O que é o tempo para mim? Ele é medido em horas e minutos? Em semanas, meses e anos? O que o tempo esconde em sua grandeza? 

Refletindo sobre estas perguntas, comecei a observar como o tempo age nos processos do universo. Processos longos, mas que causam grandes mudanças.  

 Como foi o processo de surgimento da vida em nosso planeta? Ele começou há milhares de anos e continua até hoje. Observo que os conhecimentos que estão por trás de cada passo evolutivo não se perdem quando o universo dá o passo seguinte: eles se vão acumulando.  

Quando a atmosfera não era propícia à vida e impedia seu surgimento, isso indicava a ausência de certas condições necessárias para tornar a vida possível. Essas condições foram desenvolvendo-se ao longo do tempo, que atuou como um impulsionador essencial.  

Com o tempo, a Terra transformou-se em um oásis para a vida animada. Plantas e animais desfrutam dessa bênção e reproduzem-se nesse ambiente magnífico, que evoluiu ao longo dos milênios. No entanto, como vimos, nem sempre foi assim. O tempo, sempre presente, tem sido o agente e testemunha de todas as mudanças que já ocorreram na Criação e que continuam a ocorrer. 

É fácil observar que os processos do universo têm um tempo que pode ser matematicamente medido, e que as leis que regem tais processos determinam sua duração, não deixando que qualquer vontade alheia interfira.  

Ao observar uma galinha pondo ovos, verificamos que os pintinhos irão nascer 21 dias depois; mesmo que eu fique ao lado pedindo, eles não nascerão antes! O processo seguirá o ritmo determinado pelas leis que o regem, de forma inexorável.  

Agora, fazendo uma analogia com a minha vida, fico refletindo: que valor tem o tempo para mim? Tenho utilizado meu tempo com inteligência? 

Voltando os olhos para o tempo do relógio, acordo todos os dias com 24 moedas em meu bolso, cada uma representando uma hora. Como eu tenho investido minhas moedas? Tenho observado que tais moedas podem ser investidas de duas maneiras. A primeira, seguindo o exemplo do universo, quando uso meu tempo para acumular conhecimentos que farão com que eu aproveite ainda melhor meu tempo no futuro. Esses conhecimentos podem ser adquiridos indefinidamente, bastando que eu queira, pois a aquisição de um facilita a obtenção dos demais.  

Para mim, isso sim é aproveitar o tempo: conquistar algo que me torne mais ágil e rápido no futuro e que me ajude a compreender melhor a mim mesmo e ao universo ao meu redor. Os conhecimentos que adquiro hoje vão contribuir para que eu realize tarefas cada vez mais complexas, trazendo cada vez mais felicidade para minha vida.  

Uma segunda maneira de aplicar a moeda-tempo seria investindo em algo que não me traria nenhum benefício — ou seja, tempo gasto que não volta mais, que não soma valor algum à minha vida. 

Muitas vezes utilizamos mal o tempo quando somos egoístas com a própria vida, quando queremos usufruir de algo passageiro, que será desfrutado somente naquele momento e não deixará nada de herança para meu futuro.  

Se analisarmos como estamos gastando nosso tempo, vamos observar que muito dele é dedicado a diversões e hobbies que não trazem benefícios duradouros. No entanto, existem atividades recreativas que podem ser úteis, e que preciso encontrar! 

Há também momentos em que estamos ansiosos para que as coisas aconteçam antes do prazo determinado. Você já pediu algo que a lógica diz que não vai acontecer?  Isso é bastante comum, mas representa tempo e energia desperdiçados, já que os processos são regidos por forças muito maiores que nossa vontade. 

Assim como investimentos monetários, o tempo pode ser investido em algo que trará recompensas, ou simplesmente perdido sem retorno algum.  

Os processos do universo são precisos, assim como os que ocorrem em minha vida. Nesse sentido, poderíamos adotar uma medida de tempo que fosse apenas horas ou dias? Essa medida poderia ser expressa em processos desenvolvidos ao longo da vida?  

E você, caro leitor, como tem investido seu tempo?