Há uma preocupação do ser humano pelo que é espiritual desde os tempos mais antigos. Na História sempre existiram aqueles que se debruçaram sobre assunto de tamanha relevância para a existência humana.
Construíram templos religiosos, ordens esotéricas e sistemas filosóficos, todos com o objetivo de penetrar neste mundo invisível e descortinar o que estava além da captação dos sentidos físicos do ser humano.
Ao longo dos séculos fomos criando uma visão materialista da existência, levando em consideração apenas aspectos cartesianos de interpretação da realidade, estando totalmente alheios à uma realidade que nos consubstancia, a realidade espiritual, que está ao alcance de todos.
Muitas interpretações se tem dado sobre o que é espiritual e muitos equívocos se tem cometido neste mister. Conceitos que nem são bem explicados e nem bem compreendidos, levando à confusão e à desconfiança, não satisfazendo a razão e nem a sensibilidade dos que se permitiram buscar conhecer mais profundamente tais conceitos.
Infelizmente, por carência de uma orientação clara, verdadeira e precisa sobre o assunto, muitos preferem deixar em segundo plano um assunto que deveria estar como prioridade na existência humana.
Há milênios a Filosofia nos apresentou um dos seus grandes expoentes que nos mostrava um caminho a ser perseguido, o do conhecimento de si mesmo. Uma luz na escuridão que haveria de nos tornar seres humanos melhores, que infelizmente não foi alimentada ao longo dos tempos.
A Logosofia vem resgatar tal orientação, não só apontando o caminho do conhecimento de si mesmo como princípio norteador da existência humana, mas também nos apresentando um mapa de como este caminho deve ser percorrido a fim de conhecermos uma realidade que, por muito tempo, manteve-se alheia à consciência humana, e que levou à decadência que vivemos por ignorá-la.
Há no ser humano duas realidades inegáveis, passíveis de serem experimentadas por qualquer um, que são a exterior, ou seja, aquilo tudo que é assimilado pelos nossos sentidos (visão, audição, olfato, tato e gustação) e a interior, que é a realidade da nossa mente, por onde passam os pensamentos, que também podemos entender por realidade transcendental, metafísica ou espiritual.
Todos nós vivemos estas duas realidades, embora a maior parte de nós se debruça mais sobre a primeira e passamos ao largo da segunda.
Se pensarmos por um instante, vamos comprovar que tudo o que nós criamos, antes existiu na mente. Foi gestado em forma de pensamentos e, com a força da criação transformamos em realidade material. Pare e observe todos os objetos que te cercam. Todos eles, antes existiram na mente de alguém (ou de alguns) antes de se tornarem realidade.
Esta é a realidade espiritual por excelência à qual, apesar de tão real e palpável, a maioria dos seres humanos está alheia. Para descortinarmos e penetrarmos mais fundo no “mundo espiritual” precisamos penetrar na nossa mente, dentro de nós mesmos, em busca das respostas de quem somos? Por que estamos aqui? De onde viemos? Para onde vamos ao morrer?
É penetrando nesta realidade que paulatinamente retiramos o véu que não nos permitiu até aqui enxergarmos o mundo espiritual. Mas não como algo a ser experimentado apenas num futuro, muito pelo contrário. Podemos experimentá-la neste exato momento.
Quanto mais nos esforçamos no labor do autoconhecimento, mais este mundo invisível vai se ampliando, mais consciência vamos adquirindo sobre os grandes mistérios da existência humana, da Vida e da Criação.
A Logosofia nos oferece a chave que permite abrir os portões que dão acesso ao mundo espiritual. Conhecer a origem, a qualidade e a finalidade dos pensamentos que estão em nossas mentes, compreendendo a influência que eles exerceram e exercem na construção de nós mesmos.
Eis aí o primeiro passo para experimentar a realidade espiritual que está ao alcance de todos, que quanto mais dediquemos nossos melhores esforços em nossa evolução através do conhecimento de nós mesmos, mais nossa consciência se expandirá possibilitando cada vez mais a participação do Espírito aqui e agora.
Desde muito pequeno tive inquietudes sobre o mundo espiritual. Participei de religiões que não as aliviavam, pelo contrário, cada vez mais as aumentavam devido à falta dos conhecimentos como os que eu tive contato na Logosofia e que venho buscando compreender cada vez mais.
Os dogmas e a necessidade de crer sem a exigência do saber, colocaram-me de forma passiva e inerte nesta jornada do autoconhecimento, que aprendi que é o caminho que nos leva a Deus, ou seja, embora acreditasse que estivesse no caminho em direção a Ele, estava parado, estacionado, com muitas ilustrações filosóficas espiritualistas, mas sem uma experiência própria que preenchesse o meu ser.
Apesar do pouco tempo estudando a Logosofia, os primeiros conceitos sobre os pensamentos, o sistema mental e a consciência sobre os movimentos que a mente realiza com os pensamentos, permitiram-me iniciar um processo de revisão completa da minha vida, dos meus valores e do que é importante para mim.
Principalmente, passei a lançar um olhar sincero e verdadeiro sobre mim mesmo, habilitando-me entender as minhas deficiências e conscientemente trabalhar com o propósito de eliminá-las através do esforço diário.
Aprender com a Logosofia sobre o mundo espiritual me encoraja a viver uma vida aqui e agora, sem a expectativa de viver uma felicidade apenas no futuro, mas entendendo que ao buscar o contato com o Espírito, a felicidade que pode ser vivida no agora é proporcional ao meu empenho no processo de evolução consciente, onde esta longa jornada por si só, já me enche de entusiasmo e alegria.