Uma frase muito conhecida é: “Não estou entendendo”, e, desde muito cedo, surgem os questionamentos. Por que isso, por que aquilo, por que aquilo outro. Queremos entender tudo! A faculdade do entendimento é uma das primeiras a surgir em nossa vida, pela necessidade de entendermos tudo o que está acontecendo à nossa volta.
Voltando no tempo, até à época das cavernas, o homem primitivo também usava essa faculdade para tentar entender os barulhos, os fenômenos naturais, a chuva, o vento, os trovões, os rugidos dos animais, etc. Uma forma natural de exercitar o entendimento que, depois, inspirou os seres humanos a desenvolverem várias atividades.
Nos tempos atuais, os sinais são outros, e meu entendimento está sendo adestrado para deixar de atuar superficialmente e fundamentar-se em uma reflexão, em um juízo (ou mesmo em minha sensibilidade) que o auxilie poderosamente.
Esse cultivo da faculdade do entendimento tem me dado a segurança necessária para que eu possa compreender o conteúdo dos conhecimentos transcendentes, com os quais venho orientando minha vida. E, como se trata da minha vida, o assunto é da maior importância. Meu entendimento, auxiliado pela minha sensibilidade, tem que penetrar fundo em cada ensinamento e encontrar os elementos que enriqueçam minha consciência, promovendo, assim, minha evolução consciente. A faculdade do entendimento atua questionando se, por exemplo, minha evolução está parada. Muitas vezes a lentidão nas mudanças nos dá a sensação de estarmos parados.
Esse é um caso típico de como a faculdade do entendimento me faz acionar outras faculdades da inteligência, como a da reflexão, a de julgar, a da razão, a de pensar e, até mesmo, as faculdades sensíveis, para encontrar os elementos necessários que façam com que eu entenda a importância de acelerar o meu processo de evolução consciente.
A vida nos oferece dois formosos campos para fazermos nossas experiências. Um deles é o importante campo das ocupações físicas, que desenvolvo diariamente na atividade profissional, no convívio com meus familiares, nos momentos de diversão e esportivos, nas viagens e em muitas outras atividades que, somadas, ocupam um volumoso espaço de tempo da minha vida. O outro campo, que até então para mim nem existia — uma novidade, portanto, pelo fato de havê-lo ignorado durante boa parte da vida, e que me foi revelado pela Logosofia —, é o campo mental, transcendente, metafísico, “onde têm origem todas as ideias e pensamentos que fecundam a vida humana”.
Com a realização do meu processo de evolução consciente, passei a entender que minha vida poderia dobrar de valor se eu passasse a vivê-la nos dois planos, um enriquecendo o outro simultaneamente. E meu entendimento me diz que quem ganharia mais com isso seria o campo físico — pela influência que o mundo mental exerce sobre ele.
Tenho usufruído do cálido ambiente da Fundação Logosófica, ambiente ideal para que eu amplie meu entendimento na troca de experiências com os demais integrantes durante nossas reuniões de estudo. É um lugar onde há, principalmente, um bom entendimento entre todos, por estarmos com nossos ouvidos preparados e nos comunicarmos com uma linguagem simples, repleta de imagens claras, que mostram a grandeza do que estamos realizando em nosso benefício e no de toda a humanidade.
Assim entendo que devo conduzir minha vida. Nada fácil e muito menos simples, mas, com o meu entendimento ampliado, consigo fazer com que o conhecimento vá, gradualmente, aumentando a minha consciência.
…os homens se veem melhor e se compreendem mais quanto mais luz há em seus entendimentos.