A Ciência Logosófica tem um aspecto original e particular no que se refere a seu conteúdo. De acordo com o seu autor, esta ciência não ensina o que se sabe, mas sim aquilo que se ignora.
E um desses conhecimentos que eu vivia ignorando consiste no princípio logosófico descrito no título deste artigo: “Quem quiser chegar a ser o que não é, deverá principiar por não ser o que é!”
Aparentemente óbvio, não é? Para me tornar uma pessoa corajosa, devo deixar de ser temeroso. Para ser um líder, devo deixar de ser apenas um subordinado. Para me tornar uma pessoa ativa, devo deixar de ser acomodado.
Mas será que eu tenho real consciência sobre esta verdade?
O que sou hoje está relacionado ao que quero me tornar no futuro?
Afinal, o que eu quero ser?
O que fazer para deixar de ser quem eu sou para me tornar aquilo que eu almejo?
Foram estas algumas das perguntas que surgiram na minha mente quando eu deixei de ignorar esse princípio logosófico e comecei a refletir um pouco mais sobre ele, tendo agora como base referencial a minha própria vida.
A Ciência Logosófica dá uma grande importância a literalmente tudo o que ocorre no recinto mental e sensível de todos os seres humanos. Ela traz conhecimentos diversos que auxiliam qualquer pessoa a responder tanto estas como outras inquietudes que possam surgir sobre sua própria vida.
E para auxiliar a responder a inquietude descrita anteriormente, destaco aqui duas dicas sobre o que a Logosofia me tem ensinado para alcançar o que eu quiser:
Em um primeiro momento, entendo ser necessário ter claro em minha mente e em meu coração o que exatamente almejo para mim. Para auxiliar nesse caminho, busco cultivar em meu interno a virtude da decisão.
De acordo com a bibliografia logosófica, “A decisão vigoriza o temperamento e faz com que o ânimo se recupere no instante mesmo em que começa a decair. A vontade, assim fortalecida, vai se erigindo em valor inapreciável, constituindo-se na força que move o homem na procura dos bens que prometeu para sua vida e seu destino.”
A Ciência Logosófica apresenta o conceito de pensamento como uma entidade de natureza psicológica que pode alcançar vida própria, visando atuar em minha conduta tanto para fazer o bem como para fazer o mal. Quando atua para o mal, o pensamento tem o potencial de se tornar uma deficiência psicológica ou uma propensão.
Aprendemos com a prática dos ensinamentos logosóficos a identificar esses pensamentos negativos e, por meio de um método científico original, realizar o esforço de enfraquecer ou mesmo eliminar esses pensamentos que atuam contrários aos nossos propósitos. Interessante, né?
O exercício de deixar de ser quem sou para me tornar aquilo que ainda não sou pode ser totalmente alcançável se eu colocar minha atenção no conhecimento do meu mundo interno e da natureza dos meus pensamentos.
Quem diria que algo que eu ignorava antes poderia permitir que eu conquiste tantas realizações? Afinal, o que pode ser mais importante do que alcançar algo a mais de positivo para minha vida?