Anualmente o povo brasileiro celebra, no dia 7 de setembro, a inauguração de uma nova era, marcada pela independência do até então Reino de Brasil e Portugal. As comemorações ocorrem pelas cidades, com desfiles do poder de defesa da nação (exército, força aérea e naval), com a presença de organizações e autoridades, bandeirinhas por toda a parte e, porque não dizer, com bastante entusiasmo. Porém, como isso afeta a vida de cada brasileiro? De que, exatamente nos tornamos independentes, se muitas vezes parecemos escravizados por algo alheio às nossas vontades? E como podemos ser livres de verdade? 

Tenho aprendido que a mente humana, quando fortalecida pelo conhecimento e experiência, funciona como uma nação independente. Ou seja, seu governo é exercido por decisões soberanas de um líder legítimo – a própria consciência – que aprova ou veta as decisões que cada situação da vida nos obriga a tomar. 

Quando, ao contrário, deixo a minha mente se levar pelos pensamentos que rondam o ambiente mental do mundo (ideologias, preconceitos, o que outros dizem, etc.), vivo escravizado e obrigado a atender aos caprichos e demandas de pensamentos alheios à minha  vontade, assim como as colônias eram forçadas a acatar definições do país controlador (outros governos), que tinha objetivos nem sempre em acordo com os da nação controlada. 

Como vejo isso na minha vida? Por vezes, já me senti como um ser desgovernado, que ora atende a um pensamento ora a outro e, no final, acabo fazendo o que não queria, sobrando o arrependimento. É o que ocorre, por exemplo, quando falo algo indevido a um familiar, magoando-o. Ou quando tomo uma decisão e depois verifico que não era bem o que eu queria. 

Independer-se, portanto, é fortalecer a própria consciência com pensamentos próprios, ou seja, aprendendo a pensar para não ter que delegar essa nobre função a terceiros. Liberdade de pensar significa ser capaz de formar um pensamento ou propósito sem a influência de preconceitos, crenças, ideologias ou outros fatores que não fazem parte de mim. 

Esforçando-me por realizar essa independência, posso ser mais feliz e, quem sabe, ser motivo de inspiração para que outros conquistem sua própria liberdade e independência, moral e espiritual, levando nosso país, e quiçá todo o mundo, a desfrutar de uma merecida felicidade e uma verdadeira liberdade. 

 


Augusto Salles é casado, tem uma filha, é empreendedor e consultor de negócios. Gosta de ajudar pessoas, é criativo e tem interesse em temas ligados a ciência, universo e concepção humana. Iniciou seus estudos de Logosofia em 2008 e sente gosto em poder compartilhar experiências e aprendizados que teve com essa ciência.