Por vezes, temos indagações absolutamente inesperadas, não é mesmo? Você já constatou que, geralmente, elas aparecem pelos mais variados motivos? Perguntas que não temos ideia do porquê surgiram naquele momento. Parece-me serem normais estes episódios, não é mesmo? E, por vezes, eles se constituem em inquietações capazes de mobilizar o ânimo das pessoas a querer respondê-las. Isto se passou comigo. Um dia, perguntei-me como fazer para que a realidade do que eu penso esteja cada vez mais próxima do que eu faço ou sinto?
Para que esta pergunta se apresentasse na minha mente, um aspecto que até então me passava totalmente despercebido, chamou-me a atenção: a relação direta entre o que penso e faço e o que quero pensar e fazer. Aprofundando um pouco mais o tema, fiz uma importante descoberta: a de que temos um campo mental e, como tal, este campo é propício a cultivos das mais variadas “sementes”, de naturezas e valores diferentes.
Para explicar melhor, vou utilizar-me a da seguinte imagem: a exemplo do que ocorre com a realidade de um lavrador quando semeia um determinado cereal, não seria razoável esperar que germinasse um cereal de outro tipo, certo?
Esta reflexão me ocorreu quando eu, frente a um episódio de vida, me perguntei sobre o porquê de aquilo estar ocorrendo comigo. A natureza desse episódio não vem ao caso, mas quero levá-lo à minha realidade, para entender que poderia ter sido uma experiência feliz, como um momento vivido em família, ou nem tão feliz assim, como um evento desgastante de um desencontro de ideias entre duas ou mais pessoas.
O que estou explanando, e gostaria de compartilhar com você, é o conceito e as consequências da realidade que envolve este conceito de “campo mental”. Entendo que isto seja revelador para o interesse das pessoas que se perguntam “por que eu sou assim? ” Ou, “por que isto está ocorrendo comigo? ”. Ou outras perguntas desta natureza. É claro que há muitos motivos que poderão servir de resposta para esta pergunta, porém o referente às consequências do cultivo e germinação no campo mental foi muito impactante e inédito para mim. Acho, na verdade, que é uma das mais importantes origens e fonte para a explicação da maioria destas perguntas e inquietações que todos percebemos em nós.
Com os estudos que tenho feito sobre mim mesmo, baseado no que aprendo com a Ciência Logosófica, tenho constatado aspectos muito peculiares, aspectos que estão me movendo para investigar questões que não suspeitava que poderia realizar. O que tenho comprovado é que eu tenho este campo mental e, por desconhecimento, não dirigia a observação para o que ocorria nele. Tratava-se de um lugar ao qual eu não atribuía importância alguma e que sempre existiu no meu mundo interior. A displicência decorrente de minha ignorância acerca desse campo se expressava na indiferença que eu tinha sobre as coisas que deveria selecionar para cultivar nele.
A maioria das pessoas tem uma vida estruturada, uma trajetória histórica de conquistas, tem valores e compartilha desses valores com os demais, não é mesmo? O que me chamou atenção nas descobertas que fiz foi a efetividade de meus esforços na construção de uma vida ainda mais fecunda, na convicção clara que me permitisse selecionar as sementes que eu queria que germinassem no meu campo mental. E o mais interessante foi constatar os resultados desse cultivo nas mais variadas ordens da vida.
Vou resgatar um episódio de vida que ocorreu quando eu tinha uns 19 anos, que me fez tomar algumas decisões, e a realidade que vivo no tocante a estas decisões, hoje com 63. Certa vez, inquieto com a dificuldade que eu tinha de neutralizar algumas modalidades de conduta que me traziam problemas, percebi algo muito interessante. Toda vez que eu identificava, com clareza, um ponto que eu precisava mudar em mim, eu trabalhava empenhadamente e conseguia bons resultados. Era assim com os temas escolares, com alguns esportes que praticava, na seleção de lugares e pessoas com quem convivia.
No sentido do que mais acima apresentei, em relação ao mundo interior, observei que isto não ocorria. Constatava que, ao me deparar com algumas situações complicadas, percebia com certa clareza o aparente motivo que gerava a situação, fazia mil promessas para mim mesmo de que aquela situação não seria mais vivida, mas, após um tempo, lá estava eu na mesma situação. A questão tinha um comportamento cíclico. Isto também já ocorreu com você?
Avançando mais na busca dessa questão, encontrei um conteúdo que foi revelador. Este conteúdo está em um livro intitulado “Logosofia Ciência e Método”. Nele, entre outras indicações, o autor afirma que:
O domínio do campo mental próprio permite que o ser transcenda sua limitação e desenvolva sua vida em planos de consciência mais elevados. Nisso se baseia o segredo da realização humana.
Resgatando a questão, inicialmente apresentada, sobre as perguntas que por vezes surgem em nossas mentes, e considerando que havia percebido que algumas questões de vida se comportam de forma cíclica, cheguei a uma outra pergunta, agora de forma pontual e bem relacionada com outras mais: “Como conhecer o meu campo mental e cultivar sementes que me permitam viver uma vida ainda mais feliz, profícua e sem a ciclicidade da ocorrência de temas indesejáveis? ”
Este trecho do livro iluminou meu entendimento de uma forma que fez com que os esforços que fazia para ampliar minhas possibilidades como ser humano se multiplicassem. Por este motivo, estou compartilhando o que eu vivi. Percebo hoje que a trajetória de vida que descrevi foi muito diferente daquela que eu teria descrito, se não tivesse descoberto a realidade do campo mental.
Atualmente, continuo com firmeza na busca por melhorar a forma de me conduzir nos vários campos da vida. Assisti às minhas filhas, orientando-as em uma educação voltada para a superação delas mesmas como seres humanos.
Cuidei para que a minha realidade conjugal caminhasse num nível de convívio que ampliasse o respeito e admiração que tenho por minha esposa, bem como para ser merecedor dessa realidade para com ela. Organizei minha vida para conquistar uma situação econômica sólida e confortável, para poder também colaborar com outras pessoas que se interessassem por realizar em si o que eu estava realizando.
Para concluir, entendo que todos fazemos esforços para nos superar, cada um no seu nível e na sua intensidade. O que me estimula muito é perceber como o aporte dessas leituras me habilitou para ser mais constante, mais eficiente e, na verdade, mais cientista de mim mesmo.
Após quarenta e poucos anos, é fato inegável para mim que a transformação da vida, ampliando muito a fecundidade de tudo que se vive, tem relação direta com o que eu cultivo no meu “campo mental”.
O livro citado aqui, bem como outras obras com conteúdos similares, você poderá encontrar na página Livros e Artigos de Raumsol, o autor da Logosofia. Visite esta página e desfrute, como eu, do conteúdo dela. Penso que poderá ajudar muito a você.