Quantas metas e objetivos você tem? Você pensa e planeja seu futuro? Eu tenho muitos objetivos e tenho percebido como a ciência logosófica coloca em evidência recursos imprescindíveis para alcançarmos aquilo que almejamos. Vou trazer alguns aspectos que têm me ajudado a realizar minhas metas, por meio de uma experiência que vivi.
Encontrei-me, ano passado, frente a uma possibilidade de participar de uma expedição rumo à Patagônia, com muitas trilhas difíceis e que exigiriam um certo preparo em vários aspectos. Surgiu em mim uma vontade muito grande de viajar, conhecer aquelas lindas paisagens e treinar meu espanhol.
Percebi, porém, que essas vontades baseadas no mundo material não seriam estímulos suficientes, quando tivesse que passar pelas dificuldades relacionadas à viagem.
Procurei construir um querer verdadeiro dentro de mim, baseado em conhecimentos de maior importância, transcendentes.
Percebi que o que eu mais queria, ao realizar essa viagem, era me superar física e mentalmente e estar mais em contato comigo mesma em uma situação inusitada como essa. Construir esse querer verdadeiro foi o primeiro passo para ter sucesso naquilo que queria.
Por ser uma expedição, iriam ocorrer caminhadas nas montanhas e muitas outras atividades que exigiriam do meu físico.
Logo que decidi participar, minha mãe, também estudante de Logosofia, fez-me olhar para a realidade, para as condições que eu tinha naquele momento e me perguntou se eu me achava capaz de realizar aquelas atividades. A resposta foi negativa. Eu mal fazia exercícios físicos.
Ao ser confrontada com essa realidade, tratei de analisar se haveria tempo suficiente para me capacitar. Ao concluir que sim, comecei com muito empenho a me preparar.
Acontece que, juntamente com os estímulos que aquele querer verdadeiro me propiciava, ver a real possibilidade de me capacitar para o que iria viver me deu mais forças para seguir com o meu propósito.
Muitas vezes o que queremos está encoberto por uma neblina de imaginação. Ou nos achamos mais capacitados do que somos para chegar lá e não conseguimos ultrapassar os desafios que encontramos, ou criamos uma imagem irreal do que nos espera no fim desse processo.
Eu não iria para lá somente para apreciar lindas paisagens e fazer novos amigos. Caminhos difíceis me esperavam, e eu tinha que ter isso em mente para me tornar capaz de enfrentá-los.
O último elemento que retirei dessa experiência veio de algo que poderia ter sido muito frustrante, mas não foi. Ao se aproximar a data de minha viagem, tendo me capacitado e estando preparada para a expedição, chegou à América do Sul a pandemia. Os aeroportos da Argentina fecharam e nossa viagem foi cancelada.
Se fiquei chateada, esse estado mental negativo não durou um dia. Dentro de mim, já havia realizado toda aquela viagem com os preparos que tinha feito. E agora, além de estar mais capacitada para fazer outras atividades parecidas e mais estimulada a fazer exercícios físicos, concluí que, se eu quiser de verdade algo e correr atrás dos meus propósitos, eu tenho condições de alcançá-los.
O que eu extrai de lição dessa última experiência? Entendi que o processo é tão importante e às vezes até mais importante que o próprio resultado.
Como diz o autor da Logosofia: “Pela primeira vez começa a desfrutar seu destino enquanto o forja, porque ele vai formando parte inseparável de sua vida. À medida que vivemos antecipadamente os desígnios que o configuram como meta ideal de nossas aspirações, as presunções míticas deixam seu lugar para as realidades efetivas.”
Portanto, para obter sucesso em meus propósitos, busco: