Em noites de lua cheia, é prazeroso contemplar sua beleza, uma oferenda da natureza. Ao pousar em sua superfície, o homem aspirava a grandiosos projetos. Nosso satélite continua impávido, sereno, único para a Terra. O desenho formado pelas estrelas, planetas, galáxias compõe o zênite etéreo…

Ao retratar esse universo descrito e ensinado pela astronomia, refleti sobre o universo formado por pensamentos, ideias, propósitos e sentimentos que abrigamos durante a vida.

O mundo interno é tão grande! Uma imensidão. Há uma distância a percorrer para que se possa aprender e conviver com todos. Um processo que não se mede em quilômetros, mas em realizações, em feitos.

Ensina a Logosofia que: “(…) a vida humana, como a vida em geral, tem que se desenvolver buscando ampliar sua órbita, o que acontece através de vinculações, fatos e palavras.” A imagem do luar, com seu brilho fascinante, recorda-me que devo ser luz para o semelhante. Que minha palavra e meus atos sejam o reflexo da busca desta ação, mediante o esforço e o empenho do pensar e do sentir.

É preciso cuidar para que os astros internos não se desvirtuem de suas órbitas, tal qual um cometa, um bólido; realizar um trajeto sinuoso, ascendente, mas em busca de uma atmosfera favorável em prol da superação e convivência humana. Enfim, encurtar as distâncias.