Eu vivia num mundo em que o imediatismo era a palavra de ordem: tudo era para ontem e muito urgente.
Fazia tudo apressadamente, sem nem ao menos me dar conta do que estava fazendo; até mesmo as coisas básicas, como comer ou descer as escadas da minha própria casa, era feito correndo.
Nunca estava satisfeita, sempre querendo fazer mais coisas, jamais dava tempo de fazer tudo o que eu queria fazer.
Quando uma amiga me apresentou à Logosofia, perguntou-me o que gostaria de aprender, no que respondi imediatamente: aprender a administrar o meu tempo. Ela me disse que conhecia um lugar que ensinava isso, e imediatamente comecei a estudar essa ciência. Não tinha mais tempo a perder, pois já estava com bastante idade.
Durante muito tempo, fiz estas duas perguntas incontáveis vezes: O que ganhamos sendo impacientes? Solucionaremos com isso o problema que as exigências desta deficiência nos criam?
Felizmente aprendi a fazer essas perguntas, que me liberaram daquela aguda aflição que me acompanhava sempre que meu interesse se achava dependente de algo: uma notícia, uma resposta importante, uma solução, etc.
Foram também essas duas perguntas que me libertaram da angústia do tempo, que me fazia viver em permanente agitação interna, sob a pressão constante de pensamentos que me impeliam a apressar tudo o que eu fazia — ou até o que pensava em fazer.
Antes do contato com a Logosofia, eu era escrava do tempo: a pressa era minha inimiga número um diante de qualquer fato ou circunstância que acontecesse no meu dia.
Viver em constante correria — ser intolerante, violenta, irascível e insensata formavam o retrato do meu dia, quando a pressa se apresentava. E os contratempos, como uma consequência lógica, também apareciam em desabalada corrida. Conter esse círculo vicioso foi o esforço que realizei para viver uma vida mais tranquila e feliz. Em consequência, hoje vivo uma outra realidade, porque os benefícios que essa ciência me proporciona são incontáveis.
Recordando minha realidade interna de antes, vejo um campo árido e com ervas daninhas. Agora vejo a possibilidade de transformar esse campo, o meu mundo interno, em um jardim cheio de flores formosas e árvores frutíferas.
A Logosofia me apresentou algo que é mais amplo e diferente de tudo o que já conhecia. Seu autor me apresenta os conhecimentos que eu preciso adquirir, através de um método que atende minha psicologia e meu grau de evolução. A minha contribuição é a matéria prima representada pelo entusiasmo, esforço, paciência, perseverança e boa vontade, entre outros elementos que vão gradualmente sendo desenvolvidos pelo próprio método, ou melhor, pelos conhecimentos que me foram apresentados.