A Logosofia ensina a conhecer a si mesmo. Conhecer a si mesmo significa conhecer o próprio mundo interno, cheio de pensamentos, sentimentos, virtudes, defeitos e, seguramente, muitas inquietudes espirituais. E tudo isso se reflete diretamente na qualidade da convivência humana.
A mente pode ser comparada a uma casa, onde residem pensamentos que podem entrar e sair sem nenhum controle, se não soubermos selecioná-los.
Às vezes falamos apressadamente e o pensamento não sai exatamente como imaginávamos, e isso nos pode colocar em uma situação constrangedora, não é verdade?
Como um espelho, nossa conduta é o reflexo dos nossos pensamentos, chegando a ser um representante da nossa personalidade. Pela ação dos pensamentos, sou observado pelos demais. Após um ato impensado, eu me pergunto: como pude ter dito ou feito aquilo que não era da minha vontade? Isso demonstra a força dos pensamentos.
Com o estudo da Logosofia, tenho buscado conhecer como é formada a engrenagem mental, atuando com mais atenção aos pensamentos e cultivando valores com o objetivo de reduzir meus erros. Ao conhecer as faculdades da minha inteligência e colocá-las em atividade, vou criando um novo ser, em que eu possa ser o verdadeiro dono da minha mente e dos meus pensamentos.
Por outro lado, devo aprender a pensar com maior profundidade e atenção, mantendo o foco em investigar para extrair do meu ser algo positivo, que possa ser útil a mim e aos meus semelhantes.
A mente humana é como um grande diamante bruto, necessitando de um bom artesão a lapidar-lhe com paciência e determinação.
Na prática, ignoramos esse funcionamento; na maioria das vezes, a mente funciona como se fosse a biruta de um aeroporto, guiada pelo vento. Nossa conduta oscila continuamente entre os estímulos internos e externos, sejam eles positivos ou negativos.
Por exemplo, uma pessoa vai visitar um familiar e lá ocorre um choque de pensamentos. Se for impulsivo, a situação pode ficar ainda pior. Porém, se for um indivíduo com algum domínio sobre os pensamentos, será capaz de reconhecer o erro e, rapidamente, corrigir sua atuação, tentando amenizar e restabelecer a qualidade da convivência. Isso não seria necessário com alguém que pensasse antes de falar e medisse as consequências de suas palavras.
A nossa vida deve ter um norte, um ideal superior. Conhecer a si mesmo e aperfeiçoar-se, realizando o processo de evolução consciente. Este é o caminho que venho seguindo para ser dono dos meus pensamentos.