me ajudam a alcançar meus propósitos. Tais pensamentos podem ser criados por mim, mas também posso recolher pensamentos bons de outros seres, desde que estejam de acordo com o que quero.
Certa vez eu queria participar de uma prova de natação em águas abertas. Eu era acostumada a nadar em piscina, em que há mais segurança, a água é clara e não sofre interferência de correnteza. Na primeira vez que tentei participar eu não havia me preparado: assim que entrei na lagoa e vi a água escura, surgiram diversos pensamentos de temor, que diziam que eu não ia conseguir, que estava muito fundo, que eu ia me perder, etc. Resultado: desisti da prova – fui resgatada por um jet-ski!
Fiquei muito chateada com o ocorrido, mas eu queria muito realizar aquele sonho!
Assim, na oportunidade seguinte, me preparei melhor para o que eu queria viver, não só fisicamente, procurando melhorar meu desempenho nos treinos, mas também mentalmente: realizei um preparo interno, selecionando pensamentos que me ajudassem a cumprir a prova.
Listei pensamentos lógicos que ajudaram a me fortalecer diante do desafio, tais como:
Nessa experiência pude constatar que os pensamentos que eu escolhi para viver aquele momento me ajudaram a realizar um propósito meu, o que me permitiu ser um pouco mais dona de minha própria vida.