Caro leitor, você já pensou que a nossa vida pode ser um laboratório de experiências e aprendizados?
Com a Logosofia, tenho aprendido a olhar para as situações que vivo e buscar nelas algo que eu possa transformar para evoluir. Assim como em um laboratório, podemos fazer testes, anotar resultados e refletir sobre como melhorar uma determinada situação.
Eu já observava em mim, há algum tempo, uma tendência maior a me queixar, a me irritar com situações simples e a exigir certas atitudes dos familiares, sempre esperando muito e, muitas vezes, não querendo oferecer nada da minha parte.
Com isso, ao longo do tempo a convivência foi ficando mais difícil. Eu estava sempre irritada, reclamando e tudo parecia exigir um esforço muito maior que o necessário.
Já atenta a tudo isso que se passava, decidi que queria mudar a situação e passei a fazer disso um experimento.
Iniciei identificando quais situações me causavam mais irritação e busquei compreender o porquê. Uma delas era a divisão das tarefas domésticas. Para tentar resolver esse problema, experimentei conversar com meus familiares para dividirmos melhor essas tarefas. Além disso, instituí algumas defesas mentais: se algo me incomodasse – por exemplo, uma louça na pia – eu lavaria, em vez de reclamar ou pedir que alguém lavasse; não permitiria que pensamentos de queixa tomassem conta da minha mente, fazendo-me perder tempo; e manteria firme a recordação de que, se eu estava incomodada, então deveria resolver.
Também confiei que meu exemplo estimularia os demais a colaborarem , sem que eu precisasse pedir antes. Procurei fazer tudo com gosto, pensando que estava zelando pelo bom ambiente físico e mental da minha própria casa.
Recordei também tudo de bom que já recebi dos familiares e que nunca me cobraram nada em troca. Enfim, usei muitos pensamentos para me defender da intolerância, da irritabilidade e da impaciência.
Ao longo da experiência, tudo foi ficando mais simples. Os pensamentos de queixa foram dando espaço para pensamentos mais positivos, como a alegria de realizar aquela atividade e colaborar para o bom andamento da rotina doméstica. Meus familiares se propuseram a ajudar e, assim, não apenas o ambiente físico foi se modificando, mas também o ambiente mental, voltando a ser um lar alegre e agradável de viver.
Viver essa experiência foi muito importante para mim. Ainda não posso dizer que já superei por completo esses pensamentos. Em alguns momentos, as deficiências psicológicas surgem, mas me recordo do meu propósito maior: ter uma convivência feliz e serena com meus familiares, ser uma pessoa proativa e fazer as coisas com gosto.
Tornar a vida um grande campo experimental me mostra que experiências simples, como cuidar das tarefas domésticas, podem ganhar outro significado e colaborar diretamente para a minha evolução.