Já se sentiu como se fosse proibido de pensar sobre determinados temas? Já se sentiu deslocado por não ter os mesmos pensamentos que as pessoas ao seu redor?
Sempre que me achava em grupos de pessoas, sentia-me obrigada a ter os mesmos pensamentos que elas. Pensava que, se eu discordasse delas, não iriam gostar de mim e não iriam querer a minha companhia. Na verdade, muitas vezes eu sentia um enorme desânimo de refletir e argumentar sobre alguns assuntos e tomava os pensamentos de terceiros como se fossem meus.
E quantas vezes somos mesmo obrigados a ter os mesmos pensamentos que os demais para sermos aceitos!
Na minha infância e adolescência, fui muitas vezes privada de conversar e expor meus pensamentos sobre assuntos mais elevados como Deus, espírito, origem do mundo, etc. Alguns familiares me diziam que esses assuntos poderiam me causar certa confusão.
Mas como não pensar, como não procurar entender sobre coisas tão essenciais em nossa vida? E quantas vezes preferimos ficar estáticos e não colocamos a mente para funcionar e analisar o que realmente compreendemos das coisas?
Penso que a ignorância, que é falta de conhecimento, limita as pessoas, como se ao seu redor houvessem sido colocadas grades. Atualmente, com os conhecimentos que estou adquirindo com a ciência logosófica, venho eliminando velhas ideias, velhos conceitos, dando lugar aos verdadeiros.
Tenho aprendido que tenho um mecanismo mental com muitas possibilidades – que a Logosofia chama de ‘faculdades’: de pensar, observar, entender, raciocinar, entre outras. Muitas vezes deixamos de usá-las, apenas reproduzindo o que as pessoas nos dizem.
Hoje, posso dizer o que sinto: liberdade de pensar. Eu posso criar meus próprios pensamentos e conceitos. É uma sensação sem igual que me proporciona muitas alegrias, novas compreensões e ótimas mudanças!