Como qualquer pessoa, tenho metas e objetivos para me tornar melhor no futuro. Entretanto, ao aplicar esses dois conceitos inovadores, reformulei por completo meus objetivos.
Partindo da premissa de que sou, em essência, um espírito imortal que deu vida temporária ao meu corpo mortal, percebo que, nesta bela e saudável vida que possuo hoje – concedida justamente para que eu adquira experiências terrenas e evolua como espírito – torna-se quase impossível viver indiferente ou ignorar a necessidade básica de evoluir.
Na prática, isso significou amadurecer e transformar os objetivos imediatistas – como eliminar brigas e problemas circunstanciais em casa ou no trabalho – em objetivos de longo prazo, ou imortais, ou seja, voltados a atender ao meu espírito, a fim de conter excessos e preencher os “vazios” da herança espiritual que ele carrega.
Por exemplo, em vez de focar em “como não me irritar com os outros”, passei a me perguntar: “qual é a raiz da intolerância em minha vida?”. Dessa forma, busco desvendar o segredo oculto por trás dos problemas que se repetem no meu dia a dia.
A questão não é somente evitar os conflitos repetitivos; é transformar minhas próprias características, meu caráter.
Isso não é totalmente inovador neste mundo frio e cético em que vivemos?
É uma corrida comigo mesma, e o tempo é limitado. Existe o espírito – e ele aguarda a contrapartida do tempo que me concedeu. Se eu ignorar essa necessidade, voltarei a sentir o “vazio” de uma vida sem sentido.
Este ano estou vivendo mais uma grande mudança pessoal na família, que tem transformado gradativamente meu caráter. Após refletir sobre minha maneira de ser, tomei consciência de que havia uma dívida a saldar – não apenas pela minha família, mas também pelo meu espírito.
Foi um grande desafio pessoal, como sei que muitas mulheres vivem, mas talvez muitas nem pensem nesse encantador segredo, que só se revela quando nos dispomos a refletir seriamente sobre o que significa a vida e o que significa ser um espírito.
Havia aspectos invisíveis na experiência que eu precisava descobrir. Recordei que a sensibilidade era uma aptidão de minha herança, presente desde a infância; mas, por algum motivo, estava esquecida e com pouco uso, e precisei reencontrá-la. Esse desafio foi, por um tempo, um incômodo, mas se transformou em verdadeiro bem quando me despertou para a meta real que preciso perseguir, e me reconectou com minha essência.
No pêndulo da vida, entre o bem e o mal, percebi que o pêndulo começava a pender para o mal, e o sabor da experiência se fazia amargo. Então, comecei a lutar para trazer o pêndulo de volta ao bem.
De forma mais consciente, comecei a praticar o bem em minha família, com um carinho e uma força que comovem minha sensibilidade. Estou feliz com os resultados, vendo leveza e alegria no lar, abraços carinhosos e gratidão fluindo entre todos.
Compreendi que, se não estou satisfeita com a vida como ela está atualmente, devo buscar a solução primeiro em mim mesma, e não nos outros. É necessário buscar, estudar, entrar em contato com ideias mais potentes do que as que já possuo e dar continuidade aos meus esforços. Por fim, é preciso confiar nas leis universais que regem toda a Criação, em especial a Lei do Tempo, que estou conhecendo por meio da Logosofia.
