Pais vazios, filhos vazios.

Por mais que queiram, nunca poderão dar aos filhos aquilo que não têm. E não têm porque também não receberam. Acertou na mosca quem um dia disse que o futuro da humanidade não está na infância nem na juventude, mas sim na mente dos adultos. Principalmente dos pais e professores.

Hoje, os velhos conceitos e valores (a maioria de inspiração religiosa) vão sendo destruídos com voracidade indizível. Que têm os pais a oferecer em troca? Sem conceitos e valores, a vida declina, entra em decadência.

Chegados à adolescência, os filhos levantam a crista. Tomam emprestados os modismos e as ideias do mundo. Enfrentam os pais empunhando a bandeira da “modernidade”, e reagem contra toda norma e princípio. Confundem liberdade com libertinagem, e destroem o pudor e a intimidade na mesma fogueira em que calcinam os tabus.

Amarram o sexo ao moirão das aventuras sem compromisso, sem responsabilidade, e praticam um amor sem raízes, indiferente a qualquer amanhã. Esterilizam o presente e comprometem o futuro em troca dos prazeres efêmeros, oferecendo a própria saúde física e psicológica nas aras do descuido, dos desequilíbrios, do cansaço prematuro da vida, das doenças de velho antes da velhice, da morte de todo sonho superior…

E que fazem os pais? Os que se preocupam sinceramente amargam a falta de recursos. Desesperam, reclamam do mundo, choram. Uns tantos recorrem aos analistas, em busca de alguma luz, de uma convicção. E há os que deixam para lá e entregam para Deus ou para o Diabo – que também não aceitam o problema.

Na hora da verdade, os pais não sabem o que pensar, o que dizer, o que fazer… Sua pobreza de conteúdo se mostra, então, nua e crua. As exceções, que felizmente existem, são cada vez mais raras.

Onde está a solução? Na conquista da Sabedoria, isto é, no conhecimento consciente e prático que o homem adquire de si mesmo, da vida, das Leis da Criação e de Deus.

Onde está a solução? Na conquista da Sabedoria, isto é, no conhecimento consciente e prático que o homem adquire de si mesmo, da vida, das Leis da Criação e de Deus.

Dissemos “conhecimento”, e não “crença”. A maioria dos pais já são crentes desde a infância, ou desde Adão e Eva…

Um exemplo de Sabedoria, tal qual a entendemos, pode ser palpado no livro O Mecanismo da Vida Consciente, de Carlos Bernardo González Pecotche. Suas páginas contêm muitos elementos sobre o conhecimento de si mesmo, a evolução consciente do homem, a integração do espírito, as Leis Universais, a herança de si mesmo… E também sobre as faculdades da mente e da sensibilidade, o instinto, os pensamentos como entidades autônomas, as deficiências psicológicas, o conceito de redenção, o estudo transcendente do Universo e de Deus.