Episódio 2 – As Lutas Internas do Ser Humano
Neste episódio, três pesquisadores da Ciência Logosófica abordam as lutas que todo ser humano tem dentro de si. São as verdadeiras lutas que só o ser humano tem que travar.
Há mais de 12 anos, na minha casa, as manhãs de sábado eram dedicadas aos meus filhos, que participavam de uma atividade como crianças na Fundação Logosófica, em São Paulo.
Em uma reunião, cujo tema era “O ser que eu quero ser“, foi perguntado à minha filha como ela gostaria de ser e a resposta que ela deu veio a mudar toda a trajetória da sua vida.
Ela disse para sua docente: “Eu quero ser uma menina divertida”.
Essa manifestação dela refletia todo temor, inibição e falta de confiança que atrapalhava a sua vida.
Uma das imagens apresentadas pela Logosofia para as crianças é a de que a mente se assemelha a uma casa mental e que nela podem habitar muitos pensamentos, alguns amigos, mas muitas vezes nela também habitam pensamentos que não são lá tão amigos… e que se pode conhecer e escolher os pensamentos que vão nos fazer mais felizes.
Ela apresentava um pensamento que lhe causava muitos prejuízos, a impedia de se divertir com os amigos, de aprender na escola, ou seja, de evoluir e ser feliz. Era o pensamento da timidez.
Vocês devem estar se perguntando: Como fazer para eliminar esse pensamento da vida, para que se possa ser mais feliz?
Em sua manifestação, ela mostrava a vontade de mudar a si mesma. Mas, para mudar um pensamento, é necessário ter muita paciência e um planejamento que contemple oportunidades de fazer mudanças contínuas, graduais e estimulantes. Para isso, foi criado um jogo de tabuleiro em formato de trilha, que foi chamado “O Jogo da Menina Divertida!”
Esse jogo era representado por um longo caminho com várias tarefas e precisaria ser percorrido até o final. Na chegada estava ela, uma menina muito divertida!
No início, as tarefas eram bem simples, como por exemplo dar bom dia ao porteiro do prédio. Conforme o caminho ia sendo percorrido, as tarefas ficavam mais desafiadoras.
Observei que a frequência com que era chamada na escola para falarmos de suas notas foi diminuindo cada vez mais; isso porque, agora, uma das tarefas do jogo era perguntar suas dúvidas para a professora.
A experiência com esse jogo transcorreu durante o ano todo e, no final do ano, a prova de fogo foi: “Nas férias com os primos, participar do show de talentos contando uma piada”!
Ter identificado esse pensamento, e conseguido debilitar sua atuação na vida da minha filha, permitiu que eu a ajudasse a ser uma adolescente e uma jovem muito mais feliz. Ela sabe, no entanto, que a luta é a lei da vida e que deve seguir atenta, mudando a si mesma.
Hoje, com 22 anos, ela não tem receio de expressar seus pensamentos e opiniões. Vive de arte e, através do seu talento, dedica-se também à Pedagogia para ensinar outras crianças a serem mais felizes.