As palavras são encantadoras, principalmente aquelas que levam em seu cerne um ensinamento, uma mensagem que amplia a vida, que dá alento, alegria ou que promove reflexão.
Li um artigo em uma revista e me detive com uma palavra interessante e rica para os dias de hoje: polímata. O seu significado diz sobre os indivíduos que estudam ou conhecem muitas ciências.
Os polímatas possuem aptidão para os estudos, aguçada capacidade de observação da natureza e buscam o conhecimento através do esforço e da dedicação às ciências. São, portanto, cientistas. E, a partir dos variados campos de atuação, dão à humanidade respostas para o bem comum na construção de um mundo melhor.
Por que o conhecimento amplia a vida das pessoas? Posso ser um cientista? Um cientista de mim mesmo para me conhecer? Quais instrumentos devo usar nessa pesquisa? Qual o laboratório? Qual ciência utilizar?
Há um tempo estudo a Ciência Logosófica e aprendi que
“o saber é a razão de ser da existência do homem na terra, a primeira e última de suas tarefas.”
Esta possibilidade que me foi apresentada me encanta muito e me estimula a buscar o saber: eu, sendo o substrato da minha experiência individual, guiado pela inteligência. Um polímata de mim mesmo!
Em um desses estudos que realizo diariamente, aprendi sobre o conceito de pensamento. A Logosofia ensina que os pensamentos são entidades psicológicas que se geram na mente humana, na qual se desenvolvem e ainda alcançam vida própria.
Recordo que, ao disputar um jogo de futebol society, muito concorrido, aconteceu uma situação em que discordei da ação do jogador adversário. Senti-me como dentro de uma panela de pressão, prestes a explodir. Um pensamento agressivo instigou-me para uma discussão, porém uma voz interna me disse: “O que fará? Isto não será nada bom; são coisas do futebol! Pare e pense! Vocês são amigos!”
Naquele instante, troquei de pensamento e ação e continuei na partida. Perdemos o jogo, e daí? Logo depois, continuamos com a confraternização para prestigiar a amizade que nos une, sem que ninguém soubesse o dilema interno que vivi. Uma roda de amigos se formou naquela tarde!
Naquele dia, conheci a força da suscetibilidade e aprendi o conceito de contenção. Então, passei a pensar com mais consciência, criando defesas contra os pensamentos brigões.
Analogamente, como pesquisador do meu mundo interno, registrei: o laboratório, neste caso, estava na partida de futebol; e eu, como cientista de mim mesmo, extraí vários elementos para aperfeiçoar a minha vida, o que me deixou muito feliz.