Todos se perguntam a quantas andam a evolução humana? Temos evoluído? Em que aspectos temos evoluído?
A tecnologia evolui a passos largos; a medicina também se aperfeiçoa; descobertas da física quântica, de outros planetas e do sistema sideral são avanços obtidos pela humanidade. Mas fica a pergunta: o ser humano tem evoluído no aspecto mais íntimo de seu ser? Nas suas aptidões, virtudes, valores morais e espirituais, evoluem as condições de humano? Tem se superado no adestramento de seu mecanismo mental, sensível e espiritual? Tem, de fato, perseguido o conhecimento de suas qualidades internas e sabe como fazer para aperfeiçoá-las? A generosidade, por exemplo — temos procurado ser, a cada dia, mais generosos?
Quando um marinheiro, responsável por sua embarcação, pretende empreender uma viagem, precisa saber primeiro onde quer chegar e, depois, saber como chegar. Além disso, deve providenciar os mantimentos, veículo ou embarcação adequados, primeiros socorros para uma eventual adversidade etc. Ele utilizará as cartas náuticas e se informará sobre os percalços com aqueles que já percorreram o caminho para melhor traçar a sua rota.
E quanto ao nosso destino, sabemos onde queremos chegar? Sempre, aliás, perguntei-me se já existia um destino traçado para cada um de nós, ou se traçamos nosso próprio destino.
Quando iniciei meus estudos, com o amparo e a luz dos conhecimentos logosóficos, percebi que não tinha muito claro onde queria chegar — e muito menos como chegar.
Comecei então a vislumbrar que existia uma série de mistérios para desvendar sobre mim mesmo, começando por saber se tenho um destino pré-fixado ou se posso traçar o meu próprio destino.
Descobri que o meu Criador me reservava um destino e eu, por ter livre-arbítrio, podia decidir qual caminho seguir, bem como onde queria chegar.
Comecei a estudar e investigar as causas que não me deixavam desvendar esse primeiro mistério: O MEU DESTINO e, posteriormente, como chegar lá. Um destino ao qual todos querem chegar é o de ser feliz, ser melhor e conhecer o Criador.
Quais preparativos e quais mantimentos se deveria prover para percorrer o caminho rumo ao destino ainda desconhecido?
Intuí e me aprofundei no estudo quando descobri que a todos os seres humanos está aberta a prerrogativa de evoluir até a perfeição e se tornar um verdadeiro servidor da humanidade. Isso levaria ao conhecimento do Criador — de Deus. Seria, então, este o meu destino? Nesse percurso começaria por conhecer Quem me criou, iniciando pelo conhecimento da Sua própria obra-prima: Eu mesmo!
Entendi, então, que para percorrer esse caminho precisava de um guia que me indicasse uma rota, como nas cartas náuticas, com a descrição do caminho a ser percorrido. Precisava também de uma bússola, que me indicasse sempre a direção do norte para que eu não me perdesse.
Esse Guia, em quem eu deveria confiar, precisava me provar que já havia percorrido esse mesmo caminho e me inspirar a percorrê-lo.
Descobri que antes eu trilhava um caminho que não me levaria ao destino almejado e que também me causaria infortúnios. Muito, provavelmente, eu andaria em círculos, voltando sempre ao início, não saindo do lugar. Isso porque esse caminho era para fora de mim mesmo. Já o caminho indicado pelo Guia que escolhi apontava para o meu interno, para dentro de mim mesmo.
Com a rota traçada, iniciei o caminho rumo ao meu interno, começando por conhecer os meus próprios recursos e, em seguida, as minhas dificuldades e as minhas deficiências psicológicas, que deveria substituir por virtudes e valores. Para isso, deveria fazer um estudo profundo do mecanismo psicológico e espiritual que existia dentro de mim.
Descobri que o Criador havia me dotado de todos os pré-requisitos para iniciar esse caminho e que teria recursos para passar por todas as dificuldades que o percurso exigiria. Mas, quando descobri que esses recursos e energias eram escassos, dei-me conta de que teria que buscar uma outra fonte de energia que pudesse me levar adiante para seguir a viagem e empreender tal percurso. Essa fonte de energia era a minha própria consciência, que deveria ser enriquecida com conhecimentos transcendentes.
Percebi que nesse percurso difícil, porém formoso, eu adquiria a felicidade almejada por todos, mas ele me exigia muita energia, muito esforço, empenho e constância. Entendi que nunca deveria parar de percorrê-lo e, como o caminho é longo, deveria também cultivar a paciência.
Aprendi que, a cada etapa alcançada, conquistaria as condições necessárias para poder ensinar a outros a fazerem também este percurso, pois era parte do meu aprendizado ensinar aos outros o aprendido.
Estou aprendendo a percorrer esse caminho com o meu Guia escolhido, o Mestre Raumsol, criador da Ciência Logosófica.
Tenho aprendido com seus ensinamentos a percorrer o caminho rumo à perfeição, passando, primeiro, pelo conhecimento de mim mesmo. Isto me conduz ao conhecimento do próprio Criador, com suas Leis e os mistérios de Sua Criação.
O próprio exemplo de vida de Raumsol me inspirou a confiar nele. Essa confiança foi fundamental para empreender a caminhada.
Como o Mestre Raumsol já havia percorrido esse caminho inúmeras vezes, poderia me indicar e me ensinar a percorrê-lo também. Analogamente às cartas náuticas e aos mapas, o caminho está descrito e traçado em seus livros e em inúmeras conferências. Todos esses textos também me indicam qual o preparo necessário para o início do percurso, descrito magistralmente, demonstrando a beleza e a trajetória perfeita para que eu não me perca e caia num desvio — o que não me levaria ao destino anelado.
Convido-os a descobrirem também esses mistérios, e a percorrer, como eu, o caminho traçado pelo Criador, para que o Ser Humano possa ser cada vez mais humano e se divinizar — ao longo desse caminho e em sua eterna existência.