“Você deverá tomar cada fracasso como princípio de triunfo, sempre que dele extrair o elemento que lhe faltou para vencer.” – Sabedoria Logosófica
Acordo pela manhã. Sigo no automático as tarefas habituais. Tudo segue o curso esperado até que, me deparo com um erro. Simples, explícito, indisfarçável, assim mesmo: um erro. Todos se incomodam. Se entreolham. Minha percepção melindrosa entende que buscam o culpado. Delírio persecutório?
E quem errara afinal? Eu.
Mas não queria que fosse eu… E ninguém sabe que fui eu. Alternativas surgem na mente numa velocidade assustadora: E se eu me calar? E se não assumir? E se inventar uma história? Consigo atenuar as coisas? Algo em mim censura essas saídas. O jeito parece ser enfrentar a dor do erro, sem anestesias.
Os olhares alheios parecem provocar essa dor. Por que dói tanto? Quem dentro de mim agoniza e se ressente? Por que erro ou acerto não são simplesmente naturais?
O desenrolar dos fatos me prova que as consequências do erro não eram em si o problema. Mas a dor persiste, a mácula nas minhas vestes ainda parece despontar aos olhos, que permanecem olhando, será que estão mesmo olhando?
Busco no outro a redenção. A quem compete me redimir? Quem possui essa prerrogativa? Encontro em algumas partes a complacência e a adulação… Em outras a acidez das críticas veladas, porém implacáveis.
Não encontro fora, o que serene meu interno e só então percebo: a minha Consciência é a única a quem devo prestar contas. É a minha razão, não a dos demais, que deve emitir os juízos a respeito de tudo o que concerne à minha vida. Posso ser afinal, meu próprio parâmetro!
Posso chegar a converter-me em redentor de mim mesmo, se encarar o erro como princípio do acerto, extraindo daquele o elemento que faltou para triunfar.
Tudo então se torna mais claro: se estou em um processo de evolução, toda circunstância torna-se oportuna… Que alívio! A ferida parece finalmente estar cicatrizando. O erro já não dói mais da mesma forma, transformado que foi, em oportunidade!