Recentemente, vivi uma situação com uma pessoa muito querida que poderia ter tido um desfecho muito ruim, como já aconteceu anteriormente na minha vida, por diversas vezes. Em uma conversa, suas palavras causaram grande desconforto à minha personalidade e imediatamente eu quis reagir. Internamente eu travava uma luta gigante, invisível. Contive as reações dentro de mim, pedi licença e retirei-me dali. Eu precisava organizar meus pensamentos, aquela bagunça que estava na minha mente.
Foi quase uma hora, onde fiquei buscando recordar o porquê dessa pessoa ser tão querida e importante na minha vida, e porque eu queria manter aquela relação feliz e harmoniosa. Lutei valentemente para eliminar aqueles pensamentos destrutivos que me mandavam usar palavras das quais certamente me arrependeria. Quando finalmente me senti em paz, com a mente serena e os pensamentos organizados, chamei-o para conversar e pude, com calma, expor aquilo que eu realmente tinha pensado, tudo aquilo que eu já vinha, há tempos, refletindo sobre como a vida ia-se encaminhando.
O afeto que sinto por essa pessoa prevaleceu, e com diálogo consegui evitar um afastamento que ocorreria certamente, caso houvesse atuado com as reações do meu interno.
Os estudos logosóficos fizeram-me compreender melhor a minha natureza feminina, que pode ser muito conciliadora em vez de reativa. Tenho compreendido que, na verdade, essas reações são provenientes das minhas deficiências, de pensamentos que me fazem atuar de uma maneira muitas vezes explosiva, que trazem arrependimento e culpa. Quantas relações na minha vida foram prejudicadas por esses tipos de reações? A organização do meu sistema mental e sensível me tem permitido viver uma vida muito mais feliz, mais tranquila e harmoniosa.