Por que o saber faz a diferença na vida? O que me retira da escuridão? O que poderia me ocorrer se entrasse em uma sala escura desconhecida? Poderia tropeçar em algum objeto, machucar-me, etc.
Refleti que na vida acontece da mesma forma, porquanto se minha mente não tem claridade suficiente – falta de conhecimento –, ocorrem os “tropeços”. Quando acendo a luz, tudo fica mais claro e mais fácil conduzir. Quando estou com a mente escura pela ignorância, minhas escolhas são equivocadas; sofro as consequências destas escolhas malfeitas e me machuco. O conhecimento seria a luz que faltou no momento dessas decisões, pois se minha mente tem o conhecimento, estas serão conscientes, amplas e mais acertadas.
Na ciência logosófica, tenho aprendido a conduzir melhor minha vida, com mais acerto, pois ela me oferece os elementos necessários para que eu conheça minha mente e seus recursos, para que eu mesma possa realizar minhas escolhas de maneira inteligente, enfrentando os desafios que a vida me apresenta com valentia, podendo também colaborar com os demais com minhas experiências.
Vivi algo marcante em 2016 quando fui diagnosticada com uma doença grave. A primeira reação foi pensar na minha família, pois naquele momento foi como entrar numa sala escura, sem saber qual rumo tomar, mas com o passar dos dias, várias luzinhas foram se acendendo e eu percebi que poderia escolher me prostrar e sofrer muito, ou viver aquela experiência exercitando todos os conhecimentos logosóficos que eu já havia fixado no meu interno. Escolhi a segunda opção!
Assim iniciou-se a outra fase – a de enfrentar a adversidade com conhecimento. Reuni todos os elementos que me ajudariam a enfrentar os pensamentos obscuros que apareciam de todos os lados, resolvendo em meu interno um por um.
Para cada pensamento negativo que aparecia, jogava uma luz com o conhecimento logosófico que eu conhecia, por exemplo: quando vinha o medo da morte, pensava que esta não se chama, ela vem sozinha, e como ninguém sabe qual será seu momento, então é demasiado me preocupar com sua chegada. Ela não precisa preocupar a ninguém, e, no meu caso, não necessariamente a doença poderia ser a sua causa. Então relaxava, pois entendi que, ao contrário disso, eu deveria me preocupar com a vida.
Outro conhecimento que atuava como uma luz foi o de colocar os problemas dentro da vida e não a vida dentro dos problemas. Recordava constantemente deste ensinamento logosófico e pensava no tamanho do Universo, da minha vida, de todos os seres que amava, de toda a humanidade, então sentia que o meu problema retornava ao tamanho que ele tinha, pois não poderia permitir que minha vida fosse engolida por ele. Minha vida era muito mais que uma doença.
Se consigo colocar o problema dentro da vida, eu encontro espaço mental para resolvê-lo, mas se coloco a vida dentro do problema, este me consome e eu não tenho este espaço mental para encontrar a solução. Ele toma conta de tudo.
Outro conhecimento que apliquei nesta experiência foi este: “Seja valente! Troque o temor pelo valor!”. E assim o fiz. Não permitia que o temor tomasse conta. Eu me munia de muitos valores/conhecimentos que não me deixavam sucumbir e assim, não com poucas lutas, ia vencendo os pensamentos negativos todos os dias, preenchendo minha vida com atividades transcendentes que me traziam alegria e muita energia física e espiritual, e me mantive forte até o final da experiência, podendo, ainda, colaborar com muitos seres que passavam pelo mesmo problema, porém sem os elementos que eu conhecia.
Hoje, recordo dessa vivência com muita gratidão – a Deus, pela vida que ainda desfruto; aos seres que colaboraram para que tudo fosse mais suave, e, claro, pelo aprendizado conquistado. Uma experiência que, graças aos conhecimentos logosóficos, pude viver com inteireza.
Dessa forma, comprovei na minha vida que, com conhecimentos transcendentes, esta se torna muito mais clara, interessante e feliz, por compreender melhor por que o saber faz a diferença!
Se se penetra em um quarto escuro no qual, gradualmente, vai se fazendo a luz, se perceberá, pouco a pouco, tudo quanto nele existe. Somente então começara o interesse para ver as coisas, para estudá-las e valorizá-las, pois, antes, ao não haver luz, não despertavam nenhum interesse, já que, apesar de existir não haviam tomado contato direto com a inteligência porque esta não as via. Do mesmo modo, quando não há luz na mente, quando se permanece às escuras a respeito de tantos conhecimentos que existem, estes, apesar de existirem, não podem ser descobertos pelos olhos daqueles que não estão capacitados para ver, sendo como se não existissem. ICL-253