Quando me aproximei da Fundação Logosófica, buscava o verdadeiro sentido para a vida; por mais atividades que fizesse, somente preenchia o meu dia. Sentia que estava morrendo, isto porque a passagem do tempo não apenas me deixava mais próxima do final desta existência física, como também me afastava do que poderia construir: o verdadeiro legado para mim e para a humanidade.
Em um dos workshops que pude assistir, antes de iniciar meus estudos na Logosofia, escutei uma afirmação que me causou muitas reflexões: O ser deve aprender a pensar o que sente e a sentir o que pensa.
O que havia de mágico naquelas palavras? Que mistério estava oculto à minha inteligência? Por que minha sensibilidade ficou tão tocada com aquela afirmação, embora minha mente ainda não conseguisse compreender o alcance dela?
González Pecotche ensina que as deficiências são pensamentos que exercem uma força muito intensa sobre a vontade, levando o ser a cometer ações que contrariam a sua essência; eu, porém, de forma equivocada, interpretava essas deficiências como “sentimentos negativos”. Mas, a Logosofia ensina que os sentimentos correspondem exclusivamente às virtudes que somos capazes de cultivar, tais como a gratidão, a alegria, o afeto, a generosidade, a amizade etc.
Esta é uma das grandes chaves que a Logosofia vem me ensinando: que fomos postos em um mundo onde imperam os pensamentos. Compreendi que os “falsos sentimentos”, frutos dos pensamentos que estão nos ambientes e dominam minha mente, dão a falsa sensação de que posso sentir o que penso. Esse conceito equivocado me fazia viver em um estado de inércia mental, sem que eu pudesse mudar este destino fatal.
A Logosofia está me ensinando a conhecer o mundo mental que me permeia, olhar para dentro de mim mesma, criar meus próprios pensamentos, assim como minhas defesas mentais.
Ao começar meus primeiros ensaios na criação dos pensamentos e cultivo das virtudes, pude compreender o que significa “pensar o que se sente e sentir o que se pensa”. Os pensamentos elevados criam as virtudes, e Gonzáles Pecotche ensina que, quando o pensar e o sentir se fundem em uma só chama de luz viva e potente, avivados pela consciência, é possível encontrar o equilíbrio psíquico, a exaltação da felicidade.
Dirão alguns que deve ser bem difícil alcançar essa verdadeira felicidade, cultivar as virtudes que não temos e conciliar o pensar e o sentir. Realmente, venho constatando que é um trabalho árduo, mas, ao mesmo tempo, o trabalho mais feliz que já pude realizar na vida, pois os resultados conquistados não são passageiros, e sim eternos.
Cada mudança que experimento em minha conduta, por pequena que pareça, fortalece uma virtude e enfraquece uma deficiência. E os benefícios disso já posso sentir no dia a dia e na convivência com os demais. Então descobri que a felicidade não é algo que vou conquistar apenas quando chegar no final da batalha, mas que experimento em pequenas porções.
A minha vida, que antes parecia “vazia” ainda que cheia de atividades, com a Logosofia se ampliou de forma indescritível. E o mais belo desse trabalho é que, enquanto aprendo a ampliar minha vida, também posso ensinar aos demais como alcançar essas porções de bem.