Na minha infância, visitava a cerâmica do meu avô, adorava a sua companhia; brincava com a argila usada na fabricação de telhas, manilhas e tijolos. Os moldes eram aquecidos em fornos à lenha enormes; e tinha vários. No final do dia, as peças eram colocadas para secar em linhas espalhadas pelo chão do galpão da cerâmica para resfriamentos. Várias etapas eram necessárias à consecução. Estavam prontas para comercialização em uma semana.

Ao lado da produção, brincávamos no barreiro da olaria com enormes nacos de argila que nos proporcionaram material e ambiente propício para as brincadeiras. Bonecos, casas, cavernas, animais e outros que a imaginação permitia surgiam daqueles momentos pueris. Até que chegavam os pais com um convite para ir embora. Enlameados dos pés à cabeça, seguíamos direto ao banheiro para uma boa limpeza…

Recordar histórias da infância alegra bastante o cotidiano amadurecido pelo tempo.

Moldando a argila humana

O novo ser que diariamente procuro edificar há de ser moldado com muita perícia, como uma argila!

Para moldar essa “argila humana”, é preciso se manter atento aos detalhes internos e ter elementos eternos, como, por exemplo, as virtudes humanas. Além de ser mais apto, conhecer a si mesmo, ter em conta qual sua responsabilidade frente à humanidade e moldar-se com as mãos do pensar e sentir conscientes.

O método logosófico me fornece ferramentas para construir a individualidade. Com sua dinâmica e lógica, cria condições para que eu pratique a arte de aprender a modelar e de ensinar. Dessa forma, passo a ser o escultor de mim mesmo!

Ensina a Logosofia que “A vida será, pois, motivo constante de estudo. Logo compreenderá que não há estudo mais belo.

Sendo assim, procuro conhecer e estudar os elementos eternos da Criação, estampados na natureza e ensinados pela ciência logosófica, generosa na educação superior da “argila humana”.