A queixa está presente no dia a dia das pessoas. Elas se queixam da vida, da sorte, das injustiças e até de Deus. Ao observar isso, dei-me conta de que a causa é o ser humano não estar voltado para sua evolução.
Quando descobri que possuía uma mente com inúmeros recursos que funcionariam a meu favor se os utilizasse com os conhecimentos de conteúdo superior me mostrando o valor da vida, vi que não tinha do que me queixar.
De fato, nenhuma queixa sobre a vida parecia mais correta, porque ficou claro para mim que a culpa vida não era da vida, e sim minha, já que eu não percebia que a vida esperava que eu me decidisse a vivê-la como ela deve ser vivida, ou seja, internamente, conhecendo meu próprio espírito, e externamente, praticando os ensinamentos que enriquecessem minha consciência.
Observei, ao realizar o meu processo de evolução consciente, que meu espaço mental se ampliou e isto facilitou a movimentação de meus pensamentos, que puderam cumprir com suas funções sem gerar queixas.
O processo de evoluir conscientemente que me propus realizar, seguindo as diretivas do conhecimento logosófico, revelou algo importante: para que eu eliminasse a queixa da minha mente, eu teria que melhorar significativamente algumas condições que eu trouxe comigo ao nascer, pois estas, por si só, não bastavam para que eu entendesse o que vim fazer neste mundo. Comecei, então, a estudar e praticar os conhecimentos da ciência logosófica com resultados extraordinários que, quase que de imediato, abriram-me a mente e o coração para uma vida cheia de esperanças e com muita confiança no que teria que realizar adiante.
Tenho um espírito por cuja evolução devo me esforçar, enriquecendo minha consciência na prática dos conhecimentos transcendentes que lhe são consubstanciais. Não posso continuar me queixando de que não tenho tempo para atender às questões transcendentes. Preciso me aproximar deste meu ser interno e examinar o que ele necessita para participar mais de minha vida.
Uma mudança na minha maneira de pensar e sentir, por exemplo, reflete o meu estado atual. Eu gastava muito tempo fazendo coisas que mais me convinham no momento e tudo ia passando numa velocidade incrível, sem que eu jamais pensasse no meu ser interno — aliás, eu sequer recordava que ele existia.
Quando algo dava errado, logo me queixava da minha má sorte, da injustiça, das circunstâncias… de tudo, enfim. Sabe por quê? Porque alguns pensamentos que queriam me dominar me cobravam a “tal liberdade” de fazer da minha vida o que quisesse. Visão um tanto egoísta, não? E o pior é que eu continuava me queixando, e minha vida ficava cada vez mais triste.
O conhecimento logosófico me fez refletir sobre as causas que promovem as queixas, e cheguei à conclusão de que a maioria delas são infundadas. Refletindo mais profundamente, concluí que eliminar esse mal em benefício do meu futuro só dependia de mim, do meu próprio esforço e da confiança em mim mesmo.
Quem não se dispuser a conquistar as sublimes luzes do verdadeiro saber não terá direito algum de se queixar de seu futuro sombrio, porque a ninguém está vedado alcançar os inestimáveis frutos do conhecimento. González Pecotche.