Há pouco tempo, tive a oportunidade de assistir a uma apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Do lugar onde fiquei na plateia, pude perceber claramente o momento em que cada instrumento entrava nas peças que estavam sendo executadas.

Com isso, meus ouvidos começaram a distinguir uns instrumentos dos outros, a ver o valor de cada um dentro daquele conjunto para produzir um som harmônico.

Apesar disso, a música ainda é para mim um mistério. Não consigo entender nada de uma partitura. E quando pego um instrumento para tocar, como o violino da minha filha, por exemplo, só consigo fazer um barulho nem um pouco agradável.

Desvendando a misteriosa mente

Penso que algo semelhante ocorria com relação à minha mente, quando eu era adolescente. Não conseguia identificar o que realmente se passava nela quando eu tinha uma ideia, ou recordava alguma passagem de minha vida. Ela me parecia tão misteriosa quanto a execução de uma música ao violino.

Isso me inquietava bastante e eu me perguntava:

  • Como usar a minha mente com lucidez e acerto?
  • Como dominá-la e aprofundar as minhas observações?
  • Como fazer reflexões sábias e usar a minha capacidade de pensar?

Com os estudos de Logosofia que tenho realizado, venho compreendendo a grande importância da mente humana, que, ao ser desenvolvida em todo o seu potencial criador, pode não somente responder essas perguntas, mas principalmente me auxiliar no encaminhamento das minhas experiências com acerto e felicidade. Estudando e levando à prática o que venho aprendendo, aos poucos, a mente está deixando de ser um mistério para mim.

As melodias que a mente pode produzir: uma agradável sinfonia ou um ruído que incomoda?

Assim como uma orquestra é composta por vários instrumentos, minha mente possui todo um conjunto de funções que se complementam. A faculdade de observar, por exemplo, cumpre função diferente da faculdade de recordar, a faculdade de imaginar exerce papel diverso da de pensar, o mesmo com relação ao entendimento, à razão, à reflexão… Além de distinguir uma faculdade da outra e identificar quando cada uma entra em ação em minha mente, estou aprendendo a usá-las de forma mais harmoniosa, buscando resultados mais inteligentes e mais de acordo com a realidade.

Para tocar um instrumento e produzir um som harmonioso e agradável, é necessário se empenhar em estudos e treinamentos, assim como, para fazer uso eficaz da mente, é preciso se dedicar ao estudo, treinamento e a um esforço regular e firme.

Isso não quer dizer que seja algo pesado. Tenho comprovado que não há alegria que se compare ao aprendizado desta arte de conhecer e usar a própria mente, desenvolvendo todo o seu potencial, para que ela produza em minha vida uma melodia harmoniosa, que agrade meus ouvidos e os daqueles que a escutam.

O mistério que minha mente era para mim está sendo desvendado aos poucos, à medida que conheço o que ela contém e faço o melhor uso de suas faculdades.