Ao ter contato com a Logosofia, pude experimentar a grandeza de conhecer sobre os pensamentos, entendendo como eles atuam e reagem, e também a possibilidade de criar minhas próprias defesas mentais. Costumo dizer que foi libertador saber que o ser humano tem pensamentos próprios e pode se proteger dos alheios.
“O conhecimento do sistema mental e dos pensamentos que se hospedam na própria mente, a eliminação dos maus ou inúteis e o aumento dos bons ou úteis são fatores importantíssimos de defesa mental.”
Às vezes questiono a mim mesma:
“Esse pensamento é meu ou é do outro?
“Como vou impedir que esse pensamento de tristeza ou de preocupação tire a alegria ou a paz da minha vida?”
E assim percebo que estou vivendo os acontecimentos da minha vida com consciência, identificando em minha mente a atuação de minhas defesas mentais.
Carlos Bernardo González Pecotche, autor da Ciência Logosófica, ensina em um de seus livros a não darmos à tristeza o lugar que é da alegria. Por algum tempo, não consegui compreender bem esse ensinamento nem como isso ocorria na prática, mas aprendi que as defesas mentais contribuem de forma decisiva para esse controle.
Houve uma época da minha vida em que, ao ligar para um familiar para saber como estava, eu acabava absorvendo todos os seus problemas, tristezas e dificuldades. Eu era como uma esponja que se encharca de água. Ao desligar o telefone, chorava por aquele ente querido. Mas consegui mudar essa situação. Primeiro, passei a ter consciência do motivo pelo qual me deixava envolver tanto naquela conversa. Depois, busquei ensinamentos da Logosofia sobre as defesas da mente e comecei a aproveitá-los para levar palavras que pudessem ajudar aquela pessoa. Com o tempo, percebi que me fortalecia e não mais permitia que aquelas dificuldades e tristezas penetrassem em minha mente, roubando minhas energias e se tornando um obstáculo ao verdadeiro apoio que eu podia dar.
Ressalto, então, a liberdade que nossa própria mente pode nos oferecer, trazendo mais um ensinamento de González Pecotche:
O saber essencial, o saber transcendente – ou seja, o logosófico –, concede ao homem a mais ampla liberdade. Quando presidir sua mente o pensamento que determinará com firmeza sua dedicação ao cultivo desse saber, sentirá nascer fortes defesas mentais em você e começará a desfrutar, com amplitude, da liberdade que ele concede. (Curso de Iniciação Logosófica, §141)
