A partir desta palavra dita por Alice, nossa conversa começou. Ela demonstra interesse pela ciência logosófica, mas ainda não deu os primeiros passos para ler os livros ou assistir às palestras.
O que gosta mesmo são das nossas conversas – “diferentes”, como costuma dizer – e sempre espera um momento especial para trazer um tema. Nesse dia, fez uma pergunta bem direta: Você já experimentou a felicidade aplicando a Logosofia em sua vida? O que aconteceu?
Diante daquela pergunta, recordei momentos em que os ensinamentos logosóficos me ajudaram a viver experiências mais agradáveis e felizes.
Imediatamente, me ocorreu um trecho de um livro que sempre me auxiliou e continua muito presente para mim:
Os resultados da aplicação na minha vida eram — e continuam sendo – muito bons, cheios de alegria e felicidade. Naquele instante, escolhi falar de algo que eu sabia que Alice não gostava de fazer, mas que eu aprendi a fazer com muito gosto: lavar vasilhas.
Disse a ela que não gostava de lavar louça e, para ganhar tempo, fazia a tarefa com muita pressa. Como ficava malfeita, tinha que refazer, o que me deixava aborrecida.
Quando li esse trecho da Logosofia sobre fazer tudo com gosto, numa outra vez experimentei fazer as tarefas de um jeito diferente, mudando os pensamentos na minha mente. Aos poucos, fui compreendendo que fazer as coisas com gosto tinha um valor incondicional, me deixava feliz e também quem estava à minha volta.
Tentei várias vezes e me sentia muito feliz ao me ver diferente. A sensação de dever cumprido, sem pressa e sem mal-estar, sabendo que também fazia o outro feliz, transbordava em mim.
Com isso, comecei a experimentar outras coisas que eu não gAostava de fazer, observando os resultados. Novos momentos agradáveis foram surgindo, e fui percebendo que tudo dependia do meu esforço para encontrar a melhor forma de viver. Fui entendendo que podia viver muitos momentos agradáveis – até felizes –, mas precisava prestar mais atenção ao que vivia. Assim, fui mudando minha vida.
Alice ainda perguntou: Estudando essa ciência, você vive mais feliz? Sem problemas? Consegue resolvê-los?
Respondi a ela: Alice, todo mundo tem problemas. Mas estou aprendendo a colocar os problemas dentro da vida, e não a vida dentro dos problemas. Sinto uma alegria enorme, uma felicidade por conseguir realizar isso. É tudo um processo. Nada acontece aos saltos. Tudo é fruto de experimentações e da vontade de superar os obstáculos do dia a dia.
E Alice, meio rindo e pensativa, respondeu:
– É… acho que vou ter que me render a esse estudo. Do jeito que vai, você ainda vai me convencer que o seu lado é bem melhor que o meu! Até outro dia, Leninha.