Vida

O verdadeiro objetivo da vida

abril de 2025 - 4 min de leitura
Vida

O verdadeiro objetivo da vida

abril de 2025 - 4 min de leitura

Tenho certeza de que você já ouviu aquela famosa canção: “Deixa a vida me levar, vida leva eu…”. Mas foi em um domingo de churrasco, ouvindo esse bom pagodinho, que me surgiu o questionamento: será que estou deixando a vida me levar? Seria isso uma coisa boa ou ruim?

Diante dessas dúvidas, parei para refletir que eu não gostaria de viver sem saber para onde estou indo, sem nenhum tipo de planejamento. Entendi, então, que ter um objetivo na vida é extremamente importante. Desse modo, consigo projetar o caminho que devo seguir e ter mais clareza de como agir e de quais decisões tomar para chegar cada vez mais perto desse objetivo.

Para ilustrar a importância de se ter um objetivo, imagine uma noite bem escura no meio do oceano e que você é o capitão de um navio, navegando por águas desconhecidas. Nesse cenário, ter um objetivo na vida é como ter um farol brilhante, iluminando o horizonte. Esse farol representa a direção que você deseja seguir, o propósito que dá significado àquela jornada. Ele brilha intensamente, destacando o caminho a ser percorrido. Cada ação que você toma, cada decisão, é como ajustar o leme do seu navio para o manter em direção ao farol.

Quando nossas ações e decisões estão alinhadas com o nosso objetivo, movemo-nos na direção certa, aproximando-nos do farol. Mas, se nos desviamos do objetivo, como um capitão que perde o foco, o navio pode vagar na escuridão e perder-se no oceano. Portanto, cada escolha que podemos fazer, deve estar alinhada com o brilho desse farol. Assim, fica mais fácil avançar com confiança, superando os desafios, porque sabemos que estamos no caminho certo, em direção ao nosso objetivo.

Mas, claro, a vida é um pouquinho mais complexa do que esta analogia. Ela é repleta de escolhas e desafios e, muitas vezes, estamos diante de uma multiplicidade de objetivos. Queremos construir uma família, ter sucesso em nossa carreira, adquirir bens materiais e alcançar realizações pessoais. É como se fossem vários pequenos faróis brilhantes que piscam em diferentes direções, tentando nos atrair. No entanto, é importante lembrar que, assim como um capitão de um navio segue um único farol para se guiar no meio do oceano, talvez devamos pensar se há um farol maior, um objetivo realmente essencial responsável por guiar nossas demais escolhas.

Quando definimos esse grande e verdadeiro objetivo da vida, ele se torna o farol mestre, o ponto de referência que direciona todas as nossas outras escolhas e decisões. É o farol que nos ajuda a avaliar quais objetivos menores alinham-se com o caminho em direção a esse grande objetivo e quais nos podem desviar.

Então, vale o questionamento: qual seria esse farol mestre em nossas vidas? Foi tentando responder a essa pergunta que encontrei, na Logosofia, muitas respostas.

Eu sempre vivi com grande parte das horas do meu dia preenchidas. Tinha claros objetivos profissionais, o desejo de ascender em minha carreira, constituir uma família, alcançar a independência financeira, e, com isso, minha rotina estava repleta de atividades voltadas para esses objetivos. Parecia que eu estava no caminho certo, entretanto, por mais que eu conseguisse atingir alguns desses objetivos, uma sensação persistente de que algo fundamental estava faltando, continuava incomodando-me. Eu sentia-me perdida em meio a vários objetivos, sem um propósito maior que os unisse.

Durante esse período, comecei a aprofundar meus estudos logosóficos e percebi que a Ciência Logosófica continha as ferramentas que eu precisava para explorar meu interior, conhecer minhas verdadeiras aspirações e, com isso, identificar o verdadeiro objetivo de minha vida: a busca por me tornar uma pessoa melhor e, consequentemente, contribuir positivamente com todos ao meu redor.

A Logosofia ensinou-me que sou capaz de conhecer a mim mesma e de buscar com consciência o meu aprimoramento. Dessa forma, ao entender quem eu sou, consigo perceber quais valores já possuo e quais ainda desejo conquistar. Além disso, também posso identificar os meus defeitos com mais clareza. Assim, busco atuar para que eles façam cada vez menos parte da minha vida. Realizando esse processo, sei que poderei evoluir como ser humano.

Concluí, então, que posso mudar para melhor e, à medida que vou evoluindo, torno-me mais capaz de realizar o bem, de forma consciente. Esta seria minha grande prerrogativa de vida!

E você? Já parou para se questionar qual é o farol mestre que guia a sua vida? Qual é o seu verdadeiro objetivo, aquele que transcende todos os objetivos menores e as externalidades passageiras? Afinal, sua jornada é como a viagem do capitão no oceano escuro da existência. Você está permitindo que a vida o leve ao acaso, ou tem a coragem de definir seu próprio caminho?


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