A busca da mulher pela igualdade
Ao longo da história humana a mulher, por ignorância de seu próprio valor, desconheceu sua nobre missão. Que caminho deverá trilhar para descobrir o porquê de sua existência?
Você já imaginou se a humanidade tivesse parado no tempo há cinquenta ou cem anos atrás e não tivesse evoluído científica e tecnologicamente?
Vamos imaginar juntos: iríamos trabalhar a pé ou de bonde. A insulina e a penicilina ainda não haveriam sido descobertas. Remédios que tomamos hoje ainda não teriam sido criados e nossas doenças seriam tratadas com receitas caseiras. O telefone só seria utilizado em ocasiões especiais. E, lembrem-se, seria só o telefone fixo, nada de celulares, e nem internet.
As informações chegariam pelo rádio, pois a televisão ainda não teria sido criada. Casaríamos bem novos e teríamos muitos filhos. Na minha idade, eu já seria considerada uma pessoa idosa.
Parece que a vida seria mais difícil, não acha?
Agora, vamos refletir sobre os pensamentos de cinquenta ou cem anos atrás e alguns pensamentos que ainda temos hoje.
Por que alguns pais continuam batendo em seus filhos, sendo que poderiam conversar e refletir com eles?
Por que xingar no trânsito ainda hoje é considerado um ato “normal”?
Por que ainda existe o preconceito de que as sogras atrapalham a vida das noras e dos genros?
Por que continuam existindo brigas por causa de futebol e política?
Falando em brigas por causa de futebol, minha família é apaixonada por um time. Eu também adoro torcer, mas nunca havia brigado por esse motivo, até conhecer um amigo que torce para o time adversário.
Conheci esse amigo quando troquei de emprego e passamos a trabalhar na mesma sala. Ele é fanático por futebol e gosta de discutir calorosamente com quem torce pelo time adversário.
Em pouco tempo, estava brigando com ele. Ficava intolerante, impaciente e discutindo como se isso fosse algo normal. Custei a perceber que realmente não era algo normal. Observei que o comportamento dele de discutir sobre futebol era quase um hábito, uma tradição de família. E eu estava quase embarcando nessa! Pensei comigo: como estudante de Logosofia, tenho aprendido a identificar meus pensamentos. Eu já sabia que os pensamentos dele eu não podia mudar, mas os meus, sim. E me propus a mudar o meu comportamento.
Não pensem que foi fácil! No início, quando ele começava a falar de futebol querendo me provocar, eu saía da sala e ia beber água. Não era a água que me acalmava. Enquanto caminhava até o bebedouro, ia refletindo, pondo em ordem meus pensamentos, aparando as arestas das minhas reações, avaliando a situação, procurando entender as possíveis causas que o fazia agir assim. Também considerava os aspectos simpáticos e agradáveis do seu temperamento e, pouco a pouco, ia substituindo aqueles meus pensamentos mais belicosos por outros mais amenos.
Voltava para a sala com a mente mais serena, mais calma, e começava a escutá-lo sem abrir a boca, pois se falasse sabia que iríamos brigar.
Aos poucos, fui aprendendo a controlar minhas reações. Hoje já consigo rir e brincar mesmo quando meu time perde e, principalmente, consentir com o sofrimento de meu colega quando é seu time que perde.
Esses comportamentos, muitas vezes chamados de tradições, atrasam a evolução do ser humano. Com a Logosofia aprendi que se não pensarmos, se não questionarmos, se não refletirmos, continuaremos como nossos antepassados. A única diferença será externa, teremos apenas novas tecnologias, mas os pensamentos continuarão sendo os mesmos. É necessário aprender que tanto os pensamentos quanto os conceitos podem e devem evoluir.
E você, gosta de evoluir ou prefere ficar parado no tempo?