Certo dia, alguém me disse que um determinado colega é muito humano. Achei a expressão engraçada. Haveria pessoas que são mais humanas do que outras? Haveria pessoas que não são humanas – ou pouco humanas? O que faz uma pessoa humana?
Se compararmos nós, seres humanos, com animais e plantas, observamos que podemos fazer coisas que os demais seres não podem. Hoje, a espécie humana é a espécie dominante no planeta, com mais de 7 bilhões de habitantes.
Se o ser humano existe, em tamanha quantidade e com tantas diferenças entre o os demais seres criados, a ele foi dada uma função, tarefa ou missão. Para cumprir com essa missão, o homem foi dotado de humanidade, de uma essência eterna incorruptível que o define como ser humano. Por terem outra função na criação, animais e plantas não foram dotados das mesmas condições que o homem.
O homem tem a capacidade de ser consciente e de evoluir. Ele intui que nasceu para realizar, intui que pode ser mais do que é, que pode superar as prerrogativas de sua própria espécie. Todos nós sentimos esse anseio, mas nem todos exaltam em suas próprias vidas o que os faz humanos. A expressão ser muito humano ou pouco humano surge dessa evidência.
Compreendo que, aquele que cultiva e utiliza com consciência o que o faz humano, pode ser cada vez mais humano; ao contrário, aquele que nada faz com aquilo que lhe foi dado, torna-se cada vez menos humano, ao ponto de um dia o deixar de ser, sendo apenas homem, um homem sem humanidade, sem aquilo que o distingue das outras espécies e seres viventes de nosso planeta. Sendo assim, o que me torna e o que te torna mais humano?