Quem nunca se atrasou para uma reunião, um compromisso ou até mesmo a entrega de um trabalho? Até aí, tudo bem!! Mas, e quem está sempre atrasado?
Nessas circunstâncias, em que o tempo se apresenta de forma reduzida, a pressa é uma alternativa para muitos. Fato é que, se observarmos bem, a pressa está longe de ser uma solução para esse problema e pode ainda ser um complicador.
Imaginemos a seguinte situação: uma pessoa acorda atrasada para o trabalho. Levanta-se e rapidamente se arruma, mas perde algum tempo procurando a chave do carro, por não se recordar de onde a colocou. Quando chega à empresa, percebe que se esqueceu da pasta com os arquivos para a reunião, bem como do seu crachá de acesso. Pode ainda surgir a dúvida se realmente trancou a porta de casa ao sair.
Nesse caso, a pressa, ao invés de ajudar, fez com que perdesse mais tempo, já que teria de voltar a sua casa ou ainda refazer o trabalho para a reunião.
Existem algumas técnicas que podem auxiliar em situações onde nos encontramos com pouco tempo e, também, para um melhor aproveitamento dele. Uma delas é a organização. Quando criamos o hábito de colocar cada coisa em seu devido lugar, não perdemos tempo tentando recordar onde a deixamos, ou ainda, procurando-a. E essa organização pode ser estendida para o espaço mental. No trabalho, por exemplo, os pensamentos que devem atuar na mente são os relacionados a essa atividade. Qualquer outro pensamento que se mostre presente, como o de telefonar para um colega, conferir as redes sociais, comprar alguma coisa em algum site e mais uma infinidade de coisas, deve ser anotado para ser relembrado mais tarde, na sua hora devida. Dessa forma, não se interrompe o raciocínio ou a atividade e, consequentemente, não se perde tempo tentando retornar a ela.
Saber o tempo necessário para cada atividade é outro fator de muita utilidade. Isso permite uma melhor distribuição das atividades ao longo do dia. Além disso, quando não respeitamos esse tempo, acabamos por atrapalhar o propósito inicial. É o que acontece, por exemplo, quando colhemos uma fruta antes da hora: ela não apresenta o mesmo sabor que teria no tempo certo e pode até se mostrar amarga.
Não quer dizer que, durante o tempo de espera, para que um projeto tenha seu curso natural, não seja preciso fazer nada. Fazer uso da paciência inteligente, conhecendo o que é
necessário realizar para que o objetivo seja alcançado, é um exercício muito inteligente.
Um outro aspecto que me faz pensar sobre o tempo é o de se fazer as atividades com atenção. Quando a atenção está presente, há mais consciência. Quando executamos a atividade de forma automática, parece que as ações não se fixam na memória e não conseguimos recordar o que realmente fizemos. É o caso da dúvida se trancamos ou não a porta ao sair de casa. Afinal, de que adianta querer mais tempo se não me recordo do que fiz ontem?
Aproveitar bem o tempo é construir uma vida melhor, com maior consciência e controle do que realmente queremos realizar. E, certamente, isso nos faz mais feliz!
