Dias do mês de junho. As manhãs mais frias nos convidam a um desjejum mais quentinho, a aquecer o físico.

Onde trabalho, serve-se um lanche, com pãezinhos, roscas, manteiga de leite, café e chá, admirado pela maioria. É um momento de descontração e prosa, de acertar os detalhes da atividade, de distribuir os campos de trabalho. São assuntos diversos.

Início do dia com responsabilidade e metas.

Numa manhã, levei pamonha cozida, embrulhada em palha verde…

Cheguei um pouco mais cedo que o habitual e ofereci a guloseima. Disse então: “Vamos repartir, pessoal!”. Em poucos minutos, alimentaram-se do manjar saboroso.

Gostaram da experiência e da pamonha.

Chamou à atenção as histórias de como elas eram feitas durante a infância nas roças; os casos com os pais ou avós que ainda cultivam nas famílias esse hábito de se reunirem.

Fazer essa especiaria funcionava como um elemento agregador e educador dos filhos, sobrinhos e netos pelos mais velhos, uma escola natural onde se reunia muita mão de obra: catador de milho verde, ralador, cozinheiras, degustadores! E muitas crianças.

Fui para o laboratório da unidade experimentando um sentir especial. Nesse gesto simples, percebi as fisionomias, palavras e os atos. Histórias contadas em que cada pessoa tem algo feliz para ensinar e dividir.

Tenho aprendido com a Logosofia que devemos “fazer da observação um hábito e que deste hábito surgirão ideias felizes”.

Estar atento aos momentos que vivo é experimentar a sensação de existir – até mesmo em um café da manhã. E a atenção às coisas simples da vida servirá para enriquecer a própria existência.

A construção desse novo ser, que experimento a cada dia, vem da observação dos pensamentos e sentimentos presentes no meu ambiente mental e sensível, do cuidar deles com esmero, registrá-los e refletir sobre eles.

Há muito o que observar.