Com a Logosofia, aprendi a aproveitar melhor o tempo. Aprendi também a reter o tempo na vida, impedindo-o de se esvair e até a multiplicá-lo.
Eu sentia falta de tempo para tudo. Tudo era deixado para a última hora, e a pressão para realizar o que era urgente causava-me grande sofrimento.
Sob essa pressão do tempo, minhas atividades individuais e compromissos pessoais, que não eram objeto de cobrança externa, eram relegados a segundo plano, quando não completamente negligenciados.
Quando tive contato com a Sabedoria Logosófica, fui logo apresentado ao trecho do livro Curso de Iniciação Logosófica, onde o autor transmite ensinamentos sobre o aproveitamento do tempo. Ali, o autor da Logosofia, Carlos Pecotche, fala das pessoas que se encontram presas a toda classe de compromissos e, por isso, deixaram de pertencer a si mesmas.
Essa foi uma das primeiras constatações que identifiquei em minha vida a tornar-me infeliz: a dificuldade de me desvincular de compromissos criados por terceiros, independentemente de serem do meu agrado ou não. Estava sempre sobrecarregado com compromissos que nem sempre conseguia cumprir, simplesmente por não saber dizer não.
Foi nesse aspecto que passei a tomar as rédeas de minha vida e conseguir conquistar tempo para coisas importantes, além daquelas urgentes. Antes, as atividades urgentes monopolizavam meu tempo, sem deixar espaço para as mais importantes.
Compreendi que
o tempo se perde, em grande parte, quando não se faz nada; quando a mente divaga ou não pensa
e que se ganha tempo quando se começa a ordenar a vida, pondo ordem primeiro na mente.
Com a prática desses ensinamentos, comecei a aprender a reter o tempo, seja em conhecimentos úteis adquiridos por uma atividade mental produtiva, seja pelo acervo de realizações úteis para mim mesmo e meus semelhantes.
Aprendi também que, logosoficamente, a vida ganha intensidade quando é simplificada e todos os movimentos da inteligência tornam-se velozes, pois já não se desperdiça o tempo em divagações inúteis ou entregue à preguiça mental. Isso me permitiu multiplicar o tempo, dedicando-lhe não só às atividades presentes, mas também às do futuro — por estarem conscientemente preparadas e antecipadamente desfrutadas como projeção lógica e consequente de todo o vivido no passado e no presente