Se as condições em que se vivia em outra época já se constituíam em imensos desafios, considerando-se a grande responsabilidade de educar uma criança ou um adolescente, muitas vezes em um mundo turbulento, hoje eles se agigantaram em função da decadência dos conceitos e dos modismos culturais e, em especial, em função das profundas mudanças ocorridas na sociedade. Esses fatores têm afastado os filhos do convívio com os pais e, consequentemente, têm tornado-os mais vulneráveis a correntes políticas, ideológicas e até extremistas, deixando os jovens carentes dos verdadeiros conceitos e da orientação sempre muito bem-vinda dos seus familiares.
Por essa razão, cada vez mais, a união de propósitos, ideais e objetivos superiores de vida entre pais e filhos irá favorecer para que a família se constitua em um núcleo indissolúvel, onde todos, colaborando uns com os outros, contribuam para formar uma estrutura na qual os membros da família se complementem, cada um favorecido pelas aptidões inerentes à sua natureza e pelos seus valores e modalidades, contribuindo para a evolução e o aperfeiçoamento do outro.
Fico, então, pensando: qual seria mesmo o meu papel e o de cada um na família, senão o de pensar e agir com generosidade, de modo a oferecer aos demais os fragmentos de bem que possuo e recolher deles os fragmentos que me faltam, para que possamos nos completar e favorecer a superação de cada um, consolidando a família como esse grande núcleo indissolúvel.
Nesse contexto, a Logosofia, com seus conceitos de caráter superior, tem contribuído para que, a partir do processo de aperfeiçoamento individual de cada ser humano, a família se constitua em uma base sólida de amor, de amizade e vinculação espiritual entre todos os seus membros.