Desde que comecei a aplicar o método da Logosofia, minha vida vem transformando-se. Trata-se de um estudo que me ajuda a formar novos conceitos, que se tornaram a base da minha vida atual. 

Logo no início de meus estudos, aprendi um princípio fundamental: ter consciência da vida. González Pecotche, o autor da Logosofia, nos ensina a unirmos os tempos de nossa vida — passado, presente e futuro. Descobri que essa união torna-me mais consciente do caminho que estou percorrendo, cujo objetivo é o conhecimento de mim mesma e, consequentemente, de Deus. Sou eu mesma, como parte da Criação, compreendendo o Criador.  

O exercício de unir meu passado, presente e futuro ampliou consideravelmente minha vida. Ao revisitar meu passado, aprendi a ter gratidão pela Maria Teresa que me trouxe até aqui — aquela menina tímida e reservada que, desde cedo, adorava estudar.   

Ao procurar viver o presente com mais atenção, alegria e gratidão, tenho percebido mais intensamente a presença e o amor de Deus em minha vida. Que maravilha é essa percepção! E, ao planejar meu futuro com mais realismo e confiança, consciente da minha capacidade de ação e sem criar expectativas difíceis de alcançar, começo a desfrutar antecipadamente das experiências que quero viver, fruto de planos reais.  

Neste momento, por exemplo, estou fazendo o exercício de recordar de quando cheguei às portas da Fundação Logosófica. Minha chegada a essa instituição foi muito agradável e estimulante. Desde o início, as reuniões de estudo, os intercâmbios, as amizades e as confraternizações aconteceram sempre em um ambiente de muito afeto, respeito e alegria. 

Uma das experiências que vivi nessa instituição repercute até hoje dentro de mim. Como mencionei, sentia-me muito querida entre os estudantes. Desde o início, senti uma forte atração pelo Colégio Logosófico, criado para atender crianças e adolescentes com base na pedagogia logosófica. A visão da casinha branca com telhado vermelho e corações azuis nas paredes e da piscina em formato de flor tocou profundamente meu coração. Foi amor à primeira vista. Eu imaginava quão feliz teria sido minha infância se tivesse estudado naquela escola. Após algum tempo como estudante da Fundação Logosófica, sentia tanto amor por aquele colégio que, junto com outras estudantes, decidi retribuir esse sentimento. Assim, criamos a Comissão das Flores, dedicada a cuidar dos jardins. Compramos diversas mudas de flores para embelezar ainda mais o colégio.   

Em um segundo momento, sugerimos aos demais estudantes que nos ajudassem a limpar o mato ao redor da sede. Num dia de domingo, reunimo-nos com pás e enxadas para realizar a tarefa. Foi uma bela iniciativa que nos uniu ainda mais!  

Hoje, essa recordação aquece meu coração. O jardim do Colégio Logosófico tem algumas árvores plantadas pela Comissão das Flores. Ao vê-las crescidas, proporcionando sombra para pais, professores e alunos, sinto uma satisfação especial por ter contribuído para tornar essa comunidade escolar ainda mais agradável. Essa lembrança também me inspira a planejar outras iniciativas para o futuro, estimulando-me a continuar retribuindo o bem que recebo nesse ambiente tão acolhedor e propício para construirmos uma humanidade melhor.