Certo dia fiz cinco trabalhos com demasiada pressa, sem paciência para revisá-los. Dois deles ficaram malfeitos, e eu tive de refazê-los. Então refleti e vi que, na raiz daquele mal, havia a tal da “impaciência” e outras falhas que andam de mãos dadas com ela. Nessa hora, eu me perguntei: o que é que está por trás dessas ditas-cujas? Qual a sua origem? Por que às vezes acho tão difícil encontrar tempo até para pensar no melhor aproveitamento do tempo?

Tenho aprendido que o campo experimental para investigações desta índole é ilimitado. Raciocinei e percebi que havia ali o preconceito de que o “tempo” é um bem insuficiente, constantemente a nos escapar.

Segundo a Logosofia, a vida deve ser uma observação constante; é preciso que se mantenha a consciência ativa, que se tenha uma atenção permanente sobre deveres e responsabilidades. E tudo deve ser gradual, contínuo, sistemático, sem interrupção.

Quando estou consciente, eu amplio a minha relação com o tempo e vou libertando-me das projeções mentais da pressão das horas, concentro a minha vida no presente, afasto os pensamentos de impaciência e pressa, conduzo minhas atividades com serenidade e equilíbrio.

O que tenho feito então para liberar um pouco mais de tempo?

Levanto-me mais cedo; reduzo o tempo dispendido com as redes sociais; penso com antecedência o que irei fazer no dia seguinte etc.

Ah, e eis aqui também uma experiência que tem sido uma das mais difíceis de ser realizada: livrar-me da tendência de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo, querendo cortar caminho. Entretanto, essa atuação já me levou a “queimar muitos fusíveis”, não sendo eles adequados para sobrecarga, ou seja, os resultados obtidos não foram satisfatórios.

Compreendi que de nada adianta a impaciência ou qualquer outro pensamento que me possa distrair. Para blindar-me contra isso, tenho refinado minha percepção, criando pensamentos adequados. Vale dizer que meu novo desempenho já está fazendo diferença no meu nível de produtividade.