Um dos conceitos que mais tem me chamado a atenção no estudo da Logosofia, pela originalidade de seu conteúdo, é o de personalidade.
Cresci escutando esse termo como equivalente a uma característica positiva. Ouvia dos familiares mais próximos que eu tinha personalidade forte e isso, para mim, era um elogio.
Ao tomar contato com a Logosofia, deparei-me com o seguinte ensinamento:
“A formação consciente da individualidade responde inexoravelmente aos altos fins da evolução do homem. Ninguém deixará de reconhecer, como prova irrefutável, o fato de que ele (o homem) se tem ocupado, exclusivamente, de sua personalidade, isto é, de seu ser físico, de sua figura estética, de sua educação e cultura refinadamente condicionadas ao externo, buscando sempre a exaltação de seu conceito pessoal diante dos semelhantes. Ambição, vaidade, orgulho, brilho, renome, superficialidade são alguns dos heterogêneos ingredientes constitutivos da pessoa. Muitos confundem o termo “personalidade” com senhorio, autoridade moral, prodígio nas letras, nas artes ou no próprio saber, sem advertir que jamais a grandeza de alma pode abrigar-se na pequenez intolerável da mesquinha personalidade humana.
A individualidade, ao contrário, é fruto da evolução, do cultivo constante das qualidades morais e psicológicas latentes no ser. Mas é, antes de tudo, quando se forma conscientemente, o espírito mesmo emergindo do interior da própria existência. Esta é a razão pela qual a Logosofia conduz o homem ao conhecimento de si mesmo mediante a formação consciente de sua individualidade, pois não existe outro caminho nem outra maneira de encará-lo seriamente, para alcançar tão nobre objetivo.” (Curso de Iniciação Logosófica, §§ 88 e 89).