Aperfeiçoamento

Método Prático de Combate às Deficiências Psicológicas

dezembro de 2022 - 4 min de leitura
Aperfeiçoamento

Método Prático de Combate às Deficiências Psicológicas

dezembro de 2022 - 4 min de leitura

O trabalho com as deficiências é um dos mais basilares na busca pelo conhecimento de si mesmo, mas não é possível deter-se aí. Veja neste artigo o que mais a Logosofia indica fazer.

Já vimos que Raumsol ensina sobre a realidade de que as deficiências psicológicas são feras mentais que devoram pensamentos e projetos úteis e que podem procriar e adquirir vida ativa na mente. Sabemos também que existe um método para superar essas deficiências da psicologia humana e que devemos, se quisermos ser pessoas melhores, exercitar a atenção e a observação interna para então iniciar um processo consciente de identificar e substituir os pensamentos “feras” (os inimigos) por pensamentos bons (os eficientes) que, ao final do processo, se somarão ao caráter na condição de virtudes. 

  • Como você tem se saído na prática de enfraquecer ou neutralizar as deficiências psicológicas?
  • Já conseguiu praticar?
  • Já sabe como superar uma deficiência?
  • Surgiu alguma dificuldade nesse processo?
  • E o que mais favoreceu você no processo de conhecer a si mesmo? 

Ao longo dos conteúdos nos detivemos muito ao assunto das deficiências psicológicas. No entanto, é importante perceber que o método de Raumsol ensina sobre uma evolução consciente e integral do ser humano. Segundo o autor, o trabalho com as deficiências é um dos mais basilares na busca pelo conhecimento de si mesmo, mas não é possível deter-se aí. A revisão de conceitos, o estudo sobre os sentimentos, buscar conhecer sobre as Leis Universais, entre muitos outros temas, são alguns dos passos nesse labor. 

Buscando otimizar o esforço na identificação, classificação, enfrentamento e neutralização das deficiências psicológicas, apresentarei logo abaixo alguns passos que dei juntamente com algumas perguntas que me fiz com o propósito de projetar pontes para a construção de novas virtudes: 

  1. Primeiro: escolher alguma situação que vivi, mas que, se pudesse voltar no tempo, faria de maneira diferente. Descrever essa situação tal como ocorreu. Listar o que recordo, o que pensei naquele momento, a “fala” dos pensamentos ou suas “sugestões”. Qual era o objetivo desses pensamentos? Anotar.
  2. Agora, projetar-me como sendo outra pessoa olhando de fora para aquela situação. Anotar como essa pessoa teria me visto. Listar o ponto de vista dessa pessoa olhando de “fora”. Qual seria o meu comportamento sob a perspectiva dela?
  3. Repetir essas etapas para que fique gradualmente mais claro o que vivi internamente. Responder: Quais sensações, ideias, pensamentos e ímpetos estavam presentes na minha mente ao agir daquela forma?
  4. Provavelmente aqui já estarei chegando perto da identificação de um dos pensamentos que caracterizam uma deficiência. Já é possível identificá-la? Seria a irritabilidade, a vaidade, a impulsividade, a rigidez? Procurar no livro “Deficiências e Propensões do Ser Humano” aquela que melhor descreve o ambiente mental.
  5. O próximo passo: eu classificaria essa deficiência psicológica como dominante maior, dominante menor ou benigna? Para ajudar na decisão, pensar sobre a frequência com que ela costuma se apresentar. Será que ela aparece em outras situações vividas por mim? Se a resposta for positiva, tal deficiência psicológica pertencerá possivelmente ao grupo das dominantes maiores.
    Uma perguntinha: na situação em que pensei, percebi que a “fera” não atuou sozinha? É possível que tenha identificado a atuação de duas, três ou mais deficiências psicológicas? Para otimizar o esforço, focar naquela que mais se aproxima da descrição daquilo que vivi.
  6. O próximo passo é estudar a antideficiência. Entender como atua o pensamento específico que contrapõe a deficiência psicológica. Depois, assim como um cientista que vai colocando elementos novos no seu experimento, ir gradualmente cultivando o novo pensamento na mente, povoando-a com este e com outros pensamentos auxiliares, todos de mesma índole (pensamentos bons). 

Esse “passo a passo” funcionou muito bem para mim e, quem sabe, possa também auxiliar você nesse processo de conhecer a si mesmo. Fique à vontade para realizar mais perguntas nesse passo a passo. Aliás, é importante que as faça, sempre lembrando que o método é adaptável a cada psicologia. 

Se cheguei até aqui nesse processo de evolução de forma consciente, a próxima pergunta que devo fazer é a seguinte: na oportunidade que tive de atuar com a antideficiência, fui assertivo? Tive sucesso? Se não tive, devo recomeçar o processo pela primeira pergunta. Mas, se tive sucesso, devo anotar a experiência e os resultados, sem deixar de registrar o que senti ao longo do “caminho” percorrido. Então, repetir a experiência tantas vezes que puder, reforçando os estímulos positivos por meio da anotação e, sempre que necessário, fazendo ajustes na estratégia a fim de aprimorá-la. Quando esse movimento já for “automático”, é sinal de que obtive avanços com essa deficiência e que já posso realizar o movimento com outra, preferencialmente uma daquelas classificadas como “dominantes maiores”. 

Aquele que se dedica ao aperfeiçoamento da prática de superar a si mesmo, todos os dias, pode carregar consigo a certeza de que está no caminho certo da construção de um mundo melhor a partir de si mesmo. Afinal, já sabemos: o exemplo positivo é capaz de criar ao redor do ser um círculo virtuoso que, por sua vez, estenderá o bem a todos aqueles com quem o ser convive, e estes terão também a oportunidade de corresponder ao bem recebido — agora em uma escala exponencial, até que atinja toda a humanidade. 

Pensar sobre as consequências desta prática positiva é, com certeza, um primeiro passo importante para a construção de uma estratégia eficiente na luta pela superação de si mesmo.


Um pensamento de

 Pâmela Chiomentto Will
Estuda Logosofia desde 2017, formada em Secretariado Executivo Bilingue com especialização em Gestão Empresarial, trabalha como Secretária Executiva há 9 anos e estuda Logosofia na Sede de Florianópolis.

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