Nosso contato com a Criação vem se estendendo desde o dia em que nascemos e, de acordo com o que tenho aprendido, de mais longe ainda. Eu tenho dedicado muito desse tempo procurando acalmar a minha inquietude de formar um bom conceito de existência e de Deus como Criador de tudo que existe.

Algumas vezes tenho o que poderia se chamar de um lampejo de consciência, e considero que me aproximo do conceito profundo sobre quem é Deus e por que é importante saber Quem me deu a vida.

Para a Logosofia, Deus é o Supremo Criador da Ciência Universal, porque todos os processos da Criação se cumprem seguindo os ditados de sua Sabedoria. p.13 §4º González Pecotche, criador da ciência logosófica.

Hoje compreendo que só posso acalmar minha inquietude me dedicando ao estudo profundo dos conhecimentos transcendentes.

Assim, vou ampliando o conceito logosófico, tais como: Deus é a imensidão e o eterno, conceito este que amplia minha visão e meu entendimento do tempo e do espaço que são infinitos e no qual estou inserido; e Deus Universal que une os homens pelo conhecimento. Esse conceito me faz voltar para o meu mundo interno e me alerta para que devo concentrar minha atenção na realização do meu processo de evolução consciente que me une a outros seres que, como eu, realizam os seus processos para que, unidos, possamos ir conhecendo Deus.

À medida que vou me conhecendo, vou descobrindo as riquezas com as quais Deus me dotou, me fazendo um ser com uma inteligência e com uma consciência, um ser biopsicoespiritual. E, tudo isso me levou às seguintes perguntas: Por que, com todas estas ferramentas eu ainda estou distante da Criação? O que me falta para entender que eu faço parte dela, que sou uma realidade dela e que preciso conhecer Quem criou tudo isso?

Sendo eu uma realidade da Criação, é obvio que não posso estar separado do Criador. Quando crio algo, eu também não me afasto do objeto que criei, portanto, posso pensar que Quem me criou não se afastou de mim. Por eu ser a Sua obra tenho em mim uma partícula de Quem me criou.

Como nos faz bem e como nos traz muita alegria tratar de um tema como este, Deus. Há milhares de anos, nós, seres humanos, sentimos a necessidade de nos vincular a Ele metafisicamente, pois, foi Quem nos deu a oportunidade de estarmos aqui neste mundo convivendo com outros seres humanos que, como nós, estão buscando essa vinculação.

Nesta busca, compreendi que para conseguir esta vinculação é necessário ter um conhecimento, como o logosófico, que nos faz sentir Deus através do nosso próprio espírito.

A Logosofia nos revela o conhecimento das Leis Universais e a importância de obedecer aos seus ditames. Assim, posso ultrapassar os meus limites e sentir dentro mim, tanto a minha existência quanto Deus. E a Logosofia quer, exatamente isso: aproximar o homem de Deus pelo conhecimento.

Gostaria de recordar de uma realização muito grata ocorrida na minha família com relação à educação dos meus filhos. Desde cedo, nós, mãe e pai, sempre procuramos transmitir o que pensávamos e o que sentíamos fundamentados nesses conceitos aprendidos. E foi muito bom ver que eles continuaram com esses mesmos conceitos quando tiveram contato com a pedagogia logosófica no colégio e que tudo aquilo que lhes foi ensinado está sendo a base de uma conduta ética e de valores morais elevados que os acompanharão durante toda a vida.

Com a realização do meu processo de evolução consciente, consegui elementos de razão suficientes que me fizeram entender que não devia ficar pedindo a Deus para me auxiliar a transpor momentos difíceis se, depois, por uma enorme ingratidão, eu nem me lembrasse de Quem tinha me ajudado.

A Criação foi feita com muito amor, com um amor que anima a vida, um amor que não morre nunca, um amor que vem da própria natureza e foi com esse amor que Deus criou tudo que existe e, especialmente, a criatura humana.

Não se conforme somente em saber que Deus existe. Deve senti-lo por meio das manifestações conscientes de seu próprio espírito; isso lhe será possível à medida que consiga penetrar nos conhecimentos que conduzem a Ele. (p.19, §3º)