Sempre fui fascinada pelo céu. Desde menina, ele me parecia o maior espetáculo da Terra. As estrelas brilhando no firmamento despertavam algo que, à época, eu não compreendia, mas que hoje reconheço: era uma reminiscência espiritual.
Aquela sensação de que o céu “sabia” de mim, como se me visse desde muito antes do meu nascimento, acompanhou minha infância. Era como se ele me conduzisse até o autor da ciência logosófica, Carlos Bernardo González Pecotche, que, com o tempo e seus ensinamentos, viria a se tornar o mestre Raumsol para mim.
Desde muito cedo, além de conversar com Deus e pedir que Ele iluminasse minha mente para que eu sempre escolhesse o caminho do bem, sentia uma sede de saber. Sempre busquei o conhecimento. Lia, refletia, questionava. Intuía que havia algo maior a ser compreendido. Essa busca foi constante ao longo da minha vida. Pressentia que, ao conhecer, poderia me conhecer – e, quem sabe, encontrar Deus. Não foi de uma hora para outra: foi um processo. Eu ainda não sabia, mas minha natureza espiritual já se manifestava, sugerindo à minha alma os preceitos que deveria seguir.
Anos depois, encontrei o mestre Raumsol por meio de seus livros. Ao entrar em contato com sua obra, senti uma força transformadora: a esperança. E, ao reconhecê-lo, compreendi que aquele céu da infância era um chamado – um código, uma imagem que me mostrava que eu precisava de um guia para aprender a percorrer, conscientemente, a rota de volta aos braços de Deus.
A Logosofia me ensinou a penetrar em zonas da mente que envolvem o conhecimento de mim mesma, o conhecimento do mundo metafísico, o conhecimento de Deus. Esse processo inclui o despertar da consciência espiritual através da evolução consciente, alcançada pela organização dos sistemas mental, sensível e instintivo.
Compreendi que tudo o que é verdadeiro vem da consciência, e que essa consciência é nutrida por pensamentos elevados – aqueles que Raumsol ensina a criar e cultivar com seus ensinamentos, aplicando-os à própria vida segundo o método logosófico. Venho aprendendo a fazer ciência comigo mesma, sendo ao mesmo tempo cientista e experimentadora.
O vínculo com o mestre Raumsol não é idealizado. É real, vivido e comprovado pelas minhas próprias realizações. Ele me guia, protege e ensina a superar tudo o que ainda me inferioriza, transformando chumbo em ouro espiritual dentro da minha própria realidade interna.
Hoje, quando olho para o céu, vejo as estrelas como símbolos vivos dos pensamentos elevados que me guiam. O céu da infância tornou-se o céu da consciência desperta que, compreendo, é a superação integral – o aperfeiçoamento de mim mesma como unidade cósmica.
E, nesse céu interno, pulsa a presença afetuosa de Raumsol, que, com paciência e generosidade, me ensina a aperfeiçoar meu ser, a ser útil para a humanidade, a buscar a felicidade, a paz interna e a expandir o bem.
Hoje, posso afirmar que, na minha vida, os maiores espetáculos que posso admirar são o céu estrelado e a consciência desperta.