Qual é o sabor que a vida tem? Posso sentir o verdadeiro sabor da própria vida? Como saber se o que sinto é verdadeiro? Essas perguntas ficaram em minha mente após uma experiência que vivi. Gostaria de contar um pouquinho do que aprendi.
Há aproximadamente um ano, vivi uma experiência bem interessante em minha vida: ao fazer exames de rotina, fui alertada pela médica que um desses exames estava alterado. Ela me orientou a cuidar melhor da minha alimentação. Isso exigia que eu reduzisse o açúcar e também os carboidratos.
No início, pensei que seria muito difícil, e que eu não o conseguiria realizar. Afinal, açúcar e carboidratos estão presentes nos meus alimentos preferidos. Mas havia uma necessidade muito grande em reduzi-los, já que minha saúde física estava comprometida.
Desde então, iniciei uma verdadeira empreitada. Primeiro, busquei conhecimento — saber o que poderia comer, o que era mais saudável e adequado. Depois, organizei a rotina e coloquei o plano em ação.
Os primeiros dias foram os mais difíceis. Foi preciso muita valentia e força de vontade para seguir o propósito. Observei muitos pensamentos tentando sabotar a decisão de mudar para melhor minha própria vida. Alguns desses pensamentos me diziam coisas como: “Para quê fazer dieta? Você já é magra!”; “não precisa ser tão rigorosa com você mesma, é só diminuir um pouquinho o açúcar que o exame já normaliza”; “hoje você pode comer um pouco mais, você se cuidou ontem”, e assim, eles iam tentando me convencer a desistir do meu propósito.
E o que será que foi mais difícil nesta experiência: conseguir mudar a minha alimentação, meus hábitos, ou vencer os pensamentos da minha própria mente?
Ambas as situações são difíceis quando se pretende realizar uma mudança na própria vida. Mas venho aprendendo com a Ciência Logosófica que, quando consigo vencer os próprios pensamentos, todo o restante se resolve; tudo se torna mais fácil. No caso da experiência da alimentação, vencendo os pensamentos sabotadores, foi muito tranquilo mudar esses hábitos.
E a mudança foi possível porque havia em minha mente um pensamento-autoridade, o qual governava meu propósito todos os dias e enfrentava os outros pensamentos com muita valentia.
Aprendi muito com essa experiência. Aprendi com a nutricionista a observar meu próprio corpo e a comer comida de verdade quando sentisse fome de verdade. Esse era o lema da reeducação alimentar. Isso me fez refletir sobre a linguagem do Criador, manifestando-se através do meu próprio corpo. Venho
aprendendo que Deus se manifesta em mim através da parte divina que possuo em meu interno. E, estando atenta aos movimentos de meu corpo físico, posso compreender como Deus se manifesta em mim, ensinando-me a corrigir meus erros e evoluir.
Com o passar dos meses, e já acostumada a reduzir o açúcar da alimentação, observei grandes mudanças acontecendo: comecei a dormir melhor, a sentir mais disposição. Aprendi também a controlar meus pensamentos.
Meu exame normalizou, e eu já não queria mais voltar a ter a vida de antes. Gostei muito de cuidar da alimentação! Mas uma grande e grata mudança foi ter começado a sentir melhor o gosto e os cheiros dos alimentos. E isso ocorreu pela redução do açúcar, que mascara o gosto de todos os alimentos.
Senti uma imensa alegria com essa conquista. É realmente muito bom sentir o gosto e os cheiros da vida. Comer um alimento saudável e saboroso é um verdadeiro presente para si mesmo.
Com a Logosofia, tenho aprendido a transcender as minhas vivências físicas e a buscar o elemento principal que preciso para aprender e evoluir.
Nessa vivência, entendi que Deus não nos criou para o artificial, não somos feitos do que não é natural. Deus nos criou para o natural, para as coisas verdadeiras. Somos feitos da Criação, da naturalidade e da pureza do Criador. Somos feitos de paciência e amor. É por isso que o artificial nos faz mal, tanto em alimentos quanto em pensamentos.
Comparei o açúcar dessa vivência às crenças, preconceitos, à ignorância, aos pensamentos do mal que perambulam no mundo mental, a tudo que mascara o verdadeiro sentido do que faz parte da Criação.
Com afeto e gratidão!